Penafiel (Porto)

Apresentação da cidade e município de Penafiel

Penafiel é uma cidade portuguesa no distrito do Porto, região Norte e sub-região do Tâmega. É sede de um município com 212,24 quilómetros quadrados e 72 265 habitantes, de acordo com os censos de 2011, estando dividido em 28 freguesias. O município é limitado a norte pelo município de Lousada, a nordeste por Amarante, leste por Marco de Canaveses, a sul por Castelo de Paiva e a oeste por Gondomar e Paredes.

História da cidade

Conhecida como Arrifana de Sousa até ao reinado de D. José I, é com uma carta régia de 3 de março de 1770 que este território teve a sua designação alterada para Penafiel, sendo elevada à categoria de cidade. Ainda nesse ano, por bula do Papa Clemente XIV, é ereta em sede da diocese do mesmo nome, mas acabou por ter pouca duração.

A origem do nome da cidade remete para as fortificações existentes na cidade. De facto, quando Penafiel foi fundada existiam dois castelos: um junto à margem norte do rio Sousa (Castelo de Aguiar de Sousa) e outro na margem sul, denominado Castelo de Pena (Pennafidelis). Apesar de ter sido atacada por várias vezes, esta última fortificação nunca se rendeu, o que lhe valeu o nome de “fiel”, passando a ser conhecida por Castelo de Penafiel. Esta lenda não impede de, durante muitos séculos, esta zona ter sido conhecida por Arrifana de Sousa, cuja origem estará relacionada com os árabes.

O início da paróquia de Arrifana de Sousa remete para o século XVI, sendo que é em 1519 que D. Manuel lhe concede carta de foral, sem a elevar a vila. Em 1723 a população solicita ao monarca que o lugar fosse elevado a vila, com Juiz e Câmara própios. Perante esta ideia, o Porto mostrou o seu desagrado e pressionou para que a decisão fosse negativa, adiando o processo até 1741, quando D. João V eleva a paróquia a vila. É este mesmo rei que acaba por alterar o topónimo da localidade, tal como mencionado anteriormente.

Património histórico edificado

Das suas origens antigas, nomeadamente da cultura megalítica, restam vestígios como o Dólmen da Portela, na freguesia de Santa Marta, também conhecido por Forno dos Mouros. Deste período é ainda importante mencionar o Menir de Luzim, com dois metros e meio de altura e que se estima que tenha entre 3000 a 4000 anos. Nesta freguesia estão também as gravuras rupestres de Lomar. Em Perozelo e Cabeça Santa existem sepulturas antropomórficas.

Outro dos locais de relevo no concelho é a Citânia de Monte Mozinho, conhecida por “cidade morta”. Este é um dos castros mais extensos da Península Ibérica e conserva vestígios de várias culturas: galaico-lusitana, romana, visigótica e árabe.

Os vários objetos históricos encontrados um pouco por todo o território de Penafiel estão dispostos no Museu Municipal, que está instalado no palacete setecentista dos Pereira do Lago.

Dos monumentos da cidade de Penafiel destacam-se ainda a Igreja Matriz, classificada como Monumento Nacional, onde sobressai a capela-morgótica da Igreja do Espírito Santo. Esta igreja, em granito, foi reconstruída no século XVI, motivo pelo qual tem características renascentistas.

Gastronomia

Em Penafiel os pratos mais típicos são o cabrito ou o anho assado com arroz de forno, o cozido, o sável frito ou de escabeche e a lampreia (à bordaleza ou em arroz de sangue). Estes pratos são sempre acompanhados pelo vinho verde da região.

Na doçaria destacam-se os doces de feira, sobretudo os bolinhos de amor, o pão-de-ló, o pão podre, os rosquilhos, os brinquedos ou os doces de S. Gonçalo. Contudo, a doçaria penafidelense inclui ainda a sopa seca, o sarrabulho doce e as tortas de S. Martinho.    

Brasão da cidade

O concelho de Penafiel tem um brasão de armas de azul, com águia estendida de ouro, bicada e armada de negro, carregada no peito com uma cruz de Cristo e acompanhada com duas espadas de prata. Inclui ainda coroa mural de cinco torres de prata e listel branco com as letras PENAFIEL a negro.

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