Viseu (Portugal)

Apresentação da cidade de Viseu e do seu concelho: caracterização sócio-económica, história, herádica, património histórico e edificado e património natural.

Este artigo é patrocinado por: «A sua instituição aqui»

Apresentação da Cidade e Concelho de Viseu

FOTO

(ainda não temos fotografia da localidade… ajude-nos enviando uma ou mais fotos desta localidade para que possamos colocar neste espaço… deverá ser uma fotografia da sua autoria e não deverá possuir direitos de autor… pode enviar para geral@knoow.net)

FICHA DA LOCALIDADE

Localidade: Viseu
Classificação: Cidade, sede de concelho e sede de distrito

População: 47.250 habitantes (Censos 2011)
Coordenadas: 40°39’50.9″N 7°54’39.3″W
País: Portugal
Distrito: Viseu
Concelho: Viseu
Freguesia: Viseu

….

Viseu é uma cidade portuguesa e sede de concelho e de distrito com o mesmo nome, pertencente à região Centro e sub-região do Dão-Lafões. A população total da cidade é de 47.250 habitantes, ou cerca de 68.000 habitantes se considerado todo o perímetro de expansão urbana.

O concelho de que é sede possui uma área de cerca de 507,10 km² e está localizado no centro do distrito homónimo e a cerca de 90 km da costa atlântica, confinando com os concelhos de Castro Daire, Vila Nova de Paiva, Sátão, Penalva do Castelo, Mangualde, Nelas, Carregal do Sal, Tondela, Vouzela e São Pedro do Sul. De acordo com os censos de 2011, a população total do concelho era de 99.274 habitantes.

Fazem atualmente parte do concelho 25 freguesias, nomeadamente: a freguesia de Viseu que ocupa o centro da cidade; as freguesias de Rio de Loba, Abraveses, Repeses e São Salvador, Campo, Fragosela, Mundão, Orgens e Ranhados consideradas como freguesias de expansão urbana; e ainda das freguesias de Barreiros e Cepões, Boa Aldeia, Farminhão e Torredeita, Bodiosa, Calde, Cavernães, Cota, Coutos de Viseu, Fail e Vila Chã de Sá, Lordosa, Povolide, Ribafeita, Santos Evos, São Cipriano e Vil de Souto, São João de Lourosa, São Pedro de France e Silgueiros.

Relativamente à organização administrativa da Igreja, todo o território do concelho está integrado na Diocese de Viseu, diocese da qual é sede.

História da cidade e do concelho

Idade do Ferro

Os vários vestígios e achados arqueológicos encontrados em Viseu levam a crer que nos séculos V e IV a.C., em plena Idade do Ferro, existiria já, na parte alta da cidade, um castro com cerca de 12 hectares de área, rodeado por um fosso e por uma muralha de pedra e composto por típicas casas castrejas, de formato redondo, com paredes em pedra e telhados de colmo.

Época Romana

O crescimento do povoado, impulsionado pelo facto de aí passarem importantes vias de comunicação romanas, e a sua localização estratégia no centro do grande vale limitado pela Serra da Estrela e pela Serra do Caramulo, levam a que, no séc. I, os romanos façam de Viseu a capital de uma civitas que agregava um conjunto de povos da região chamados Interanienses. Aproveitando o castro já existente, os romanos refundam a povoação, edificando um fórum no topo do morro onde hoje se localiza a Sé e expandindo a cidade para as zonas mais planas localizadas a Oeste. Nessa mesma altura é alterada a designação da cidade de Vissaium para Veseum. É já no séc. IV que, numa altura em que o Império era ameaço por diversos povos bárbaros, que é construída em torno da cidade uma imponente muralha com cerca de 9 metros de altura por 4 metros de largura.

Nos arredores da cidade existem também diversos vestígios da presença romana, comprovando a existência de numerosas villas e habitats.

Período Visigótico

Com a queda do Império Romano e a chegada dos Visigodos à Península Ibérica no séc. V, Viseu conhece uma nova fase da sua história e é conferida uma nova fisionomia à cidade. No séc. VI é criada a Diocese de Viseu, sendo D. Romissol o seu primeiro Bispo. Na atual Praça D. Duarte, junto à Sé, foram encontrados vestígios de um edifício que provavelmente seria a primeira Sé Episcopal da Diocese.

Período Muçulmano

No séc. VIII é a vez dos Muçulmanos ocuparem a Península Ibérica. Ao longo de cerca de dois séculos a cidade foi sendo conquistada e reconquistada alternadamente por muçulmanos e cristãos. Crê-se que será deste período a construção da célebre ‘Cava de Viriato’: segundo algumas teorias o complexo terá sido construído pelos muçulmanos liderados por Almansor, que escolheram Viseu para planear e encetar os ataques às cidades de Leão, Astorga e Santiago de Compostela; outras teorias defendem que o complexo terá sido construído no séc. IX ou séc. X, durante a ocupação cristã e corresponderia a um projeto inacabado de uma ‘cidade áulica’.

Reconquista Cristã e Alta Idade Média

É em 1058 que o rei de Leão, Fernando Magno, conquista definitivamente a cidade aos Mouros. Mas é com a governação de D. Henrique, Conde do Condado Portucalense, que a cidade conhece um período de grande dinamismo. Entre 1109 e 1128 o Conde instala em Viseu a sua corte e manda construir o castelo, o palácio e a catedral e em 1123 concede-lhe foral. Há quem defenda que D. Afonso Henriques terá nascido na cidade em Agosto de 1109.

