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Ursus marinus (Urso Polar) – descrição
Ursus marinus (Urso Polar) | ||||||
Reino | Filo | Classe | Ordem | Família | Género | Espécie |
Animalia | Chordata | Mammalia | Carnívora | Ursidae | Ursus | U. marinus |
Distrib. Geográfica | Estatuto Conserv. | Habitat | Dieta | Predação | Longevidade |
Circulo polar | vulneravel | zonas costeiras e planícies geladas | Carnivoro | Focas, Aves, Alces | 30 anos na Natureza ou 50 em cativeiro |
Características Físicas |
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Anatómicas | Corpo robusto, cabeça pequena e pescoço comprido, pelo espesso e uma camada de gordura que permite viver em ambientes frios |
Dimorfismo Sexual | O macho é maior que a fêmea |
Tamanho | 1.80 – 2.50 metros de comprimento |
Peso | 150 a 800 kg |
Ursus maritimus cujo nome comum é Urso Polar, devido ao seu habitat preferencial. Esta espécie pertence à classe Mammalia, cuja ordem é Carnívora e a sua família designa-se por Ursidae. A inclusão na classe Mammalia significa que pelo menos numa parte da sua vida estes indivíduos consomem leite, geralmente durante a infância.
Atualmente esta espécie é considerada vulnerável, pois o seu habitat está a desaparecer, assim como as suas presas. O seu atual número não é conhecido, pois estes seres são normalmente solitários e possuem boas técnicas de camuflagem, além disso sabe-se que o seu número tem vindo a diminui ao longo dos anos, sendo mais difícil encontra-los.
Características físicas
Os ursos polares são uma das maiores espécies de urso em existência, principalmente por habitarem ambientes considerados bastante inóspitos, necessitando por isso de elevada quantidade de massa gorda para sobreviverem, sendo-lhes impossível sobreviver numa dieta baseada em apenas alimentos terrestres (mais ricos em proteínas do que em gorduras).
Estes indivíduos podem atingir entre 1,8 a 2,5 metros de comprimento e pesar entre 150 a 800 kg. O seu corpo é muito semelhante ao do urso castanho, no entanto, apresenta uma cabeça mais pequena e um pescoço mais alongado que a maioria das outras espécies de ursos. A femea é geralmente mais pequena que o macho, no entanto, não se verifica um verdadeiro dimorfismo sexual.
Os ursos à nascença são cegos, com pouco pelo e pesam menos que um quilo. O seu crescimento é bastante rápido devido à alimentação dada pela mãe (leite materno). Ao saírem da toca pela primeira vez, as crias já pesam dez ou doze vezes mais do que pesavam à nascença.
As fêmeas podem ficar cerca de 8 meses sem se alimentarem, para tal consomem o máximo possível de nutrientes durante o verão e o outono. A taxa de mortalidade das crias é bastante elevada e encontra-se relacionada com a capacidade da mãe fornecer nutrientes suficientes durante a época fria.
A sua alimentação faz destes indivíduos carnívoros, sendo as varias espécies de focas existentes no ártico a sua principal fonte de alimento, pois conseguem digerir muito bem a gordura.
Além da gordura, estes indivíduos possuem uma grande densidade de pelo que impede a penetração do frio, tornando-os espécimes homeotérmicos, isto é, indivíduos capazes de manter a sua temperatura corporal apesar das condições exteriores.
O Ursus maritimus são geralmente seres nómadas, apresentando um tipo de crescimento k, isto é, apresentam uma maturação tardia, com elevado investimento parental (particularmente da mãe), sendo a sobrevivência em adulto a principal preocupação.
A sua esperança de vida na natureza vai até aos 30 anos, esta aumenta quando os indivíduos se enc0ntram em cativeiro, podendo estes atingir os 40 a 50 anos.
Reprodução
Os ursos polares não produzem muitas crias ao mesmo tempo, sendo a sua taxa de reprodução a mais baixa entre os mamíferos, geralmente apenas produzem duas crias por ninhada. As fêmeas e os machos atingem a maturidade perto dos 5 anos.
Após encontrarem-se gravidas (geralmente fim do Outono e inicio do Inverno), as fêmeas escavam buracos na neve onde se escondem, dando à luz dentro do seu esconderijo. As crias apenas saem para o exterior durante a primavera, quando as condições são favoráveis.
Os ursos maritimus possuem relações poligamicas, pois o macho abandona a fêmea, que cria os juvenis sozinha, estas permanecem com a progenitora cerca de dois anos, ao fim dos quais abandonam-na, permitindo que esta inicie um novo ciclo reprodutivo. Estas podem reproduzir-se anualmente ou de 3 em 3 anos.
Habitat
O seu habitat preferencial são as planícies geladas do norte do Canada, Gronelândia, Noruega, Rússia, assim como o Alasca, em especial as zonas próximas do círculo polar. Estes tanto habitam em terra, como no oceano, onde procuram geralmente o seu alimento. Os Ursos Polares podem ser encontrados em regiões de tundra, na floresta boreal ou em zonas arbustivas do subártico, em particular durante as épocas mais quentes.
As fêmeas gravidas procuram geralmente as regiões mais costeiras para criar as suas tocas onde permanecem todo o inverno com as suas crias. Durante as épocas mais quentes é comum encontrar estes indivíduos em zonas de terras, no entanto, com a presença de gelo, como por exemplo placas de gelo à deriva ou blocos de gelo.
Devido ao seu habitat estes têm que percorrer grandes distâncias para obterem alimento seja a pé, ou nadando, pois a maior fonte de alimento para esta espécie encontra-se nas águas geladas do ártico, nos períodos mais frios estes indivíduos podem hibernar (a maioria permanecem ativos no inverno), em particular as fêmeas gravidas.
Importância
O Ursus maritimus encontra-se classificado como vulnerável, no entanto, nos próximos anos é capaz de entrar para a categoria de em perigo, visto as alterações climáticas, em particular o aquecimento global, estarem a destruir o seu habitat preferencial. Os seus predadores são o ser humano e outros ursos polares são os únicos predadores desta espécie.
As ameaças ao seu habitat são inúmeras, desde industrias petrolíferas, à caça, passando pela invasão dos seus territórios por seres humanas ou por espécies invasoras, ou ainda pela poluição presente nos diferentes subsistemas terrestres (poluição aquática, fogos, poluição atmosférica…).
O desaparecimento desta espécie é preocupante para o seu ecossistema pelo que foram introduzidas medidas e criada legislação que permite a preservação dos poucos indivíduos em existência, assim como medidas que tentam atrasar a degradação do seu habitat e a diminuição das suas fontes de alimentação.
References:
Wiig, Ø., Amstrup, S., Atwood, T., Laidre, K., Lunn, N., Obbard, M., Regehr, E., Thiemann, G. (2015).Ursus maritimus. The IUCN Red List of Threatened Species 2015: e.T22823A14871490. Consultado em: Outubro 30, 2018 em http://dx.doi.org/10.2305/IUCN.UK.2015-4.RLTS.T22823A14871490.en.
Gunderson, A. 2009. “Ursus maritimus” (On-line), Animal Diversity Web. Consultado em: Outubro 30, 2018 em https://animaldiversity.org/accounts/Ursus_maritimus/
Aars, Jon, Vongraven, Dag. Polar bear (Ursus maritimus) Consultado em: Outubro 30, 2018 em http://www.npolar.no/en/species/polar-bear.html