Lycophyta, filo

Descrição das espécies pertencentes ao filo Lycophyta, as suas principais características, assim como a sua distribuição geográfica…

Descrição do filo Lycophyta

Isoetes

 

Lycophyta (Licófita)
Reino Filo Classe Ordem Família Género Espécie
Plantae Lycophyta

 

Distrib. Geográfica Estatuto Conserv. Habitat Necessidades Nutricionais
 Longevidade
 Zonas temperadas e zonas tropicais  Não estudada  Florestas húmidas, quentes e sombrias,  Solos férteis Sobrevivem anos como esporo

 

Características Físicas
Anatómicas Caule subterrânea (rizoma), as suas folhas são micrófilos, em cujas axilas se encontram os esporângios
Tamanho Porte pequeno
Espécies vasculares, com vasos condutores simples, precursoras das plantas com sementes

 

Lycophyta é a designação atribuída ao filo das Licófitas, correspondente ao grupo das plantas vasculares. Este filo possui cerca de 15 géneros, que em conjunto possuem milhares de espécies.

Os elementos deste filo são evolutivamente muito antigos, sendo possível encontrar fosseis de espécies pertencentes as licófitas por todo o mundo. Apesar do seu pequeno porte atual, algumas espécies dominaram o ambiente terrestre na pré-história, formando grandes florestas.

A este filo pertencem espécies que apresentam vasos condutores (xilema e floema), mas que não produzem sementes, no entanto, alguns membros deste filo poderão ter sido os percursores das plantas com semente.

Principais características:

As espécies pertencentes a este filo são muito simples, além de possuírem um porte relativamente pequeno (o seu tamanho pode variar entre alguns milímetros, atingindo no máximo alguns centímetros), no entanto, existe um género pertencente a este filo que apresenta características mais complexas como a existência de crescimento secundário (género Isoetes).

Este filo corresponde a um conjunto de plantas com porte herbáceo, que se caracteriza pela existência de quatro fiadas de folhas, em cuja base é possível observar uma lígula. Estas folhas, que apresentam dois tamanhos diferentes, são designadas por micrófilos (pois possuem apenas um feixe vascular). As suas folhas crescem em toda a extensão do caule, caindo à medida que vão crescendo

A disposição dos micrófilos, ao longo do caule, é alterna ou espiralada, em alguns géneros esse caule é subterrâneo, surgindo sob a forma de um rizoma ramificado,podendo apresentar raízes verdadeiras.

Os micrófilos possuem nas suas axilas os esporângios, estas estruturas férteis são designadas por esporofilos. Os esporofilos juntam-se em ramos terminais formando o estróbilo, este localiza-se normalmente nas extremidades dos ramos.

No entanto, em algumas espécies deste filo o esporângio localizam-se na parte superior dos microfilos. Neste filo é também possível encontrar espécimes que apresentam verdadeiras raízes, estas permitem não só a fixação da planta ao solo como uma melhor absorção de nutrientes a partir do meio.

Algumas espécies, pertencentes a este filo, conseguem manter-se dormentes durante os períodos desfavoráveis, particularmente períodos secos. Durante esses períodos a planta assume um aspeto castanho e seco. Após o surgimento de água, o metabolismo da planta activa-se e a planta assume a aparência de uma Briófita, apesar de não se tratar de um musgo. Este comportamento está associado a alguns espécimes pertencentes ao género Selaginella.

Reprodução e desenvolvimento:

Os esporângios são geralmente de dois tipos diferentes, dando origem a duas estruturas diferentes. Os elementos pertencentes a este filo são normalmente heterospóricos (no entanto existem espécies com homoesporos), característica que permitiu o surgimento das sementes, uma vez que possuem dois tipos de esporo diferentes. O macrosporângio produz quatro esporos de grandes dimensões (macrósporos) e vários esporos de pequenas dimensões (micrósporos).

O gametófito pode ser subterrâneo, nas regiões temperadas, enquanto nas regiões tropicais o gametófito encontra-se na superfície, uma vez que existem melhores condições para os elementos deste filo. No caso das espécies com gametófito subterrâneo, o seu desenvolvimento é mais lento, podendo a maturação demorar vários anos. O gametófito é bissexual, possuindo arquegónio (órgão feminino) e anterídio (órgão masculino) na mesma planta. Em algumas espécies o gametófito é microscópico e desenvolve-se maioritariamente dentro do esporo.

As licófitas possuem um ciclo de vida com duas gerações, a esporófita e a gametófita, sendo que a geração dominante é esporófita. Esta geração é de vida livre, enquanto o gametófito possui pequenas dimensões. A fase esporófita dá origem a dois tipos diferentes de esporos, que ao germinar formas gametófitos bissexuados.

As espécies pertencentes a este filo podem ser aquáticas (como no caso de algumas espécies do género Isoetes), ou podem viver em meio terrestre (muitas vezes como epífitas), no entanto, a água continua a ser de grande importância para essas espécies. O desenvolvimento destas espécies é lento, visto o seu anterozoide possuir flagelos, necessitando da água para atingir as células femininas e para que ocorra fecundação. Apesar de se poderem reproduzir sexualmente (em algumas espécies o gametófito possui vida livre), o seu principal método reprodutivo é a dispersão de esporos.

Estas plantas apresentam muito poucos estômatos, realizando por isso poucas trocas gasosas com o meio ambiente. Alguns indivíduos pertencentes a este filo são bastante raros, enquanto outros formam grandes tapetes no solo das florestas tropicais húmidas. Apesar do seu habitat preferencial ser bastante húmido, também é possível encontrar algumas espécies em ambientes mais secos e rochosos.

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References:

lycophyte. (2016). Encyclopædia Britannica. Consultado em: Março 12, 2016, em http://www.britannica.com/plant/lycophyte

Antunes, Teresa (2006). Botânica: A passagem à vida terrestre. Atlas e Texto. Fundação para a Ciência e a Tecnologia. Lidel, edições tecnicas Lda. Lisboa, Portugal

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