SIDA (Síndrome da Imuno-deficiência adquirida)

Descrição da condição médica SIDA, isto é, Síndrome da Imuno-deficiência aquirida. As suas principais caraterísticas, os métodos de diagnóstico.

SIDA – Descrição da condição médica

SIDA

SIDA

SIDA (Síndrome da Imunodeficiência Adquirida) é uma doença provocada pelo vírus HIV (Virus da imunodeficiência adquirida). Este vírus surgiu nas últimas décadas do século XX (no anos 80), inicialmente associado a relações homossexuais e toxicodependentes devido à partilha de agulhas. Nos últimos anos a incidência na população tem vindo a diminuir um pouco por todo mundo, apesar de em Portugal os números continuarem a manter-se alto.

O dia 1 de dezembro foi escolhido como o dia mundial da luta contra a SIDA, sendo utilizado para fazer chegar mais informação à população, como forma de prevenção contra a doença. O laço vermelho tornou-se no simbolo da luta contra a SIDA ao ser criado para homenagiar alguns doentes que faleceram devido a esta doença. Os países da África Subsariana são os que atualmente sofre mais a SIDA.

Diagnóstico

O vírus ataca as células do sistema imunitário particularmente os linfócitos TCD4+ (linfócitos T auxiliares), destruindo este sistema, o que deixa o indivíduo completamente desprotegido contra ataques de outros organismos estranhos.

Durante muitos anos a SIDA foi vista como uma epidemia mundial (pandemia), cujo avanço era quase impossível de controlar, atualmente as Nações Unidas planeiam erradicar a doença até 2030 utilizando campanhas de prevenção.

O diagnóstico é feito através de um exame laboratorial, geralmente designado por ELISA. Esta analise é realizada ao sangue ou à saliva, no entanto, durante as primeiras semanas não é possível obter resultados positivos, sendo necessário realizar novo teste num período posteriore. Novos tipos de testes têm vindo a ser desenvolvidos para uma mais rápida deteção do vírus.

Causa

 

Forma de contaminação

Forma de contaminação

O vírus é contraído durante relações sexuais (de qualquer tipo) com pessoas infetadas, pelo contacto com sangue infetado ou mesmo de mãe para filho durante a gravidez, no parto ou na amamentação. Ao contrário do que se pensava inicialmente o vírus não é transmitido pela proximidade com um indivíduo infetado.

O contacto com variadas forma de sangue, como a utilização dos objetos íntimos de um seropositivo, a transfusão de sangue contaminado (ocorrência rara devido à realização de testes laboratoriais ao sangue doado), a partilha de seringas contaminadas, entre outras pode contribuir para a contaminação com o HIV.

Neste momento conhecem-se dois tipos de vírus designados por tipo 1 e tipo 2, que se pensa terem sido desenvolvidos em primatas. Inicialmente o organismo consegue produzir mais linfócitos, no entanto, estes são também infetados chegando a um ponto em que o organismo não consegue recuperar.

Sintomas

A doença não se manifesta durante muitos anos, geralmente entre 8 a 10 anos, mas por vezes o período de incubação pode atingir mais de 20 anos, dependendo da capacidade do organismo para repor as células danificadas. Apesar de se encontrar numa fase sem sintomas, o portador pode contaminar outras pessoas.

A maioria dos sintomas são aqueles associados às doenças oportunistas que atacam o organismo devido à baixa imunidade, como o aparecimento de cancros, de que é exemplo o sarcoma de Kaposi.

Alguns dos principais sintomas é um estado de fraqueza generalizado, devido à perda de elementos figurativos do sangue, perda de peso, dores musculares e inchaço dos gânglios linfáticos entre outros.

Os sintomas iniciais muitas vezes podem ser confundidos com uma gripe ligeira, devido ao surgimento de febres que acabam por desaparecer dando inicio ao período de incubação do vírus.

Tratamento

Métodos preventivos

Métodos preventivos

O vírus da SIDA não é responsável pela morte de ninguém, as causas de morte geralmente estão associadas a doenças oportunistas, que devido à falha do sistema imunitário têm a oportunidade de infetar o indivíduo, se fosse possível vivermos numa bolha seria possível viver com este vírus.

No inicio da infeção morreram milhares de pessoas, atualmente é possível viver mais tempo com o vírus, pois existem medicamentos que ajudam a controlar os efeitos do vírus (anti-retrovirais), no entanto, os seus portadores acabam por morrer, pois ainda não foi encontrada uma cura.

Como mencionado anteriormente, o vírus da SIDA não mata verdadeiramente, por isso é importante tentar controlar os efeitos das doenças oportunista, sendo este um dos métodos utilizados para prolongar a vida dos portadores do vírus VIH. A grande variedade de anti-retrovirais, assim como um diagnóstico precoce possibilitam uma vida mais longa e com maior qualidade.

As medidas preventivas baseiam-se particularmente no comportamento dos seus portadores e das pessoas que os rodeiam, sendo necessário tomar cuidados quando em contacto com sangue contaminado, não ter relações sexuais sem uso de preservativo, assim como não partilhar objetos de higiene pessoais (escovas de dentes, corta-unhas).

A SIDA não possui grupos de risco, existindo uma grande probabilidade que qualquer pessoas que não tome as devidas precauções possa contrair esta doença.

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