Montalegre, Portugal

Apresentação da vila e município de Montalegre

Montalegre é um município português localizado no distrito de Vila Real, na região norte e sub-região do Alto Trás-os-Montes. É um município com 10 537 habitantes, de acordo com os censos de 2011, estando dividido em 25 freguesias em 805,46 km². Montalegre é limitado a norte por Espanha, a leste por Chaves, a sueste por Boticas, a sul por Cabeceiras de Basto, a sudoeste por Vieira do Minho e a oeste por Terras de Bouro.

As 25 freguesias do concelho de Montalegre são: Cabril, Cambeses do Rio, Donões e Mourilhe, Cervos, Chã, Covelo do Gerês, Ferral, Gralhas, Meixedo e Padornelos, Montalegre e Padroso, Morgade, Negrões, Outeiro, Paradela, Contim e Fiães, Pitões das Júnias, Reigoso, Salto, Santo André, Sarraquinhos, Sezelhe e Covelães, Solveira, Tourém, Venda Nova e Pondras, Viade de Baixo e Fervidelas, Vila da Ponte, Vilar de Perdizes e Meixide.

História

Montalegre revela no seu território vestígios de presença humana em tempos antigos. Há 3500/4000 anos, os povos antigos ergueram monumentos funerários na região, como as antas da Mourela e da Veiga ou as cistas da Vila da Ponte. Estes vestígios comprovam que a área do concelho de Montalegre já era povoada na época dos metais.

Mais tarde o território foi povoado pelos Celtas que ali ergueram castros. Com a chegada dos romanos, a região foi atravessada pela via imperial, sendo construídas pontes e romanizados alguns castros. Nesta região existiram as cidades romanas de Praesidium e Caladunum, das quais existem vestígios.

Com o nascimento da nacionalidade, D. Afonso Henriques doou porções de terra e surgiram albergarias, hospitais e mosteiros. A proximidade com a fronteira levou à construção dos castelos de Gerês e Piconha e, mais tarde, do Portelo e de Montalegre.

Em 1273 D. Afonso III funda a vila de Montalegre em carta de foral. Este foral foi depois confirmado por D. Dinis em 1289, D. Afonso IV em 1340, D. João II em 1491 e D. Manuel I em 151 converte-o em foral novo.

A 6 de novembro de 1836 o concelho de Montalegre é dividido, criando-se o município de Boticas e sendo transferido o município de Vilar de Vacas para Vieira do Minho.

Património edificado e natural

De tempos antigos mantêm-se no território do concelho de Montalegre vestígios importantes, como por exemplo o Castelo de Montalegre, as Mamoas da Veiga, o Mosteiro de Santa Maria das Júnias (igreja e ruínas) e o Paço de Vilar de Perdizes.

Em termos de património natural, é importante ter em conta que Montalegre se localiza (juntamente com Boticas), no Barroso e que cerca de 26,25% da superfície do concelho faz parte do Parque Nacional da Peneda-Gerês, sendo o concelho que contribui com maior área para o Parque, cerca de 21 147 hectares ou 211,74 km². Deste modo, Montalegre proporciona paisagens belíssimas inseridas naquele que é o único parque nacional do país.

Gastronomia

Inserida na região do Barroso, a gastronomia de Montalegre reflete as tradições e saberes associados a esta localização. O principal exemplo é a vitela barrosã, uma carne muito tenra e extremamente suculenta e saborosa. Além disso, se visita esta região pode provar castanha, cogumelos, compotas, couve, fumeiro, mel, pão de centeio e o cabrito do barroso.

Geminações

Com o objetivo de aproximar os povos e criar laços históricos e culturais de amizade, o município celebrou o seguinte Protocolo de Geminação:

• Amangola (Moçambique) – a 12 de maio de 2015
• Stange (Noruega)

Brasão da cidade

O brasão de Montalegre é composto por escudo de vermelho, castelo de prata lavrado e iluminado de azul de três torres quadradas, tendo a meio três balcões ou varandas na parte superior, uma ao centro e duas nos cunhais. O castelo é acompanhado em chefe por duas cabeças de boi de raça barrosã, de ouro ornados de prata. A coroa mural é de quatro torres de prata e o listel é branco com a legenda VILA DE MONTALEGRE a preto.

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