Desastres naturais em Portugal (Lista dos XX maiores)

Desastres naturais em Portugal devem-se muitas vezes às condições climaticas e tectónicas que são proprias deste país…

Lista dos desastres naturais em Portugal

Desastres naturais em Portugal podem dever-se à confluência de climas e sistemas climáticos que existem no país. Portugal possui um clima temperado, no entanto, apesar de se tratar de um território pequeno este possui três climas temperados diferentes. No norte a proximidade do Oceano Atlântico torna o clima mais ameno, enquanto no sul a influência do Mar Mediterrâneo torna o clima mais quente, as regiões interiores são influenciadas pela união a Espanha possuindo um clima mais continental e por isso mais extremo.

A convergência de três placas tectónicas, particularmente perto do Arquipélago dos Açores, leva à ocorrência de sismos e maremotos. Os Arquipélagos possuem climas próprios em particular o Arquipélago da Madeira que possui um clima mais tropical devido à sua localização próxima do continente Africano e o Arquipélago dos Açores que possui características vulcânicas.

Lista dos XX maiores desastres naturais em Portugal

Peste Negra (1348 -1352)

Apesar de se poder pensar que não se trata de um desastre natural, uma epidemia como a peste negra (peste bobónica) que matou muito mais de 60000 pessoas lançando o reino num caos, pois mais de metade da população tinha morrido. Esta doença provocou assim um desastre de grande magnitude, causado por uma bactéria transportada pelas pulgas dos ratos.

Terramoto de Vila Franca (1522)

Este sismo atingiu o nível 10 da escala de Mercalli, pois provocou abalos do solo, na ilha de são Miguel, no arquipélago dos Açores, que levaram à destruição generalizada da então capital da ilha, tendo morrido a grande maioria dos habitantes da vila cerca de 5000 pessoas. A destruição estendeu-se às povoações da vizinhança, tendo ainda levado à ocorrência de um tsunami que veio aumentar a quantidade de destruição e o número de mortos.

Terramoto de Lisboa (1531)

Terramoto extremamente violento seguido por um tsunami, muito semelhante ao terramoto de 1755, matou cerca de 30000 pessoas. Além da perda de vida que foi elevada, a perda de património também foi considerável, pois muitas edifícios caíram, barcos que estavam no porto foram atirados contra as rochas e destruindo-os.

Terramoto de Lisboa (1755)

O sismo acompanhado por um maremoto no primeiro dia de novembro de 1755 arrasou a cidade de Lisboa, tendo feito grandes estrados, em particular a destruição de casas e do castelo, assim como dezenas de milhares de mortos e desalojados. Além das catástrofes naturais, a cidade foi submetida a inúmeros incêndios que duraram vários dias.

Terramoto de Benavente (1909)

Um abalo muito forte atingiu a região do Ribatejo em particular a cidade de Benavente , tendo provocado a destruição de inúmeros prédios, assim como a morte de pelo menos 40 pessoas. Este sismo atingiu uma magnitude de 6.1 na escala de Richter.

Terramoto da Horta (1926)

Em 1926 uma serie de sismos abalou a ilha do Faial, na cidade da Horta. O sismo mais intenso provocou graves danos matando 9 pessoas, provocando 200 feridos e deixando mais de 4000 casas destruídas e as suas famílias desalojadas. O epicentro deste sismo ocorreu entre o Faial e o Pico tendo libertado energia numa magnitude de 3.9 na escala de Richter e atingido o nível 10 na escala de Mercalli.

Erupção do vulcão dos Capelinhos (1957)

Esta erupção corresponde a um dos maiores desastres naturais registado na ilha do Faial, no arquipélago dos Açores. Em 1957, este vulcão entrou em erupção, tendo esta prolongado-se por um ano. As suas consequências foram bastante graves desde destruição de campos agrícolas, proibição de pesca até à imigração de centenas de açorianos para os Estados Unidos da América à procura de melhores condições de vida.

Cheias do Mondego e do Douro (1962)

Com a subida do nível dos rios, Mondego e Douro, as regiões entre estes dois rios ficaram altamente inundadas provocando um número indeterminado de mortos. No entanto, estas cheias foram consideradas das maiores cheias do século XX.

Incêndio em Sintra (1966)

Um incêndio praticamente incontrolável lavrou na Serra de Sintra matando 25 militares do Regimento de Artilharia Anti-aérea Fixa de Queluz, assim como vários hectares de floresta, apoderando-se de várias quintas no processo. Este incêndio deveu-se a altas temperaturas e a ventos que mudavam constantemente de orientação. Outras regiões do conselho foram também afetadas.

Inundações em Lisboa (1967)

Uma das maiores cheias registadas no século XX. Inundações submergiram as ruas da cidade levando tudo à sua passagem matando cerca de 462 pessoas e deixando milhares desalojadas. A grande destruição deveu-se sobre tudo à má construção e a pobre ordenamento de território.

