Ansiedade na adolescência resulta da forma como o indivíduo nesta fase lida com as mudanças características da mesma. Por vezes exige um pouco mais de atenção porque se pode tornar algo patológico.
De acordo com os estudos de Cabral (2015) e Batista e Oliveira (2005) devido às características que compõem a fase da adolescência, e falamos aqui de transformações físicas, de sentimentos e pulsões sexuais, construção da identidade, entre outros, por vezes, todas estas mudanças podem gerar um estado de ansiedade com contornos de psicopatologia.
“A ansiedade (…), e um termo que se refere a uma relação de impotência existente entre a pessoa e o ambiente ameaçador, e os processos neurofisiológicos decorrentes dessa relação…” (Batista, & Oliveira, 2005).
Por vezes, a gravidade da ansiedade na adolescência torna-se tão forte, que a patologia se desenvolve e acompanha o indivíduo pelo resto da sua vida, colocando-o em situações que lhe provocam mal estar e dificultam a sua interação social, profissional, familiar, etc (Cabral, 2015; Batista, & Oliveira, 2005).
Para Cabral (2015) a ansiedade é mesmo um dos maiores inimigos do adolescente devido aos obstáculos que coloca face à capacidade de memória, concentração e, muitas vezes, insucesso escolar.
Estes estudos indicam que existem estados de ansiedade em estado tão grave que chegam mesmo a provocar medo de morrer, com sintomas de angustia muito fortes que mexem com o comportamento do adolescente, o que acaba por levar ao isolamento e ao desenvolvimento de fobia social (Cabral, 2015).
Conclusão
A ansiedade na adolescência acontece, na maioria das vezes, resultado das características decorrentes da mesma, de transformação, de comportamento, de mudanças físicas e psicológicas, entre outras. Estas metamorfoses todas, por vezes são difíceis de ajustar nesta fase, o que faz com que o jovem não consiga sempre lidar com os seus níveis da mesma. Por vezes pode tornar-se mesmo patológica e levar o adolescente a ter limitações em várias áreas da vida, o que faz com que seja necessário dar atenção aos sintomas consequentes.
- Batista, Marcos Antonio, & Oliveira, Sandra Maria da Silva Sales. (2005). Sintomas de ansiedade mais comuns em adolescentes. Psic: revista da Vetor Editora, 6(2), 43-50. Recuperado em 06 de maro de 2019, de http://pepsic.bvsalud.org/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S1676-73142005000200006&lng=pt&tlng=pt.
- Cabral, A. (2015). Adolescência e ansiedade. Oficina de Psicologia. Disponível em https://www.oficinadepsicologia.com/adolescencia-e-ansiedade/.