Lisboa, Portugal

Apresentação da localidade de Lisboa: caracterização demográfica, história, património histórico, edificado e natural, gastronomia.

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Apresentação da cidade e município de Lisboa

Lisboa é um município português localizado no distrito de Lisboa na região e sub-região da Estremadura. É a capital de Portugal e a cidade mais populosa do país. É um município com 506 892 habitantes, de acordo com os censos de 2011, com 24 freguesias em 100,05 km².

O município é limitado por Loures, Odivelas, Amadora, Oeiras e pelo rio Tejo.

As 24 freguesias do concelho de Lisboa são Ajuda, Alcântara, Alvalade, Areeiro, Arroios, Avenidas Novas, Beato, Belém, Benfica, Campo de Ourique, Campolide, Carnide, Estrela, Lumiar, Marvila, Misericórdia, Olivais, Parque das Nações, Penha de França, Santa Clara, Santa Maria Maior, Santo António, São Domingos de Benfica e São Vicente.

História do concelho de Lisboa

Em Lisboa há vários vestígios da Pré-História, nomeadamente Neolítico, Eneolítico e Neo-neolítico. Durante o período do Neolítico, a região foi habitada por vários povos que construíram monumentos megalíticos, dos quais ainda subsistem alguns vestígios, como dólmens e menires.

Os celtas invadiram a Península no primeiro milénio a.C. e consequência dos casamentos tribais entre povos ibéricos pré-romanos aumentou o número de falantes da língua celta. Com origem nos séculos VIII-VII a.C., o povoado pré-romano de Olisipo assentava no morro e na encosta do Castelo. Esta Olisipo pré-romana foi o maior povoado orientalizante de Portugal, com uma população que rondava 2500 a 5000 pessoas.

Após a reconquista de Cartago, os romanos iniciaram guerras de pacificação do ocidente e em 139/138 a.C. conquistaram Olisipo, durante a campanha de Décimo Júnio Bruto Galaico, que reforçou as muralhas da cidade. Mais tarde a povoação foi anexada ao império e foi-lhe atribuída a cidadania romana. Após a queda do império, Lisboa foi invadida pelos bárbaros, alanos, vândalos, suevos e por fim pelos visigodos de Toledo.

Depois de três séculos de saques e pilhagens, em 714 a cidade foi tomada pelos mouros do norte de África. Lisboa pertenceu à primeira Taifa de Badajoz em 1013. Enquanto as Taifas se fragmentavam, no norte o Condado Portucalense separou-se do Reino de Leão e também a zona de Lisboa acabaria por ser conquistada aos mouros por D. Afonso Henriques em 1147. Em 1179 o monarco concedeu-lhe o primeiro foral. A revolução motivada pela Crise de 1383-85 levou à aclamação de D. João I como rei de Portugal e em 1385 Lisboa substituiu Coimbra como capital do Reino.

Lisboa foi destruída quase na totalidade a 1 de novembro de 1755 por um terramoto seguido de um tsunami. Em consequência, a cidade foi reconstruída de acordo com os planos traçados pelo Marquês de Pombal, adotando a urbanização que hoje lhe é conhecida.

Património natural e edificado

A capital portuguesa é uma cidade com mais de uma centena de parques, jardins, quintas e tapadas, que constituem o património natural da cidade, entre eles o Jardim Botânico da Ajuda, o Parque Eduardo VII, o Parque Florestal de Monsanto, o Jardim Botânico de Lisboa, o Jardim da Estrela, o Parque da Bela Vista e a Tapada da Ajuda. O Parque Florestal de Monsanto é o maior e mais importante da cidade, sendo conhecido pelo seu “pulmão verde”.

Em termos de património relacionado com a arquitetura civil é importante mencionar:

  • Palácio Nacional da Ajuda
  • Moinhos do Casalinho da Ajuda
  • Quinta do Monte do Carmo
  • Palacete da Ribeira Grande
  • Palácio Vale Flor
  • Palácio Sabugosa e jardins
  • Tapada da Ajuda
  • Palácio da Ega
  • Palácio Burnay
  • Quinta dos Lagares d’El-rey
  • Fábrica de Cerâmica da Viúva Lamego
  • Campo dos Mártires da Pátria
  • Palácio do Conde de Vimioso
  • Biblioteca Nacional de Portugal
  • Edifício da Torre do Tombo
  • Aqueduto das Águas Livres
  • Quinta do Bom Nome
  • Palácio dos Condes de Redondo
  • Cinema São Jorge
  • Bairro Alto
  • Palácio Ludovice
  • Bairro Estrela d’Ouro
  • Palácio de Monteiro-Mor
  • Paço do Lumiar
  • Quinta Alegre
  • Quinta dos Azulejos
  • Praça do Comércio
  • Teatro Nacional de São Carlos
  • Fundação Calouste Gulbenkian
  • Coliseu dos Recreios
  • Chafariz das Janelas Verdes
  • Palácio das Necessidades
  • Palácio Palha
  • Ascensor da Glória
  • Palácio dos Condes de Almada
  • Cine-Teatro Politeama
  • Palácio Alverca
  • Baixa Pombalina
  • Teatro Nacional D. Maria II
  • Fábrica Nacional da Cordoaria
  • Museu de Arte Popular
  • Centro Cultural de Belém
  • Palácio Nacional de Belém
  • Pavilhão de Portugal
  • Museu Militar
  • Chafariz de Esperança
  • Museu Nacional de Arte Antiga
  • Palácio dos Marqueses de Fronteira
  • Praça de Touros do Campo Pequeno
  • Ascensor do Lavra
  • Avenida da Liberdade
  • Teatro Capitólio
  • Cinema Tivoli
  • Ponte Vasco da Gama
  • Ponte 25 de Abril
  • Museu Nacional dos Coches

