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Descrição da Família Araucariaceae
Araucareaceae (araucária) | ||||||
Reino | Filo | Classe | Ordem | Família | Género | Espécie |
Plantae | Pinophyta | Pinopsida | Pinales | Araucareaceae | – | – |
Distrib. Geográfica | Estatuto Conserv. | Habitat | Necessidades Nutricionais |
Longevidade |
Hemisfério Sul | Algumas espécies em risco de extinção | Habitats tropicais e temperados | Solo bastante fértil | Cerca de 500 anos |
Características Físicas |
|
Anatómicas | arvore com copa piramidal, folhas simples, pequenas, inteiras e perenes, |
Tamanho | porte arbóreo, 65 metros de altura e 6 metros diâmetro |
grande diversidade no período Cretáceo, produtoras de resina |
Araucariaceae é a designação atribuída à família das Araucárias. Esta família pertence ao filo Pinophyta, na ordem Pinales, comummente designadas por coníferas, pois os seus órgãos reprodutores assemelham-se a cones. Os elementos desta família são gimnospérmicas e assemelham-se a outras espécies pertencentes à mesma ordem como é o caso dos pinheiros.
A família Araucariaceae possui um pequeno número de géneros, sendo o género Araucaria o mais conhecido. O número de espécies agrupadas nesta família também é pequeno sendo cerca de 40 espécies. Esta é uma das famílias de coníferas mais antigas da flora terrestre.
A maior diversidade desta família ocorreu durante o período Cretáceo e Jurássico, existindo diversos fosseis de espécies desta família que estão datados desse período. Os representantes desta família encontram-se agora reduzidos a uma pequena amostra do que foram nesses períodos.
Principais características:
As araucárias possuem porte arbóreo, com uma copa piramidal, podendo viver durante muito tempo, existindo mesmo registos de espécimes centenários (algumas com mais de 500 anos). As espécies pertencentes a esta família possuem um porte grande, atingindo até 65 metros de altura e 6 m de diâmetro. Estas espécies são bastante resinosas.
As suas folhas são simples, pequenas, inteiras e dispõem-se em espiral, mas a sua forma pode variar consoante a espécie, geralmente pontiagudas, com forma de agulha e ligadas por um pequeno pecíolo. No entanto, existem espécies cujas folhas são grandes, largas e achatadas. Estas folhas são normalmente persistentes, pois estas permanecem nas árvores durante todo o ano, apresentando nervação paralela.
Na família Araucariaceae existem espécie monóicas e dióicas, produzindo macrosporângios e microsporângios, que produzem inúmeros esporos. Estas espécies formam estróbilos, com os esporângios dispostos em espiral.
O cone masculino é um dos maiores cones produzidos pelas coníferas, possui uma forma cilíndrica e surge normalmente no topo dos ramos ou na região axilar das folhas.Os cones femininos também são bastante grandes, com forma ovóide e formados por escamas ou brácteas. A maturação do cone feminino demora cerca de 2 anos, acabando por cair quando maduro. Alguns destes cones são tão grandes que a sua queda pode causar graves danos se acertar em alguma pessoa ou animal.
O pólen não apresenta saco aéreos, nem asas que auxiliem na sua dispersam, este facto é comum também às suas sementes, que são normalmente grandes, mas não apresentam nenhum auxílio externo à sua dispersão, em alguns casos as sementes podem apresentar uma estrutura semelhante a asas que facilita a sua dispersão pelo vento. Ao contrário do que ocorre nos verdadeiros pinheiros (família Pinaceae) que normalmente produzem duas sementes, os cones das araucárias só produzem uma semente por bráctea.
Distribuição e utilizações:
Esta família encontra-se distribuída por todo o Hemisfério sul, na Ásia, Austrália, Nova Zelândia e no sul da América do Sul. O seu uso é maioritariamente ornamental, geralmente em jardins, podendo também ser criada como bonsai, muitas vezes é utilizada como árvore de natal.
A sua origem está relacionada com a flora da Antárctida. Estas espécies crescem em habitats tropicais e temperados, geralmente nas florestas tropicais e subtropicais, como a espécie dominante, no entanto, algumas espécies sobrevivem em climas bastante frios, visto serem tolerantes ao frio e geada.
Uma maior abundância destas espécies encontra-se em algumas ilhas isoladas do Pacifico, assim como no sudeste da Ásia, possivelmente devido a uma evolução dessas espécies na região, que lhes permitir adaptar-se muito bem ao clima. Estes indivíduos crescem inicialmente em locais com sombra, necessitando de uma posterior exposição solar, o solo deve ser profundo e bastante fértil, no entanto, não tolera demasiada humidade.
Alguns investigadores acreditam que a dispersão de algumas espécies da família Araucariaceae está condicionada pela ocorrência de incêndios, responsáveis pelo controlo das populações destas espécies. No entanto, ainda são necessários mais estudos para determinar a razão pela qual, os elementos desta família são bem-sucedidos a colonizar ambientes que são maioritariamente associados a Angiospérmicas.
A madeira de algumas espécies de araucárias possui valor comercial, pois é muito utilizada como madeira de qualidade, na construção de mobiliário. Algumas das suas sementes são comestíveis (semelhantes a pinhões), sendo por isso economicamente muito rentáveis.
Algumas das espécies pertencentes a esta família encontram-se em risco de extinção devido à sua exploração excessiva, um exemplo é a espécie Araucaria angustifólia, também designada de Pinheiro do Paraná, visto a sua madeira ter um elevado valor económico, uma vez que possui uma grande qualidade.
References:
Conifer. (2016). Encyclopædia Britannica. Consultado em: Abril 3, 2016, em http://www.britannica.com/plant/conifer/Annotated-classification
Earle, Christopher J. (2014). Araucareaceae. The Gymnosperm Database. Consultado em: Abril 3, 2016, em http://www.conifers.org/ar/Araucariaceae.php