Castro Daire é um município português localizado no distrito de Viseu, na região norte. É um município com 15 339 habitantes, de acordo com os censos de 2011, estando dividido em 16 freguesias em 370,04 km². Castro Daire é limitado a norte por Cinfães, Resende, Lamego e Tarouca, a leste por Vila Nova de Paiva, a sul por Viseu, a sudoeste por São Pedro do Sul e a oeste por Arouca.
As 16 freguesias do concelho de Castro Daire são: Almofala, Cabril, Castro Daire, Cujó, Gosende, Mamouros, Alva e Ribolhos, Mezio e Moura Morta, Mões, Moledo, Monteiras, Parada de Ester e Ester, Pepim, Picão e Ermida, Pinheiro, Reriz e Gafanhão e São Joaninho.
História
A história de Castro Daire está associada ao início da nacionalidade portuguesa, apesar de se saber que, antes disso, o território era densamente povoado no período do Neolítico.
O território atual do concelho de Castro Daire era dominado por um extenso julgado, conhecido por Julgado da Terra de Moção. Este julgado estava dividido em duas metades: a ocidental (que era património real e onde se pagavam a eirada, a jugada e outros impostos que sobrecarregavam a população) e a oriental (que pertenceu a Egas Moniz, amo de Afonso Henriques). De facto, a Egas Moniz pertenceu grande parte do atual concelho de Castro Daire, uma vez que na sua posse teve as terras de Mezio e Vale do Conde, Mões, Moledo e Gosende.
No século XIV, D. Pedro, conde de Barcelos, era o senhor das terras e, posteriormente, a sua posse passou para o seu filho, o conde de Viana. Acusado de traição, em 1385, acabou destituído de senhorio das honras a favor de João Henriques Pereira.
Castro Daire teve foral em 1514 por D. Manuel.
Património edificado e natural
O concelho de Castro Daire é marcado por alguns locais com importante património edificado, seja a nível religioso, histórico ou arqueológico. Na vertente religiosa destaca-se a Igreja de Nossa Senhora da Conceição, na freguesia de Ermida. Este edifício está classificado como Monumento Nacional. Paralelamente é importante mencionar a Igreja Matriz de Castro Daire. Da história do concelho mantêm-se ainda vestígios importantes como os Pelourinhos de Mões, Campo Benfeito, Rossão e Castro Daire, mas também as Ruínas da Muralha das Portas de Montemuro e a Inscrição do Penedo de Lamas.
O concelho detém ainda uma riqueza natural que é importante conhecer, como a praia fluvial de Folgosa, a Serra de Montemuro, o rio Paiva e as Termas do Carvalhal. Para descobrir e apreciar estas paisagens, o concelho tem uma rica rede de miradouros, onde se incluem o Miradouro Carreirinhos, o Miradouro da Serra do Cimal, o Miradouro de Santa Bárbara, o Miradouro de Cetos, entre outros.
Gastronomia
A gastronomia castrense é tipicamente beirã, incluindo uma riqueza de pratos que advêm da agricultura, mas também da proximidade com o rio Paiva. Deste modo destaca-se o cabrito assado, a vitela arouquesa, o borrego, o cozido à portuguesa, o arroz de salpicão, as trutas de escabeche do rio Paiva, mas também os enchidos. A broa de milho está sempre presente nas mesas castrenses, assim como o mel do Montemuro. Para terminar a refeição, não deixe de experimentar o bolo podre de Castro Daire.
Geminações
Com o objetivo de aproximar os povos e criar laços históricos e culturais de amizade, o município celebrou o seguinte Protocolo de Geminação:
- Zermatt (Suíça) – setembro de 2014
Brasão da cidade
O brasão de Castro Daire é um escudo de negro com uma torre de prata aberta e iluminada do esmalte do campo. Em chefe de ouro estão quatro espigas de trigo de verde. A coroa mural e quatro torres de prata. O listel branco tem a legenda CASTRO DAIRE a preto.