No âmbito da arquitetura religiosa destaca-se a Sinagoga Portuguesa Shaaré Tikvah, a Igreja de Madre de Deus, a Igreja de São Domingos de Benfica, a Capela dos Castros, a Capela de Nossa Senhora dos Remédios, a Igreja de Santo Estêvão, o Convento de Nossa Senhora do Bom Sucesso, a Capela de São João Jerónimo, a Igreja do Convento dos Barbadinhos, a Igreja do Convento do Carmo, a Igreja de São Roque, a Igreja de São Francisco de Paula, a Capela do Paço da Bemposta, o Convento da Encarnação, o Convento de São Francisco da Cidade, a Igreja da Madalena, a Igreja da Conceição Velha, a Capela de São Sebastião, o Palácio de São Bento, a Basílica da Estrela, a Capela de Nossa Senhora do Monte, o Convento da Graça, a Igreja de Nossa Senhora da Luz e o Convento de Santa Teresa do Menino Jesus.

Além de todos estes locais, se tiver possibilidade, não deixe de visitar:

Gastronomia

A gastronomia lisboeta é influenciada pela proximidade com o mar e, por isso, as especialidades são as pataniscas de bacalhau, os peixinhos da horta e as sardinhas. Outro ex-libris da gastronomia local é o Bife à Café. Na doçaria o pastel de nata é, sem dúvida, o mais popular. Uma visita aos Pastéis de Belém é praticamente obrigatória.

Geminações

Com o objetivo de aproximar os povos e criar laços históricos e culturais de amizade, o município celebrou os seguintes Protocolos de Geminação:

  • Rio de Janeiro (Brasil)
  • Bissau (Guiné-Bissau)
  • Praia (Cabo Verde)
  • Luanda (Angola)
  • Macau (China)
  • Malaca (Malásia)
  • Rabat (Marrocos)
  • Madrid (Espanha)
  • Cacheu (Guiné-Bissau)
  • Guimarães (Portugal)
  • Maputo (Moçambique)
  • São Salvador (Brasil)
  • S. Tomé (S. Tomé e Príncipe)
  • Budapeste (Hungria)
  • Zagreb (Croácia)
  • Miami (EUA)
  • Buenos Aires (Argentina)
  • Montevideo (Uruguai)
  • Tunes (Tunísia)
  • Belém (Palestina)
  • Santa Catarina (Cabo Verde)
  • Paris (França)
  • Argel (Argélia)
  • Água Grande (S. Tomé e Príncipe)
  • Toronto (Canadá)
  • Moscovo (Rússia)
  • Brasília (Brasil)
  • Pequim (China)
  • Qingdao (China)
  • Curitiba (Brasil)
  • Sofia (Bulgária)
  • Kiev (Ucrânia)
  • Pangim (Índia)
  • Haimen (China)
  • Assunção (Paraguai)

Brasão da cidade

Brasão de Lisboa

O brasão da cidade é um escudo de ouro, com um barco exteriormente de negro realçado de prata e interiormente de prata realçado de negro, mastreado e encordoado de negro, com uma vela ferrada de cinco bolsas de prata. A popa e a proa rematadas por dois corvos de negro, afrontados. O leme de negro realçado de prata. O barco assente num mar de sete faixas ondadas, quatro de verde e três de prata. A coroa mural é de ouro de cinco torres. Colar da Ordem Torre e Espada. O listel é branco com os dizeres MUI NOBRE E SEMPRE LEAL CIDADE DE LISBOA a negro.

Municípios do Distrito de Lisboa

Alenquer Amadora Arruda dos Vinhos Azambuja
Cadaval Cascais Lisboa Loures
Lourinhã Mafra Odivelas Oeiras
Sintra Sobral de Monte Agraço Torres Vedras Vila Franca de Xira
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