Descrição
O Estádio Olimpíco de Roma foi construído para servir como a peça central do complexo desportivo do Foro Itálico, localizado nos arredores da cidade. O projeto teve origem pelas mãos do regime de Mussolini e o estádio pertence actualmente ao Comité Olímpico Nacional Italiano (CONI).
Com capacidade para receber mais de 70 mil pessoas, o recinto é utilizado principalmente como palco de jogos de futebol, sendo o local habitual dos jogos em casa das equipas da Lázio de Roma e da AS Roma.
História resumida
A construção do Olímpico de Roma começou em 1928 e um primeiro piso ficou concluído quatro anos depois, em 1932. No entanto, as obras de construção do segundo piso acabaram por ser interrompidas devido à eclosão da Segunda Guerra Mundial e só foram retomadas em Dezembro de 1950.
A inauguração oficial ocorreu a 17 de Maio de 1953, com uma partida entre as selecções da Itália e da Hungria. Na altura, o complexo desportivo já tinha capacidade para 100 mil pessoas, constituído principalmente por bancadas.
O Olímpico de Roma serviu como o estádio central para os Jogos Olímpicos de 1960 e, para isso, todas as bancadas foram reformadas para receber assentos, diminuindo bastante a capacidade do recinto para quase metade: 53.000 lugares. Durante os Jogos, o estádio sediou a abertura e encerramento, bem como as competições de atletismo.
Oito anos mais tarde, o Estádio Olímpico foi o palco principal do Campeonato da Europa de 1968, durante o qual foi recebeu o jogo da disputa do terceiro e quarto lugar e a grande final entre a Itália e a Jugoslávia, que terminou com a vitória dos italianos por 2-0, no jogo de desempate.
No decorrer dos anos, o Olímpico de Roma manteve-se praticamente inalterado até que ser novamente escolhido como um dos estádios integrados na organização de um Campeonato da Europa, desta vez no torneio de 1980. Desta feita, hospedou três jogos da fase de grupos e, mais uma vez, a final entre a República Federal da Alemanha e a Bélgica, que os alemães venceram por 2-1.
Entre as décadas de 70 e 80, recebeu ainda duas finais da Liga dos Campeões: a primeira em 1977 entre Liverpool e Borussia Mönchengladbach (3-1) e a segunda em 1984 entre novamente Liverpool e AS Roma (1-1).
Quando a Itália foi escolhida para receber a organização do Campeonato do Mundo de Futebol de 1990, ficou claro que o estádio precisava de uma renovação maciça. Apesar de os planos iniciais contemplarem quase exclusivamente algumas alterações, o Olímpico acabou por ser quase reconstruído de raiz. As bancadas passaram a ficar muito mais perto do campo e o estádio foi equipado com uma cobertura. Todas estas alterações estruturais resultaram numa capacidade final para 74 mil assentos.
Durante o Mundial, o renovado Olímpico de Roma hospedou todos os três jogos da selecção italiana na fase de grupos, dos oitavos-de-final (2-0 ao Uruguai) e quartas-de-final (1-0 à República da Irlanda), e a final entre Alemanha e Argentina (1-0).
Nos anos posteriores, o estádio viria a receber mais duas finais da Liga dos Campeões: em 1996, entre Juventus e Ajax (1-1) e em 2009 entre Barcelona e Manchester United (2-0), num total de quatro finais desde a sua existência.
Em 2007, o Estádio Olímpico passou por uma última reforma, de modo a que se mantivesse elegível para acolher futuras finais da Liga dos Campeões. Isto incluiu, entre outros, a substituição de todos os assentos.
Planos futuros das equipas da “casa”
Ambas as equipas da Roma e da Lázio têm expressado, por vezes, algum mau-estar em jogar no Olímpico, que consideram demasiado grande e envelhecido. Em meados dos anos 2000, a Lázio chegou a fazer planos para se mudar para um novo estádio, mas sem qualquer efeito.
AS Roma tem actualmente planos concretos para construir um novo estádio, “Stadio della Roma”, que terá uma capacidade de 52.500 lugares e cuja conclusão estará prevista para antes do início da temporada 2016-17.
References:
http://www.stadiumguide.com/olimpico/