Descrição da família Taxaceae
Taxaceae é a designação atribuída a uma família de gimnospérmica, isto é, planta sem flor. Esta família pertence à ordem Pinales, que se encontra na classe Pinopsida, correspondente à divisão/filo Pinophyta.
Como mencionado posteriormente, esta família encontra-se atualmente inserida na ordem Pinales, devido a análises filogenéticas, no entanto, antigamente estavam associados a outra ordem, pois os seus membros não eram tidos como tendo uma relação de proximidade com as outras coníferas.
A família Taxaceae não é muito grande possuindo apenas 7 géneros, que reúnem cerca de 12 espécies. Em alguns casos considera-se que esta família possui 7 géneros e 30 espécies. Esta variação no número de espécies deve-se a uma falta de consenso quanto aos verdadeiros membros desta família, encontrando-se esta ainda em estudo.
Taxaceae | ||||||
Reino | Filo | Classe | Ordem | Família | Género | Espécie |
Plantae | Pinophyta | Pinopsida | Pinales | Taxaceae | – | – |
Distrib. Geográfica | Estatuto Conserv. | Habitat | Necessidades Nutricionais |
Longevidade |
cosmopolita | não estudado | locais com bastante luz ou sombra parcial | não possuem nenhuma especifica | conhecidos espécie com 2000 anos |
Características Físicas |
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Anatómicas | Tronco com fissuras, copa com forma piramidal, formada por folhas persistentes |
Tamanho | Os membros desta família atingem no máximo 25 metros de altura, podendo variar com a espécie |
A sua organização ainda não é totalmente clara |
Principais características:
Os membros desta família apresentam um porte arbustivo ou arbóreo, com tronco não resinoso, nem aromático (podendo surgir algumas espécies com estas características, apesar de não ser frequente) que podem atingir no máximo 25 metros de altura.
Estes indivíduos são geralmente dióicos, existindo por isso membros masculinos e membros femininos (podem surgir alguns indivíduos monoicos), possuindo uma vida bastante longo, existindo membros desta família com cerca de 2000 anos.
O tronco destas árvores apresenta diversas fissuras, que aumentam com a idade. Este possui bastantes ramificações, que dão uma forma arredondada, quase piramidal, a uma copa pouco densa em folhas.
As folhas desta família são persistentes, sendo que a sua copa mantém-se constante ao longo de todo o ano. Estas folhas apresentam uma disposição alterna, mas no mesmo plano, por vezes surgindo com forma espiral. As folhas possuem uma forma lanceolada, assemelhando-se por vezes a agulhas.
Os elementos da família Taxaceae assumem a designação de coníferas devido aos cones que produzem como órgãos reprodutores. Os cones masculinos (estróbilos) libertam o seu pólen durante a primavera, enquanto, os cones femininos são mais reduzidos e apresentam apenas uma semente.
Estes indivíduos não produzem frutos, no entanto, as suas sementes desenvolvem-se dentro de uma estrutura carnosa (semelhante a uma baga), designada por arilo, que possui uma coloração avermelhada quando madura.
Esta estrutura é consumida por pássaros favorecendo a dispersão da semente, que se encontram nas fezes do animal, devido à ingestão e digestão do arilo. Apesar de consumidas por animais, as sementes destes indivíduos são tóxicas para o ser humano.
Distribuição:
A família Taxaceae possui uma distribuição muito ampla, sendo possível encontra os seus membros em todos os continentes, com exceção da Antártida. No entanto, esta família encontra-se maioritariamente no hemisfério Norte, podendo ter tido a sua origem no continente asiático.
Em Portugal existe apenas uma espécie indígena a todo o território, a espécie Taxus baccata. A maioria das espécies encontradas são cultivadas, sendo muito raro encontrar indivíduos com crescimento espontâneo na natureza.
Estes indivíduos preferem ambientes florestais, apesar de poderem sobreviver noutro tipo de ambientes, particularmente em locais com bastante luz solar ou sombra parcial. Os membros desta família gostam de ambientes húmidos, no entanto, não toleram solos muito húmidos, pelo que dão preferência a solos com boa drenagem.
Utilização:
A única espécie indígena portuguesa é amplamente cultivada como espécie ornamental, visto ser bastante tolerante ao corte. Os membros desta família são muito utilizados com propósitos ornamentais, particularmente nos jardins ingleses, para a escultura de formas variadas, mantidas através de podas.
Além da sua utilização como espécie ornamental, estes indivíduos são muitas vezes produzidos para a obtenção da sua madeira, utilizada na criação de móveis.
Algumas espécies possuem importância medicinal devido a substâncias que produzem (taxol), que pode ser utilizado para o tratamento de doenças, como alguns tipos de cancro.
Certos indivíduos desta família são altamente venenosos, devido à produção de alcaloides como o taxol e taxina (nas suas folhas), assim como por produzirem alguns óleos irritantes e extremamente voláteis.
References:
Earle, Christopher J. (2012). Taxaceae. The Gymnosperm Database. Consultado em: Novembro 30, 2016, em http://www.conifers.org/ta/Taxaceae.php
Watson, L., and Dallwitz, M.J. (2008 – ). The families of gymnosperms. Consultado em: Novembro 30, 2016, em http://delta-intkey.com/gymno/www/taxaceae.htm
(2008). Taxaceae. Encyclopædia Britannica. Consultado em: Novembro 30, 2016, em https://www.britannica.com/plant/Taxaceae