Magnoliaceae, Família

Descrição da família Magnoliaceae, as suas principais caraterísticas, os locais onde se podem encontrar, assim como algumas das suas utilizações…

Descrição da Familia Magnoliaceae

Magnólia no Jardim Botânico do Porto

Magnólia no Jardim Botânico do Porto

 

Magnoliaceae é a designação atribuída a uma família de angiospérmicas, pertencente à ordem Magnoliales, que se encontra na classe Magnoliopsida. Esta família corresponde a uma família de dicotiledóneas, que terá surgido há milhões de anos.

A antiguidade desta família levou ao surgimento de dúvidas no número de géneros que a compõem, de uma forma geral assume-se a existência de cerca de 12 géneros, sendo 2 bastante reconhecidos (Magnólia e Liriodendron).

Independentemente do número de géneros existentes, esta família possui cerca de 250 espécies diferentes. Os estudos filogenéticos e algumas das suas características morfológicas indicaram que a família Magnoliaceae é uma das famílias mais primitivas de angiospérmicas.

Magnoliaceae
Reino Filo Classe Ordem Família Género Espécie
 Plantae Magnoliophyta Magnoliopsida Magnoliales Magnoliaceae

 

Distrib. Geográfica Estatuto Conserv. Habitat Necessidades Nutricionais
 Longevidade
 cosmopolita  não estudado  regiões temperadas e tropicais  nenhum em especial

 

Características Físicas
Anatómicas  porte arbóreo ou arbustivo, copa perene, folhas com distribuição alterna, flores bissexuais bastante grandes
Tamanho  porte médio ou grande
 polinização com auxílio de polinizadores, sementes dispersas pelo vento

Principais características:

Os elementos da família Magnoliaceae possuem um porte arbustivo ou arbóreo, sendo comum apresentarem crescimento secundário (lenhina). Estes indivíduos podem atingir porte médio a grande, consoante a espécie e o ambiente onde se encontram.

As folhas são simples, com uma disposição alterna e margem inteira, apresentando uma coloração verde-escura. A sua copa é normalmente perene, no entanto, podem ser encontradas espécies caducifólias.

As suas flores são bissexuais (hermafroditas), geralmente muito grandes, o que as torna numa característica distintivas. Estas flores possuem uma fragrância característica e bastante agradável.

O cálice e a corola não se encontram bem diferenciados, sendo que as suas pétalas e sépalas passam a designar-se por tépalas. O seu cálice é composto por 3 sépalas e a sua corola por 6 ou mais pétalas, que podem apresentar uma coloração esbranquiçada, rosada ou arroxeada. As flores são solitárias e terminais, apresentando inúmeros estames indiferenciados localizados numa estrutura cónica.

O ovário é geralmente súpero, unilocular, sendo capaz de produzir diversos óvulos. Os seus frutos podem ser sâmaras ou bagas, dependo da espécie que os produz e produzem inúmeras sementes com coloração avermelhada e de grandes dimensões.

A polinização destes indivíduos ocorre com o auxílio de polinizadores como as abelhas e os escaravelhos. As suas sementes são muitas vezes dispersas com o auxílio de pássaros ou do vento. Os métodos utilizados na polinização e na dispersão das sementes diferem consoante a espécie.

Distribuição:

A distribuição dos indivíduos desta família encontra-se fragmentada, uma vez que as espécies pertencentes a esta família presenciaram diversos acontecimentos cataclísmicos, como por exemplo idades do gelo e a deriva continental. Algumas das usas espécies ficaram isoladas tendo acabado por sofrer processos de especiação que as tornam diferentes de outros membros da mesma espécie ou de espécies próximas.

As espécies desta família são características das regiões tropicais e temperadas, podendo ser encontradas na Asia, Oceânea e América. Estes indivíduos podem ser encontrados em praticamente todos os continentes.

Os indivíduos pertencentes a esta família encontram-se muito associados ao oriente, particularmente a países como a China e o Japão. Alguns membros desta família preferem climas mais frios, apesar de suportarem temperaturas elevadas e climas mais húmidos.

Utilizações:

Os membros desta família não possuem elevado valor económico. A sua principal utilização é como ornamental, devido ao tamanho das suas folhas e flores, sendo muito utilizada na arborização das ruas. As principais árvores ornamentais desta família são as magnólias e o liriodendro, devido às suas folhas e flores caraterísticas.

Certas espécies são cultivadas para a obtenção da sua madeira. Alguns membros desta família são tidos como tendo propriedades medicinal, sendo por isso utilizados para tratar febres, problemas reumáticos, problemas estomacais, assim como outros problemas de saúde. As diversas partes destas plantas podem ser utilizadas em tratamentos de medicina alternativa.

Os estudos moleculares, na família Magnoliaceae, são relativamente recentes, levando a constantes revisões taxonómicas, com a entrada e saída de espécies e géneros.

A continuação da investigação filogenética é de grande importância, pois vai assegurar uma descrição mais sustentada das relações filogenéticas entre os membros desta família.

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References:

Every, J.L.R. & Baracat, A. (2009). Neotropical Magnoliaceae. In: Milliken, W., Klitgård, B. & Baracat, A. (2009 onwards), Neotropikey – Interactive key and information resources for flowering plants of the Neotropics. Consultado em: Setembro 30, 2016, em http://www.kew.org/science/tropamerica/neotropikey/families/Magnoliaceae.htm.

Watson, L., Dallwitz, M.J. (1992 – onwards). The families of flowering plants: descriptions, illustrations, identification, and information retrieval. Consultado em: Setembro 30, 2016, em http://delta-intkey.com/angio/www/magnolia.htm

Magnoliaceae. (2016).  Encyclopædia Britannica. Consultado em: Setembro 30, 2016, em https://www.britannica.com/plant/Magnoliaceae

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