Violência

Quando falamos de violência, referimo-nos a um comportamento agressivo e intencional do agressor para com a vítima, que pode ser físico e/ou psicológico/emocional.

Violência

Quando falamos de violência, referimo-nos a um comportamento agressivo e intencional do agressor para com a vítima, que pode ser físico e/ou psicológico/emocional.

“Não existe nada tão raro como um homem inteiramente mau, a não ser talvez um homem inteiramente bom.” (Denis Diderot, s.d., cit in Madeira, 2013).

Excluindo em situações de doença mental, na qual, a pessoa não sente qualquer tipo d emoção ao causar dor e sofrimento em outrem, é consensual que ninguém é totalmente bom nem totalmente mau, mas com diferentes graus de capacidade para ser mau ou bom (Madeira, 2013).

Por outro lado, os estudos de Sá (1999) destacam a ideia de que a violência, mesmo que não seja lógica, advém da vontade do indivíduo em exerce-la, no sentido de destruir a vítima. Por esse motivo, o autor ressalva que a violência não é natural e muito menos passível de ser banalizada, ao contrário do instinto agressivo que pode ter um fim de sobrevivência (Sá, 1999).

De acordo com Mello e Patto (2008) destaca-se a violência, principalmente de familiares contra crianças, tal como bebés recém-nascidos, cada vez mais preocupante, pelo que se criaram Instituições Sociais Tutelares, dedicadas a intervir junto destas crianças, no sentido de garantir os seus direitos.

Madeira (2013), fala também de Instituições onde trabalham profissionais devidamente qualificados e competentes, das quais é preciso informar as vítimas, para que compreendam que não estão sozinhas e que estas Instituições servem para as apoiar, em qualquer situação de violência, de qualquer natureza e a qualquer pessoa, seja criança, adulto, idoso, portador de deficiência física ou mental, etc.

Este flagelo, muitas vezes realidade de crianças e jovens cujas famílias expulsam de casa, chegam mesmo ao assassinato, frequentemente por madrastas, depois de a justiça as devolver à família, e acabam com requintes de violência como o assassinato, o esquartejamento e queimaduras pelo casal contra a criança (Mello, & Patto, 2008).

O intuito do agressor, segundo Sá (1999) é primordialmente impedir a vítima de ter acesso a algo, de forma explícita e dramática, ou, por outro lado, ser subtil e não perceptível, muitas vezes, aos olhos dos próprios protagonistas.

Madeira (2013) menciona alguns tipos de violência existentes em diversas realidades:

  • Emocional/psicológica;
  • Verbal;
  • Física;
  • Social;
  • Sexual;
  • Por negligência.

Frequentemente é necessário apelar à intervenção psicológica junto das vítimas, o que implica que o psicólogo tenha a formação adequada para trabalhar nos casos, contudo, ainda há algumas falhas no que concerne à avaliação dos casos, porque nem sempre se tem em conta uma análise detalhada da dinâmica familiar (Mello, & Patto, 2008).

A Organização Mundial de Saúde (OMS) reconhece a definição de saúde como “o completo estado de bem-estar mental e social, e não simplesmente a ausência de enfermidade.” Isto correlaciona o equilíbrio entre o bem-estar físico e o bem-estar emocional (OMS, cit in Madeira, 2013).

Não podemos ainda esquecer-nos, como Madeira (2013) menciona, que os diferentes tipos de violência podem dificultar a percepção de quem avalia cada caso, já que a violência psicológica, por exemplo não deixa marcas físicas, tornando-se silenciosa.

Ela pode ser exercida de diferentes formas:

  • Rejeição;
  • Depreciação;
  • Discriminação;
  • Humilhação;
  • Desrespeito;
  • Punições exageradas;
  • Isolamento;
  • Intimidação;
  • Domínio financeiro;
  • Ameaça.

Sinais de violência psicológica perceptíveis no comportamento do indivíduo

Consequências da violência psicológica perceptíveis no comportamento do indivíduo

(Madeira, 2013).

Consequências de violência física perceptíveis no comportamento do indivíduo

  • Pisaduras;
  • Hemorragias;
  • Fraturas;
  • Cefaleias;
  • Aborto espontâneo;
  • Problemas ginecológicos.

(Madeira, 2013).

“… os problemas que existem no mundo não podem ser resolvidos a partir dos modos de raciocínio que lhes deram origem.”

(Albert Einstein, cit in Mello, & Patto, 2008, p.3).

Conclusão

Quando se trata de violência, referimo-nos à agressão de alguém para com outrem, provocando-lhe dor física, emocional, etc.

Ao contrário da violência física, a violência psicológica e emocional é mais difícil de perceber, uma vez que não se vê no corpo da vítima.

Violência física implica pisaduras, cortes, sangramento, cefaleias, entre outros sinais, enquanto que violência psicológica e emocional implica medo, desconfiança, isolamento, baixa auto-estima, etc, pelo que necessita de uma análise mais intensa, aquando da avaliação e da intervenção.

Contatos e Apoios existentes:

  • Associação Portuguesa de Apoio à Vítima (APAV) – apav.pt
  • Polícia de Segurança Pública – psp.pt
  • Comissão para a Igualdade e para os Direitos das Mulheres – cidm.pt
  • Observatório Nacional de Violência e de Género – http://onvg.fcsh.unl.pt/
  • Direcção Geral da Saúde – dgs.pt
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References:

  • Madeira, C. (2013). A Maldade na Violência Psicológica e os seus Reflexos na Saúde. A violência psicológica, muitas vezes silenciosa, pode ser tão ou mais nefasta que a violência física e pode deixar danos irreparáveis para o resto da vida. REVISTA PROGREDIR. Acedido a 30 de março de 2016 em http://www.revistaprogredir.com/blog-artigos-revista-progredir/a-maldade-na-violncia-psicolgica-e-os-seus-reflexos-na-sade
  • Mello, S.L., & Patto, M.H.S. (2008). PSICOLOGIA DA VIOLÊNCIA OU VIOLÊNCIA DA PSICOLOGIA? Psicologia USP. 19(4), 591-594. Acedido a 29 de março de 2016 em http://www.scielo.br/pdf/pusp/v19n4/v19n4a13.pdf
  • Sá, A.A. (1999). ALGUMAS QUESTÕES POLÊMICAS RLATIVAS À PSICOLOGIA DA VIOLÊNCIA. Psicologia: teoria e Prática. 1(2): 53-63. Acedido a 30 de março de 2016 em http://www.mackenzie.com.br/fileadmin/Editora/Revista_Psicologia/Teoria_e_Pratica_Volume_1_-_Numero_2/art08.PDF
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