O envelhecimento saudável tem como objetivo a promoção da saúde, prevenção de declínio e, consequentemente, aumento da qualidade de vida da pessoa idosa.
Até ao início do século XX, associava-se o envelhecimento à perda de capacidades e, principalmente, ao não desenvolvimento e à não evolução (Cupertino, Rosa, & Ribeiro, 2007).
Com a promoção e investimento na gerontologia, passou a importar cuidar para que o envelhecimento saudável se tornasse numa realidade (Cupertino, Rosa, & Ribeiro, 2007).
Para tal, a ciência procura que se desenvolvam conceitos como a plasticidade humana, a resiliência, o acompanhamento do indivíduo idoso por equipas multidisciplinares e multidirecionais, etc (Cupertino, Rosa, & Ribeiro, 2007).
Os estudos indicam que estes cuidados começam por ser feitos através da avaliação adequada, do ponto de vista gerontológico, de várias áreas da saúde do indivíduo tais como a ausência de doenças físicas e mentais de origem crónica, de incapacidades funcionais, de vícios, etc (Banhato, Scoralick, Atalaia-Silva, & Mota, 2009).
Assim, pretende-se minimizar o risco de doenças e de incapacidades funcionais associadas às mesmas, promover o bom funcionamento mental e físico e garantir a manutenção da vida ativa com vista a melhorar a qualidade de vida, e, por consequência, promover o envelhecimento saudável da população (Cupertino, Rosa, & Ribeiro, 2007).
Na mesma linha teórica, Banhato, Scoralick, Atalaia-Silva e Mota (2009) consideram que o envelhecimento saudável é construído com a promoção da autonomia, independência e investimento na vida ativa de tal forma que o indivíduo idoso esteja plenamente incluído entre os familiares, amigos, lazer e sociedade.
Uma das estratégias utilizadas é o recurso às capacidades que o indivíduo idoso já tem, sendo uma delas, a capacidade de gestão do stress, que, com a idade, se torna mais fácil do que em idades mais jovens (Cupertino, Rosa, & Ribeiro, 2007).
Esta capacidade torna-se real com a experiência do indivíduo que, por já ter passado por diversos acontecimentos ao longo da vida, adquire esse tipo de aprendizagem para enfrentar os danos causados (Cupertino, Rosa, & Ribeiro, 2007).
Pretende-se, com todos os recursos utilizados promover funções fundamentais como autoestima, bem-estar e capacidade de gestão da ansiedade, prevenção de depressão, resistência a doenças, entre outros (Banhato, Scoralick, Atalaia-Silva, & Mota, 2009).
Conclusão
De acordo com a literatura parece evidente que o envelhecimento saudável associa a inclusão ativa da pessoa idosa nas atividades do dia a dia, seja em família, sociedade, amigos ou lazer. É necessário que haja uma boa avaliação gerontológica do indivíduo para que se perceba as suas capacidades e limitações no sentido de saber por onde atuar e que recursos que o mesmo tem consigo, poder utilizar.
References:
- Banhato, Eliane F. C., Nunes Scoralick, Natália, Viveiros Guedes, Danielle, Atalaia-Silva, Kelly C., Mota, Márcia M. P. E., Atividade física, cognição e envelhecimento: estudo de uma comunidade urbana. Psicologia: Teoria e Prática [en linea] 2009, 11 (Sin mes) : [Fecha de consulta: 23 de marzo de 2019] Disponible en:<http://www.redalyc.org/articulo.oa?id=193818630007> ISSN 1516-3687
- Cupertino, A.P.F.B, Rosa, F.H.M, & Ribeiro, P.C.C. (2007). Definição de Envelhecimento Saudável na Perspectiva de Indivíduos Idosos. Psicologia: Reflexão e Crítica, 20(1). 81-86.