Capela de Nossa Senhora dos Remédios (Viseu)

Apresentação da Capela de Nossa Senhora dos Remédios situada na cidade de Viseu, no Centro de Portugal

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A Capela de Nossa Senhora dos Remédios é uma pequena capela construída na primeira metade do século XVIII e que se localiza na cidade de Viseu, na zona Centro de Portugal, e que faz parte do legado deixado pelo Infante D. Henrique naquela cidade.

Capela de Nossa Senhora dos Remédios (Viseu)

A cidade de Viseu, uma cidade portuguesa que pertence ao distrito com o mesmo nome e que se situa na província da Beira Alta mas concretamente na região do Centro (Beiras) e sub região do Dão – Lafões, em Portugal Continental, é uma cidade que tem inúmeros pontos turísticos e históricos de interesse, entre eles, a nível cultural, museus. Destaca-se o Museu Nacional de Grão Vasco assim com alguns monumentos religiosos com igual interesse histórico, arquitetónico e turístico tais como a Sé Catedral de Viseu, a Igreja da Misericórdia de Viseu e a Capela de Nossa Senhora dos Remédios. Esta última é uma pequena capela de plantal octogonal que foi construída na primeira metade do século XVIII, na cidade de Viseu.

Construção da Capela de Nossa Senhora dos Remédios

Como o nome indica, a Capela de Nossa Senhora dos Remédios, pretendeu ser construída para prestar uma homenagem à Nossa Senhora dos Remédios, que era padroeira de um grupo de moradores da Praça da Erva – que atualmente é designada por Largo Pintor Gata. Como tal, os moradores juntaram-se e com a recolha das esmolas dos devotos da Nossa Senhora dos Remédios conseguiram construir a singela capela, que data do ano de 1742, na primeira metade do século XVIII. A Nossa Senhora dos Remédios foi trazida para Portugal por religiosos de origem francesa, que pertenciam à Ordem Hospitalar da Santíssima Trindade e que estiveram em Lisboa ainda no século XIII. A Nossa Senhora dos Remédios apareceu para resolver o problema de falta de dinheiro numa altura em que se estavam a resgatar cristãos cativos no Oriente e se diz que por não haver recursos financeiros, a missão não estava a ser bem-sucedida. Como tal, acredita-se que Nossa Senhora dos Remédios apareceu a São João da Mata e a São Félix entregando-lhes um saco cheio de dinheiro e que foi o remédio para conseguirem resgatar as pessoas. Como tal ‘nasceu’ a Capela de Nossa Senhora dos Remédios para homenagear a Nossa Senhora e lhe prestar devoção naquele sítio.

A Capela de Nossa Senhora dos Remédios veio substituiu uma anterior capela, de nome Capela de São Sebastião e que era datada do século XVI. Ocupa um lugar privilegiado na cidade pois encontra-se protegida pela Porta do Soar (conhecido também por Arco dos Melos) que foi feito para ser uma das principais portas da cidade e que pretendia proteger o espaço a ele circunscrito da peste e de outras enfermidades. A Capela de Nossa Senhora dos Remédios é uma das construções deixadas na cidade de Viseu numa época de legado do Infante D. Henrique. A Capela apresenta, interiormente, uma construção sob uma planta octogonal, de acordo com o que terá sido a planta principal dos edifícios e templos mandados erguer pela ordem que o Infante D. Henrique dirigia naquela época. Além da planta e estrutura octogonal, a Capela de Nossa Senhora dos Remédios tem um interior com um altar de talha polícroma composta por um conjunto de índole de estilo Barroco e um retábulo de madeira dourada e marmoreada já de estilo Rococó, que é datada do século XVIII (segunda metade) sendo que ao centro da capela se encontra a imagem seiscentista da Nossa Senhora dos Remédios, em calcário. As paredes da capela são forradas com azulejos figurativos de temática ligada à religião. A capela é de pequenas dimensões e exteriormente nota-se o contraste nas suas paredes pintadas de branco e na pedra usada para alguns sítios do edifício nomeadamente as arestas da face com pilastras adossadas que depois de trespassarem a cornija do telhado se prolongam e terminam em bolas. O vértice do telhado é rematado por um adelgaçado.

As obras da capela estiveram a cargo de dois pedreiros da região do Minho, de Portugal, de nome Manuel Lourenço e Manuel Ribeiro e foi também pedida ajuda ao Cabido da Sé pois as esmolas dos moradores e devotos da Nossa Senhora dos Remédios não foram suficientes.

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