Oceano é o termo utilizado para descrever uma grande porção de água salgada rodeada por continentes, constituindo um dos maiores componentes da hidrosfera.
Este conceito é muitas vezes confundido com a definição de “mar”, uma vez que ambos correspondem a grandes porções de água salgada.
No entanto, o oceano corresponde uma maior extensão de água e uma maior profundidade (a fossa das Marianas é a zona mais profunda).
Estes constituem o reservatório de cerca de 97% de toda água existente no planeta. O conjunto de todos os oceanos é a razão para a cor azul do planeta, quando visto do espaço.
Estes espaços albergam uma grande concentração de fauna e flora, apesar de os seus recursos serem limitados.
Caraterísticas
Os oceanos podem atingir uma grande profundidade, sendo impossível, ao Homem, chegar fisicamente ao seu ponto mais fundo. Geralmente, o fundo oceânico é composto por cadeias montanhosas ou por fossas oceânicas, provocando diferentes declives. As fronteiras dos oceanos estão normalmente associadas aos limites das massas continentais.
A hidrosfera, sob a forma de oceanos, é de grande importância para a vida no planeta, pois assegura a ligação com os outros sub-sistemas terrestres. Estes são ainda responsáveis pela manutenção do clima, assim como, permitem o crescimento de algas responsáveis por mais de 50% do oxigénio que utilizamos para respirar.
Os oceanos apresentam fenómenos particulares, como é o caso das correntes oceânicas, das marés. Outros exemplos são os vértices provocados por convergência de correntes e de ventos.
O oceano foi considerado durante séculos, a última fronteira por explorar, um local desconhecido e extremamente perigoso. Atualmente, os investigadores acreditam que se sabe mais sobre o espaço do que sobre o fundo dos oceanos.
Vida nos oceanos
Grande parte dos seres vivos que têm o oceano como habitat são microscópicos, como as algas e o fitoplâncton. Coincidentemente, o maior mamífero (baleia azul) que alguma vez habitou o planeta também vive nos oceanos.
Outros seres associados ao oceano são a população humana que vive em zonas costeiras e atribui-lhe grande importância em particular como fonte de alimento e distração.
Estes habitats são grandes sumidouros de dióxido de carbono. Ao mesmo tempo, estes libertam uma quantidade de oxigénio muitas vezes superior à quantidade libertada pela floresta Amazónica (aproximadamente 70% de todo o oxigénio libertado para a atmosfera num ano).
O oceano é uma fonte de tradições culturais, além de servir como via de transporte para mercadorias e pessoas. No entanto, as regiões costeiras são muito suscetíveis a desastres naturais, como por exemplo, terramotos e furacões ou mesmo desastres provocados pelo ser humano, como derrames de petróleo.
Diferentes oceanos
Neste momento, sabe-se que terá existido um único oceano (Pantalassa). Atualmente esse primeiro oceano dividiu-se em cerca de 5 oceanos.
A incapacidade de conter as águas do oceano levam os investigadores a estabelecer fronteiras muito inconstantes e a não reconhecer a oficialmente existência de outros oceanos.
O oceano Pacifico, o maior e mais profundo dos oceanos, é seguido pelo o oceano Atlântico. O oceano Índico (segundo oceano mais profundo) é o terceiro maior oceano seguido do oceano Glacial Antártico e do oceano Glacial Ártico.
Os oceanos possuem diferentes concentrações de sal, sendo os oceanos glaciares aqueles que o possuem em menor quantidade.
A posição geográfica de Portugal, em particular, a sua proximidade ao oceano Atlântico, tornou-se uma vantagem durante a época dos descobrimentos.
Cada um dos diferentes oceanos corresponde a um ecossistema diferente, composto por um variado conjunto de espécies e com inúmeras funções importantes para a existência de vida no planeta.
Entre os inúmeros benefícios retirados do oceano surgem a captação do dióxido de carbono, a fonte de alimentos tanto para o ser humano, como para outros animais, ou mesmo a regulação do clima.
Ameaças
Ao longo de muitos séculos, o ser humano acreditou que os oceanos e os mares correspondiam a espaços sem fim, que absorviam tudo o que lá era depositado. E durante muito tempo essa crença foi verdadeira.
Como prova da incapacidade de absorção dos oceanos, nos últimos anos têm vindo à tona diversos problemas. Alias alguns investigadores descobriram ilhas de lixo que flutuam no meio do oceano.
Estes produtos põem em risco a vida dos seres vivos. Por exemplo, já foram encontradas diversas espécies com o estômago cheio de plástico, assim como outras surgiram mortas pela presença de mercúrio.
Os derrames acidentais de petróleo também têm contribuído para a poluição presente nos oceanos. Em particular no oceano Pacifico e Atlântico, pois são oceanos com maior tráfego marítimo.
Para prevenir e recuperar os oceanos, de todos os poluentes, têm surgido diversas campanhas de sensibilização e recolhas de lixo das praias.
O degelo provocado em parte pelo aquecimento global também se tem tornado uma ameaça para os oceanos. Por exemplo,a grande quantidade de água doce que entra em circulação vai alterar as correntes e os níveis de sal existentes a água.
Estas alterações, em conjunto com a subida do nível das águas, vem desequilibrar a vida das espécies existentes nos diversos oceanos. Por sua vez, estas perturbações desequilibram todos os outros sistemas terrestres a ele associados.
References:
Oceanos. Águas do Algarve, SA. Águas de Portugal. Consultado em: 1 de Abril, 2020, em https://www.aguasdoalgarve.pt/content/oceanos
Duxbury, Alyn C.; Cenedese, Claudia (2019). Ocean. Encyclopædia Britannica, inc. Consultado em: 1 de Abril, 2020, em https://www.britannica.com/science/ocean