Solanum lycopersicum (tomateiro)

Conceito de tomateiro, as suas principais características e os locais onde pode ser encontradas…

Conceito de Tomateiro

 

Designação científica (designação comum)
Reino Filo Classe Ordem Família Género Espécie
 Plantae Magnoliophyta Magnoliopsida Solanales Solanaceae Solanum Solanum lycopersicum

 

Distrib. Geográfica Estatuto Conserv. Habitat Necessidades Nutricionais
 Longevidade
 cosmopolita não estudado  normalmente cresce em estufa solos ricos em nutrientes e bem drenados perenes

 

Características Físicas
Anatómicas  Trepadeira
Tamanho porte arbustivo
espécie cultivada para alimentação

 

Tomateiro é o nome comum atribuído às plantas pertencentes à espécie Solanum lycopersicum, pertencente ao género Solanum, da família Solanaceae. O nome Solanum lycopersicum é, hoje, a denominação mais aceite devido a evidencias genéticas. No entanto, existem outros nomes que já foram utilizados para nomear esta espécie, entre eles podem ser mencionados o Lycopersicum esculentum, estes correspondem a denominações que eram aceite anteriormente.

Esta planta pertence à mesma família que a batata e a beringela, assim como outras plantas incluindo algumas não comestíveis. O tomateiro terá surgido na América do Sul, a partir de onde o seu cultivo se espalhou pelo mundo. Estes locais são os mais apontados para o seu surgimento por ainda ser possível, em algumas zonas, encontrar espécies de tomateiro selvagem, assim como espécies domesticadas.

A espécie Solanum pimpinellifolium é a espécies que normalmente se associa ao ancestral do tomateiro, cujos frutos são utilizados nas cozinhas de todo o mundo. Apesar de os investigadores terem uma ideia aproximada da região onde foi originado, assim como da espécie que lhe poderá ter dado origem, ainda não há acordo quanto a esses factos, encontrando-se em aberto o seu local de origem.

O tomateiro é uma planta dioica, com porte herbáceo, não atingindo mais de 3 metros de altura, podendo comportar-se como uma trepadeira. Algumas variedades podem ser perenes desenvolvendo-se durante mais de um ano (em estufa podem atingir os três anos), enquanto outras espécies são anuais, vivendo apenas durante um ano.

O seu caule é longo e fino. As suas flores possuem uma cor amarelada, com uma corola composta por seis pétalas. As flores surgem normalmente em cachos que podem ser simples ou apresentar ramificações. A sua floração pode ocorrer entre Junho e Novembro (em Portugal), no entanto, esta pode ser ligeiramente diferente consoante a região onde é cultivada.

Esta planta consegue sobreviver nos mais variados ambientes, não necessitando de condições muito especificas para sobreviver. No entanto, muitas das espécies selvagens dão preferência a ambientes mais secos, já os espécimes cultivados dão preferência a solos ricos em nutrientes e bem drenados.

A sua polinização é cruzada, necessitando do auxílio de polinizadores para se realizar. O seu fruto carnoso é uma baga, normalmente, multilocular, com cor vermelha. As suas sementes são pequenas (possuindo pequenos pêlos) e encontram-se localizadas no interior do fruto, submersas num líquido (água), dentro das cavidades loculares (entre 3 a 5 cavidades por tomate).

O tomateiro é produzido com o intuito de obter o seu fruto (uma baga), ou para uso decorativo. O seu fruto é amplamente utilizado na cozinha, particularmente na culinária italiana (mediterrânea), assim como na culinária das culturas existentes na América Central e na América do Sul. Esta planta chega à Europa com os descobrimentos (século XVI), sendo inicialmente tida como venenosa, no entanto, posteriormente o seu fruto passa a ser muito consumido.

Normalmente, não se encontra esta espécie sem ser como espécie cultivada (particularmente em estufas), existindo outras espécies de tomate que são endémicas das mais variadas regiões, perto do Equador, mas que não estão associadas ao uso como espécie culinária. Este fruto só passa a ser consumido em grande escala a partir de meados do século XIX, sendo que até aí ainda era olhado com desconfiança.

O fruto do tomateiro, o tomate, é um dos frutos mais consumidos no mundo, sendo extremamente ricos em água e vitaminas (em particular a vitamina C), assim como em antioxidantes (licopeno, entre outros), principalmente quando maduro. O seu consumo contribui assim para uma vida mais longa e saudável, sendo muitas vezes indicado para a prevenção de doenças.

Este fruto possui várias formas, tamanhos e cores, no entanto, é comum apresentarem uma forma arredondada, com um tamanho considerável (por vezes com cerca de 8 centímetros de diâmetro) e com uma coloração avermelhada, quando maduros. Estes podem ser ingeridos frescos, em saladas, como parte de molhos, cozinhados ou em geleias e compotas.

Devido ao tipo de utilizações que os seus frutos têm, estes são considerados legumes, apesar de botanicamente serem frutos. Apenas os frutos podem ser ingeridos, pois as outras partes desta planta são tóxicas se consumidas.

O tomateiro é uma planta bastante susceptível a pragas, por esse motivo, durante o seu cultivo, são utilizadas grandes quantidades de pesticidas para evitar a perda dos seus frutos. A sua produção também utiliza muitas vezes fertilizantes para acelerar o crescimento.

Assim como outras plantas, também o tomateiro teve o seu genoma sequenciado. Esta sequenciação pode auxiliar no melhoramento das características do tomateiro, assim como do seu fruto, ao mesmo tempo que o torna num óptimo modelo para o estudo genético em plantas.

Em Espanha, assim como em algumas regiões de Portugal, existe a tradição de praticar uma guerra do Tomate (Tomatina). Esta tradição junta, em Espanha, milhões de pessoas (entre habitantes locais e turistas) que atiram tomates entre si, pintando a cidade de vermelho. Em Portugal um evento semelhante ao ocorrido na cidade de Bunõl decorreu na cidade de Braga.

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References:

Hilty, Jonh (2006). Solanum lycopersicum— Overview Tomato. Encyclopedia of life. Consultado em: Janeiro 31, 2016 em http://eol.org/pages/392557/overview

Gerszberg, Aneta; Hnatuszko-Konka, Katarzyna; Kowalczyk, Tomasz; Kononowicz, Andrzej K. (2015). Tomato (Solanum lycopersicum L.) in the service of biotechnology. Plant Cell Tiss Organ Cult, 120:881–902.

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