Nos séculos XIII, XIV e XV, a cidade conhece um período de profundas alterações e de grande desenvolvimento. A antiga catedral românica é sujeita a importantes obras de remodelação e dá lugar a uma nova catedral de estilo gótico e a cidade cresce em torno de algumas vias estruturantes, com destaque para a via que hoje corresponde à Rua Direita. Mas este é também um período que Viseu se coloca no centro da disputa pela coroa portuguesa e que culminou com a subida ao trono de D. João I, Mestre de Aviz. As três incursões à cidade pelos exércitos de Castela, provocaram a quase destruição do centro urbano. Contudo, a resistência do povo às invasões castelhanas e a fidelidade à causa de Aviz proporcionou à cidade os favores do novo monarca, destacando-se a concessão da carta de Feira, a qual deu origem à Feira de São Mateus, e a ordem para a construção da nova muralha (a qual seria concluída já no reinado de D. Afonso V, motivo pelo qual ficou conhecida como ‘muralha afonsina’).

Atestando a importância da cidade, é criado por D. João I o título de Duque de Viseu em 1415, o qual é atribuído ao seu filho, o Infante D. Henrique, como prémio pela conquista de Ceuta.

No séc. XVI, mais concretamente em 1513, o rei D. Manuel I renova o foral de Viseu e é neste período que a cidade cresce em direção à parte baixa, localizada mais a sul. Em pouco tempo a cidade ganha uma nova centralidade: o Rossio, o qual passa a ser local de encontro das gentes da cidade.

Período Moderno

No séc. XIX a cidade conhece novamente grandes transformações: o centro da cidade deslocaliza-se definitivamente para o Rossio, o qual se torna no seu principal polo político e administrativo e no Adro da Sé surgem edifícios de serviços como a polícia e a biblioteca e é construída a Igreja da Misericórdia, um imponente monumento de estilo barroco.

No séc. XX, o Estado Novo procedeu a importantes intervenções urbanísticas na cidade, em especial na zona da Sé, dando-lhe o aspeto com que a conhecemos hoje. Foi também um período de grande expansão, com a construção de diversos bairros residenciais.

Património Natural e Edificado

É na colina onde onde nasceu o burgo original que se localizam os monumentos mais icónicos da cidade, nomeadamente:

Na parte baixa da cidade o principal destaque é o Rossio (ou Praça da República), a qual passou a ser o principal núcleo da cidade a partir da segunda metade do século XIX e onde se encontram diversos edifícios de grande interesse histórico e arquitetónico tais como o edifício da Câmara Municipal, do Banco de Portugal e da Caixa Geral de Depósitos e ainda um belo painel de azulejos datado de 1930 e que ilustra a vida rural da região.

Uma referência ainda para os diversos jardins e para as pitorescas ruas da zona histórica, com destaque para a Rua Direita, a qual coincide com a primitiva via central do burgo romano, para a Rua Formosa e ainda para a Rua Augusto Hilário.

Fora da cidade, o grande destaque vai para a Cava de Viriato, uma estrutura de grandes dimensões e que se apresenta como um dos grandes mistérios da arqueologia portuguesa: segundo alguns, terá sido um acampamento romano (daí a referência a Viriato); para outros uma estrutura militar muçulmana que serviu de base a Almançor nas suas incursões no noroeste da península; para outros ainda, um projeto falhado de uma cidade áulica. A estrutura apresenta-se com uma planta octogonal, com 32 hectares, composto por oito taludes em terra com 250 metros cada, associados a grandes fossos de água com 16 metros de largura e 4 metros de profundidade.

Brasão da Cidade

Brasão da Cidade de ViseuO Brasão de Armas da cidade é de prata com o castelo de vermelho aberto e iluminado de ouro, tendo a primeira das torres laterais rematada por um homem vestido de negro tocando buzina de ouro, e a outra torre lateral rematada por uma árvore de verde sustida de negro e frutada de ouro. Está encimado por uma coroa mural de prata de cinco torres e suportado por um listel branco com os dizeres: “Cidade de Viseu”.

Os símbolos incluídos no brasão estão relacionados com uma lenda medieval (a lenda de Gaia) e representam o momento em que Ramiro II dá o sinal para que os soldados escondidos na floresta o ajudem a conquistar o castelo de Alboazar.

Acordos de geminação

Atualmente a cidade de Viseu possui acordo de geminação com várias localidades nacionais e estrangeiras, nomeadamente:

  • Aveiro (Portugal)
  • Stª Maria da Feira (Portugal)
  • Arezzo (Itália)
  • Ciudad Rodrigo (Espanha)
  • Marly-le-Roi (França)
  • Oviedo (Espanha)
  • Lublin (Polónia)
  • Campinas (Brasil)
  • Rio de Janeiro (Brasil)
  • Khaskovo (Bulgária)
  • Cantagalo (São Tomé e Príncipe)
  • São Filipe (Cabo Verde)
  • Matola (Moçambique)
  • Abijão (Costa do Marfim)

..

Onde Comer Onde Dormir

Gostaria de anunciar o seu estabelecimento aqui?
saiba como >>>

Gostaria de anunciar o seu estabelecimento aqui?
saiba como >>>
Onde se Divertir O que Visitar
Gostaria de anunciar o seu estabelecimento aqui?
saiba como >>>
Gostaria de anunciar o seu estabelecimento aqui?
saiba como >>>
Onde Fazer Compras
chocolateria-delicia-logo

..

→ Possui um estabelecimento nesta localidade e gostaria de ajudar a divulgar a sua terra? Saiba como >>>

836 Visualizações 1 Total

References:

  • Alves, C., Tente, C. & Sobral de Carvalho, P. Viseu: O fio da História. Viseu: Câmara Municipal de Viseu.
836 Visualizações

A Knoow é uma enciclopédia colaborativa e em permamente adaptação e melhoria. Se detetou alguma falha em algum dos nossos verbetes, pedimos que nos informe para o mail geral@knoow.net para que possamos verificar. Ajude-nos a melhorar.