Sismo na Ilha Terceira (1980)

A ilha Terceira faz parte do Arquipélago dos Açores e no primeiro dia de 1980 sofreu um abalo de magnitude 7.2 na escala de Richter, sendo que o seu epicentro foi no mar. O sismo destruiu grande parte da cidade de Angra do Heroísmo e matou cerca de 71 pessoas, deixou cerca de 400 feridos e 15 mil pessoas desalojadas.

Onda de calor (2003)

Este aumento repentino de calor levou à morte de milhares de pessoas, principalmente idosos ou doentes com problemas respiratórios ou de insuficiência cardíaca. Estas ondas de calor e os seus efeitos têm vindo a repetir-se ao longo do último século com resultados devastados na população.

Furação Gordon (2006)

Este furacão atingiu diretamente o Arquipélago dos Açores, no entanto, apenas enquanto esteve classificado com o nível 1. Devido à aproximação deste furacão, todas as ilhas dos Açores foram postas em alerta vermelho. A população foi avisado do perigo e medidas foram tomadas para prevenir os seus efeitos. Este atingiu a região com ventos fortes, ondas gigantescas que varreram a costa e chuvas torrenciais. Não se registaram mortes ou feridos, apesar dos prejuízos financeiros.

Tempestade tropical Grace (2009)

A tempestade Grace formou-se perto da Europa, no Oceano Atlântico e atingiu Portugal com ventos muito fortes e precipitação fraca. Este sistema ciclónico afetou particularmente a região dos Açores, onde se terá formado, no entanto, não provocou danos de grande magnitude. A sua menção deve-se ao facto de esta tempestade tropical se ter formado num local onde não é comum a formação destes fenómenos.

Cheias na Madeira (2010)

O arquipélago da Madeira possui um clima com algumas características de clima tropical pelo que a quantidade de precipitação é elevada e os ventos são bastante fortes. No ano de 2010 a constante precipitação levou à inundação da ilha da Madeira causando a morte a 47 pessoas, 600 desalojados e 250 feridos.

Furacão Alex (2016)

Este furacão formou-se no Atlântico, tendo obrigado à emissão de um alerta vermelho para o Arquipélago dos Açores. Os principais estragos foram causados pelas chuvas torrenciais, ondas enormes e os ventos fortes. Apesar do esperado, os danos não foram muito graves.

Furacão Ophelia (2017)

Este furacão atingiu o Arquipélago dos Açores, sendo que os seus ventos auxiliaram na propagação de incêndios já ativos, no entanto, o rescaldo deste furacão não apresentou danos consideráveis. O furacão Ophelia continuou para o território continental de Portugal onde auxiliou na propagação de fogos causando cerca de 43 vitimas fatais e centenas de feridos.

Incêndio de Pedrogão (2017)

Um dos principais desastres que ocorre frequentemente em Portugal são os incêndios, sejam causados por ações humanas ou tenham causas naturais. No entanto, o incêndio de Pedrogão atingiram um nível bastante mais elevado do que o normal. Os bombeiros combateram este incêndio durante vários dias, culminando na morte de 66 pessoas, 250 feridos e muitos desalojados. Neste mesmo ano mais 500 fogos deflagraram por todo o país, em apenas dois dias no mês de Outubro.

Incêndio de Monchique (2018)

Incêndio florestal que teve a duração de quase uma semana, causando vários problemas às populações que afetou, particularmente devido ao pobre ordenamento florestal da região. A intervenção dos bombeiros foi dificultada pela intensidade dos ventos, acabando por resultar em 41 feridos e 27000 hectares de área florestal ardida.

Secas (1901-2001)

Ao longo do último século tem se vindo a sentir um aumento de temperatura nos meses mais quentes e uma diminuição de precipitação o que tem levado várias zonas de Portugal, principalmente no interior e no sul, a declararem secas extremas. Apesar de não se poder considerar um verdadeiro desastre, estes longos períodos de seca têm causado graves problemas às populações, em particular as que vivem da agricultura.

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References:

(2017) Maiores tragédias em Portugal. Público. Consultado em: Novembro 29, 2018 em https://www.publico.pt/2017/06/18/sociedade/noticia/maiores-tragedias-em-portugal-1776083

(2005) Ondas de calor estão no topo dos desastres naturais em Portugal. Público. Consultado em: Novembro 29, 2018 em https://www.publico.pt/2005/01/18/jornal/ondas-de-calor-estao-no-topo-dos-desastres-naturais-em-portugal-96

Tavares, Carlos (2018) Os desastres naturais em Portugal. Meteored. Consultado em: Novembro 29, 2018 em https://www.tempo.pt/noticias/divulgacao/os-desastres-naturais-em-portugal.html

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