Rubiaceae, família

Descrição da família Rubiaceae, as principais caraterísticas, os locais onde pode ser encontrada, assim como algumas das suas utilizações…

Descrição da Família Rubiaceae

Rubiaceae

Rubiaceae

Rubiaceae é a designação atribuída a uma família de angiospérmicas, isto é, de plantas com flor. Esta família encontra-se inserida na ordem Gentianales, que se encontra na classe Magnoliopsida.

A família Rubiaceae é composta por 637 géneros, que reúnem cerca de 13500 espécies diferentes, existindo ainda muitas espécies por identificar em algumas regiões por todo o mundo. A sua designação comum é família dos cafés, devido às diversas espécies de café que compõem esta família.

Desde que foi identificada e descrita pela primeira vez, esta família tem sofrido alterações na constituição dos seus membros. No entanto, ainda é necessário mais estudos, particularmente a nível genético, filogenia molecular, para melhor identificação dos seus membros e as relações entre eles.

Rubiaceae (rubiáceas)
Reino Filo Classe Ordem Família Género Espécie
 Plantae Magnoliophyta Magnoliopsida Gentianales Rubiaceae
Distrib. Geográfica Estatuto Conserv. Habitat Necessidades Nutricionais
 Longevidade
Cosmopolita  não estudada  não exigente  não exigente
Características Físicas
Anatómicas  podem apresentar porte arbóreo, arbustivo, herbáceo, epífitas, trepadeira ou aquática
Tamanho  o seu tamanho varia com a espécie, não atingindo grandes dimensões

Principais caraterísticas:

Os indivíduos pertencentes a esta família apresentam um porte arbóreo, arbustivo, herbáceo, podem também ser trepadeiras, epífitas ou ainda espécies aquáticas (muito raramente).

Os indivíduos pertencentes a esta família são maioritariamente lenhosos, possuindo por isso crescimento secundário, com presença de lenhina. As suas folhas são simples, inteiras, apresentando algumas vezes um aspeto coreáceo, com uma distribuição oposta ou verticilada.

As suas flores reúnem-se em inflorescências cimosas ou terminais, no entanto, podem surgir com outra estrutura, como por exemplo flores solitárias. Estas flores são normalmente bissexuais, podendo surgir flores hermafroditas, no entanto, podem existir tanto seres dióicos como seres monóicos. As cores das flores são bastante vivas (brancas, amarelas, vermelhas, azuis, …), atraindo os polinizadores.

O cálice é composto por 4 ou 5 sépalas fundidas. A sua corola apresenta pétalas e sépalas muito semelhantes, sendo que a estrutura da flor é muito diversa. Os seus estames são geralmente 4 ou 5.

O ovário é ínfero, podendo por vezes ser súpero. A polinização ocorre com o auxílio de insetos como moscas, borboletas e abelhas, assim como outros animais (aves e morcegos).

Os seus frutos podem ser secos ou carnosos, drupas, capsulas, ou bagas, consoante a espécie. As sementes (muitas vezes numerosas) são por vezes aladas e endospérmicas. A dispersão das sementes tem o auxílio do vento (sementes aladas) ou de animais que se alimento dos frutos. Os frutos carnudos possuem uma coloração azulada ou purpura, por vezes avermelhada.

Distribuição:

A distribuição da família Rubeaceae é cosmopolita, apesar de possuir algumas particularidades. Esta família pode sobreviver em diversos substratos, desde ambientes aquáticos, rupícolas ou mesmo em solo firme.

Estes indivíduos distribuem-se pelas regiões tropicais, especialmente nas zonas húmidas. No entanto, também podem ser encontradas nas zonas temperadas, com climas mais frios, sendo que nos ambientes tropicais estes indivíduos são perenes e nos ambientes mais frios são caducifólios.

Os membros desta família constituem grande parte da biomassa presente nos ecossistemas tropicais, apesar de se adaptarem bem a diversos ambientes e a diferentes caraterísticas dos solos. Os indivíduos pertencentes a esta família não possuem um habitat específico, no entanto, apesar de sobreviverem em ambientes frios, não suportam geadas.

Utilizações:

As espécies desta família possuem elevado valor económico, em particular o género do café (Coffea). Este género é muito apreciado por todo o mundo, além de ser a segunda maior importação, existindo milhões de pessoas que dependem financeiramente da sua comercialização.

Algumas espécies (diferentes partes do individuo) são utilizadas como remédios para doenças como a malária (devido à produção do alcalóide quinina), assim como para outros fins terapêuticos ou ainda como toxinas. Outros produtos extraídos das raízes de algumas espécies desta família eram utilizados para colorir tecidos, na antiguidade.

A maioria dos membros desta família é utilizada como espécies ornamentais (por exemplo, gardénias), em particular para a ornamentação de jardins e vias públicas, nas regiões urbanas. Não existem muitas espécies que possam ser utilizadas como fonte de alimento, nesta família, no entanto, algumas são comestíveis.

Certas espécies funcionam como indicadores da saúde ambiental do seu habitat, visto algum destes indivíduos apenas crescerem em solos saudáveis e de boa qualidade, se o ambiente estiver degradado estes não crescem.

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References:

Oliveira, Juliana Amaral de, Salimena, Fátima Regina G., & Zappi, Daniela. (2014). Rubiaceae da Serra Negra, Minas Gerais, Brasil. Rodriguésia, 65(2), 471-504. Consultado em: Outubro 31, 2016, em http://www.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S2175-78602014000200011

Watson, L., and Dallwitz, M.J. 1992 onwards. The families of flowering plants: descriptions, illustrations, identification, and information retrieval. Consultado em: Outubro 31, 2016, em http://delta-intkey.com/angio/www/rubiacea.htm

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