Mesão Frio, Portugal

Apresentação da vila e município de Mesão Frio

Mesão Frio é um município português localizado no distrito de Vila Real, na região norte e sub-região do Douro. É um município com 4 433 habitantes, de acordo com os censos de 2011, estando dividido em cinco freguesias em 26,65 km². É o oitavo município mais pequeno de Portugal. Mesão Frio é limitado a oeste por Baião, a norte e a leste por Peso da Régua e a sul, na margem esquerda do Douro, por Lamego e Resende.

As cinco freguesias do concelho de Mesão Frio são: Barqueiros, Cidadelhe, Oliveira, Mesão Frio (Santo André) e Vila Marim.

História

O povoamento do território atualmente pertencente a Mesão Frio é anterior à ocupação romana, como se verifica pela existência de um castro em Cidadelhe e restante espólio arqueológico encontrado em vários locais do concelho. Mesão Frio foi ainda um território ocupado por suevos, visigodos e muçulmanos. Pertenceu às antigas terras de Penaguião, compreendidas entre os rios Douro e Corgo, a Serra do Marão e as Terras Panóias (Vila Real).

A origem do nome Mesão Frio provém da palavra “albergaria”, acredita-se. Por isso, o nascimento deste povoado situa-se no início do século III, a mesma do ““Itinerarium Antonini Augusti” que descreve as “mansionis” e a distância entre elas. Da evolução semântica e linguística de “mansionis frigidae” surgiu “mansion frigido” em 1059 no “Inventario de omnes hereditates sive et ecclesia de Vimaranes”, do monarca leonês Fernando Magno.

Mesão Frio acabou por nascer no sítio que, muitos mais tarde, envolveria a Igreja de São Nicolau, mandada erigir, segundo se diz, pela rainha D. Mafalda, mulher de D. Afonso Henriques.

Em 1093, quando o Conde D. Henrique tomou o Condado de Portugal, a povoação tem o nome de Meijon-frio, o mesmo que consta do foral concedido por D. Afonso Henriques, em fevereiro de 1152. O foral foi confirmado a 15 de outubro de 1217 por D. Afonso II e D. Manuel I concedeu o “foral novo” em 1513.

Património edificado e natural

O concelho de Mesão Frio destaca-se pela existência de um rico património arquitetónico, em que se destacam as casas e solares abrasonados, como a Casa do Paço de Cidadelhe, a    Casa de Valdourigo, a Casa do Granjão, a Casa da Vista Alegre, a Casa do Vale do Couto, a Casa da Gafaria, a Casa dos Guedes, a Casa de Sant`Anna e a Casa da Quinta Nova. Além disso, em relação ao património edificado, é importante mencionar o pelourinho, símbolo medieval de Poder Local, os Marcos Pombalinos, o Castro de Cidadelhe e os Moinhos Tradicionais da Praia Fluvial do Rio Teixeira.

O património religioso é também uma das mais-valias locais, com destaque para a Igreja Matriz de Vila Marim, a Capela de São Caetano, a Capela de São Gonçalo, a Capela de Nossa Senhora do Rosário, a Igreja Matriz de São Nicolau e a Nossa Senhora da Boa Passagem.

A proximidade com o rio Douro proporciona um conjunto de paisagens únicas neste concelho, com locais para a prática de desportos náuticos e de natureza.

Gastronomia

Ligada ao modo de vida dos antepassados, a gastronomia de Mesão Frio prima pelos sabores tradicionais, cuja principal especialidade é o afamado cabrito com arroz e batatas, assadas em forno de lenha. Destaca-se ainda a marrã, feijoada, as papas de farinha de milho, o fumeiro e a sopa de castanha pica. Nos doces, os biscoitos de Donsumil, o leite-creme e as falachas são os doces obrigatórios.

Sendo ligado ao rio, os pratos de peixe também são uma presença marcante, nomeadamente a caldeirada e os peixinhos do rio em molho de escabeche.

Brasão da cidade

O brasão desta cidade é composto por escudo de vermelho com um monte de três cômoros de negro nevados de prata e cortados no pé por duas faixas ondadas de prata e uma de azul. Em chefe está um molho de três espigas de trigo de ouro cruzadas em ponta, acompanhado por dois cachos de uvas de ouro folhados e sustidos do mesmo. A coroa mural é de prata de quatro torres e o listel é branco com os dizeres VILA DE MESÃO FRIO a negro.

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