Plantas invasoras em Portugal (Lista das xx principais)

Lista com 20 das principais plantas invasoras que se encontram em Portugal e por isso não é permitida a sua introdução no território

Lista com as plantas invasoras em Portugal

planta invasora

planta invasora

Plantas invasoras em Portugal são espécies de plantas que ao serem introduzidas num local acabam por crescer e ocupar o local que foi deixado por espécies autóctones.

As espécies exóticas geralmente não possuem predadores naturais nos locais onde são introduzidas, pelo que se torna mais fácil para estas  crescerem, quando comparadas com as espécies locais que sofrem a pressão dos seus predadores. No entanto, nem todas as plantas exóticas são plantas invasoras.

A elevada capacidade de disseminação de sementes por longas distâncias é também uma característica das espécies invasoras.

As 20 principais plantas invasoras em Portugal:

planta invasora

planta invasora

Acacia dealbata (mimosa):

Esta espécie propaga-se facilmente e cria populações bastante densas o que favorece a sua disseminação pelo território. Esta possui propriedades alopáticas que impedem o desenvolvimento de outras espécies à sua volta.

Agave americana (piteira):

A sua capacidade reprodutiva é muito grande pois consegue reproduzir-se vegetativamente através de rizomas. As suas sementes possuem elevada capacidade germinativa. Estas características associam-se ainda à capacidade de produzir sombra inibindo o crescimento de outras plantas.

Ailanthus altíssima (espanta-lobos):

Esta espécie apresenta um crescimento muito rápido e uma elevada produção de sementes, particularmente por se tratar de uma espécie pioneira. A dispersão das suas sementes ocorre por uma vasta área, atingindo novos territórios.

Albizia lophanta (albízia):

Esta espécie recorre à produção de um elevado número de sementes que são dispersas num vasto território. A germinação das sementes é favorecida pelo fogo, comportamento que favorece a invasão. Outro comportamento é a produção de azoto que altera o solo e impede o crescimento de espécies nativas.

Arctotheca calendula (erva-gorda):

Esta espécie apresenta um crescimento muito rápido, com reprodução por sementes com grande dispersão ou com reprodução vegetativa a partir da fragmentação dos caules. Os caules fragmentados podem originar novas raízes o que permite a criação de novas plantas.

Arundo donax (cana):

Elevado crescimento, com reprodução vegetativa por rizomas. Os rizomas regeneram após o corte favorecendo a invasão. Os fragmentos dos caules podem ser transportados por longas distâncias e originar um novo foco populacional. A planta regenera após o fogo.

Aster squamatus (estrela-comum):

A espécie produz um elevado numero de sementes que podem ser propagadas por animais, vento ou água favorecendo a dispersão a longas distancias. Estas conseguem expandir-se e colonizar novos territórios muito rapidamente e de forma eficiente, tornando-a numa boa invasora.

Azolla filiculoides (azola):

O seu crescimento é muito rápido na época favorável, sendo capaz de se multiplicar e invadir uma área em pouco mais que uma semana. Esta espécie é aquática, logo o seu crescimento é altamente influenciado pela presença de fosforo na água, podendo aumentar para o dobro ou o triplo a área colonizada.

Carpobrotus edulis (chorão-das-praias):

Esta espécie propaga-se facilmente dos seus fragmento e após o corte cresce muito mais forte e rapidamente. Os pequenos mamíferos são muito importantes para a propagação das milhares de sementes produzidas por estes indivíduos, espalhando-as por grandes distancias.

Cortaderia selloana (erva das pampas):

A sua propagação ocorre através da produção de milhões de sementes que são dispersas por longas distâncias através dos agentes de dispersão, particularmente através do vento, formando um novo foco populacional bastante longe da planta mãe.

Conyza bonariensis (avoadinha-peluda):

A produção de sementes pode atingir a ordem dos milhões, assegurando assim que a colonização de novos territórios é rápida e fácil. A sua germinação não é muito rápida, mas ocorre de forma gradual. As sementes são transportadas pelo vento atingindo grandes distâncias.

Datura stramonium (figueira-do-Inferno):

As suas sementes surgem em grande numero e podem germinar em qualquer altura do ano, podendo antecipar a sua germinação e impedindo que as plantas nativas germinem. As sementes não germinadas mantêm-se viáveis durante 40 anos, podendo germinar em qualquer altura durante esse período, se as condições se tornarem favoráveis.

Eichhornia crassipes (jacinto-de-água):

O seu crescimento é extremamente rápido, podendo cobrir uma área em cerca de cinco dias se as condições forem favoráveis. A espécie é geralmente aquática, no entanto, podem sobreviver em terra se estiverem perto de uma grande fonte de água. A sua propagação é geralmente vegetativa, através de rizomas ou fragmentos de caule que permitem o surgimento de uma nova planta. Os fragmentos são dispersos por água originando novas populações.

Eucalyptus globulus (eucalipto):

O seu crescimento é muito rápido tendo sido preferido em comparação com outras árvores de crescimento mais lento, sendo que a sua introdução foi propositada. Estes podem propagar-se de forma vegetativa, assim como por germinação das suas sementes (algo que tem sido observado em Portugal).

Hakea salicifolia (háquea-folhas-de-salgueiro):

As sementes desta árvore permanecem nela durante algum tempo, mas assim que são libertadas germinam muito rapidamente, colonizando os espaços rapidamente. O fogo incentiva a germinação destas sementes ao mesmo tempo que elimina espécies competidoras.

Myriophyllum aquaticum (pinheirinha):

A sua propagação fora do seu habitat natural apenas ocorre por reprodução vegetativa, através da fragmentação do seu caule (não ocorre de forma natural). Os seus rizomas são resistentes, podendo percorrer longas distancias criando novas populações quando atingem um local com as condições adequadas.

Opuntia elata (cacto):

Estas suculentas produzem elevada quantidade de sementes. A sua reprodução também pode ocorrer devido à fragmentação do caule que quando separado da planta original pode criar raízes e formar uma nova planta, semelhante à planta mãe, mas numa zona mais distante.

Pittosporum undulatum (árvore-do-Incenso):

Esta espécie arbórea pode regenerar-se a partir do tronco cortado ou raízes deixadas no solo, sempre por meio vegetativo. A sua reprodução dá origem a milhões de sementes que são dispersas por animais, particularmente pássaros, que as levam para locais longínquos onde forma novas populações.

Robinia pseudoacacia (robínia):

As árvores desta espécie regeneram rápida e facilmente a partir dos caules que têm sido cortados ou danificados. A sua propagação ocorre de forma vegetativa, tanto através do caule, como da raiz, no entanto, as sementes produzidas, apesar de em grande número, não germinam muito facilmente.

Spartina densiflora (spartina):

O seu desenvolvimento ocorre geralmente por propagação vegetativa através do caule. As suas sementes surgem em número elevado, sendo estas dispersas pela água permitindo atingir locais onde irá formar novas populações.

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References:

Plantas Invasoras em Portugal. Invasoras.pt  Consultado em: Agosto 31, 2018, em http://invasoras.pt/

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