Da população LGBT fazem parte indivíduos Lésbicas, Gays, Bissexuais e Trans, ou seja, indivíduos que se associam à diversidade de género. Trata-se de indivíduos que não se identificam com os padrões sociais heteronormativos e, por esse motivo, são frequentemente alvo de atos hostis e até mesmo homicidas.
A sigla LGBT diz respeito ao conceito de Lésbica, Gay, Bissexual e trans ou transexual, dizendo esta última respeito a pessoas que se identificam com o género oposto aquele que o seu sexo biológico designa.
Segundo Facchini (s.d.) para além desta designação, incluem-se ainda aqui pessoas crossdressers, drag queens, transformistas, entre outros, dentro do mesmo conceito de indivíduos cuja identidade de género não se adequa ao seu sexo biológico.
Incialmente o foco desta população dizia apenas respeito à categoria de homossexual, nas sociedades ocidentais, sendo que o homossexual era designado como alguém que mantinha relações sexuais com alguém do mesmo sexo.
Muitos trabalhos científicos, tais como o da American Pychological Association (APA), em 2009, compreenderam a presença bastante comum do stresse crónico em pessoas LGBT.
A situação acontece devido à violência, hostilidade e preconceito com que indivíduos LGBT lidam todos os dias, através de atos, pensamentos e sentimentos que a população em geral tem, face a esta população em particular.
Autores como Costa (2015) consideram que o indivíduo LGBT é vítima de preconceito devido a questões hierárquicas construídas pela sociedade e que colocam determinadas pessoas em categorias consideradas superiores e outras em categorias consideradas inferiores mediante ao grupo a que pertencem. No caso da população LGBT e no que concerne à questão da diversidade sexual e de género, a tendência para categorizar aumenta exponencialmente (Costa, 2015).
Vários outros autores se debruçaram sobre este tema devido ao cenário cada vez maior a que se assiste em que pessoas LGBT são, constantemente, vítimas de discriminação, preconceito, homofobia e transfobia e sofrem na carne o ódio, a incompreensão e a apatia generalizada da população. A rejeição, o preconceito e a violência em relação a estas pessoas, até mesmo dentro das suas famílias, leva a que as mesmas se isolem, se excluam e, não poucas vezes, cheguem mesmo a cometer o suicídio (Bocking et al, 2013; Lick, Durso, & Johnson, 2013).
Devido a este flagelo, foi necessário criar organizações LGBT orientadas para o fim da discriminação e a violência contra esta população, de modo a criminalizar todo o tipo de homofobia ou ato hostil contra a mesma, sendo que, em 1995 nasceu a primeira organização LGBT no Brasil.
Além da criminalização de atitudes hostis contra estes indivíduos, a fundação pretende ainda promover os direitos de acesso à saúde da população LGBT no sentido de reduzir epidemias como o Vírus da Imunodeficiência Adquirida (HIV).
Conclusão
De acordo com a literatura podemos encontrar diversas situações e cenários em que a população LGBT se encontra marginalizada e violentada devido à sua condição e orientação sexual. Por esse motivo foi necessário criar movimentos e fundações que implementassem a prevenção de preconceito, agressão, suicídios e homicídios nestes grupos, já que as estatísticas nos mostram um aumento exponencial do flagelo devido à não aceitação social que estes indivíduos sofrem.
References:
- Histórico da luta de LGBT no Brasil. Recuperado em 5 de setembro de 2018 de http://www.crpsp.org.br/portal/comunicacao/cadernos_tematicos/11/frames/fr_historico.aspx;
- O papel da psicologia no trabalho com a população LGBT. Recuperado em 5 de setembro de 2018 de http://www.cefipoa.com.br/index.php/br/noticia-interna/o-papel-da-psicologia-no-trabalho-com-a-populacao-lgbt-375