Varicela

Descrição da condição médica Varicela, as suas principais caraterísticas, os métodos de diagóstico e os tratamentos que podem ser utilizados…

Varicela – descrição da condição médica

sintomas

sintomas

Varicela é uma doença vírica muito contagiosa, que afeta maioritariamente as crianças. A varicela é provocada pela infeção por um vírus. Assim como outras doenças tipicamente infantis (sarampo, rubéola, … ), a varicela é contraída pelo contacto de pessoa para pessoa.

Ao contrario das outras doenças, a contaminação não é só aérea (tosse, espirros), mas também pelo contacto com a pele ou a saliva de um indivíduo infetado, sendo necessário o isolamento dos doentes.

A varicela desenvolve-se de forma ligeira em crianças, mas quando a infeção ocorre em indivíduos adultos a sua gravidade aumenta exponencialmente, havendo maior probabilidade de morte.

O diagnóstico desta doença é geralmente feito pelo médico após uma analise visual do paciente, podendo pedir analises clínicas como forma de despistar a possibilidade de ser outra doença com sintomas semelhantes. Em crianças saudáveis não é comum a realização de testes laboratoriais.

Causas

Esta contaminação ocorre maioritariamente no final do inverno, inicio da primavera, sendo provocada pelo vírus Herpes varicella zoster. Este vírus é também responsável por outras doenças, como por exemplo o herpes. O contagio pode ocorrer antes da pessoa demonstrar os sintomas da doença, tornado a probabilidade de contagio consideravelmente maior.

A transmissão ocorre através das secreções, em particular do sistema respiratório, pode ser transmitida pela mãe através da placenta ou mesmo transmitido pelo ar quando um indivíduo portador tosse ou espirra. Não se conhecem casos de portadores no reino animal.

Sintomas

A varicela possui um período de incubação que pode atingir os 21 dias. No final do período de incubação começam a surgir pequenas bolhas vermelhas, cheias de liquido, particularmente na porção do tronco, podendo surgir também em diversas outras zonas do corpo, como por exemplo, o couro cabeludo e o rosto ou mesmo em locais que as tornam muito desconfortáveis. Antes das bolhas surgem manchas planas cor de rosa, que irão evoluir para formar as bolhas.

As bolhas, ao contrario do que ocorre no sarampo, acabam por rebentar deixando pequenas feridas por todo o corpo que vão secando e acabam por desaparecer sem deixar marca, se não forem mexidas, o que pode ocorrer pois estas dão comichão. A quantidade de bolhas presentes indica a gravidade da infeção, sendo que quanto mais bolhas maior é a infeção.

Outros dos sintomas desta doença são a febre alta, dores abdominais e de cabeça, mal estar e falta de apetite. O desenvolvimento desta doença é geralmente ligeiro, no entanto, em casos mais graves pode causar encefalites, pneumonia, choque tóxico, outras doenças provocadas pelo mesmo vírus (por exemplo herpes) e celulite.

Tratamento

vacinação

vacinação

Atualmente o programa de vacinação, em Portugal, não tem indicação para a administração da vacina para a varicela, no entanto, esta existe e pode ser tomada quando prescrita pelo médico, sendo uma forma de tratamento preventivo desta doença.

Além do tratamento preventivo, não existe nenhum tratamento verdadeiramente eficaz para combater a varicela, acabando por se esperar que a doença passe graças ao sistema imunitário do paciente. A falta de tratamento não impede que se tente minimizar os efeitos dos sintomas deixando o doente mais confortável, particularmente quando acrescentando o repouso.

A utilização de cremes à base de calamina e banhos mornos pode ajudar a diminuir o prurido. A preocupação com os olhos é muito importante, pois o liquido presente nas bolhas pode prejudicar a visão se entrar em contacto com as vistas. O uso de analgésicos, anti-virais (casos mais graves) e anti-histamínicos para controlar alguns sintomas também é comum.

Assim como ocorre no sarampo, a varicela também só é contraída uma única vez. Após o fim dos sintomas, o vírus fica presente nas células podendo posteriormente ser ativado, por causas como o stress, exposição solar intensa, entre outras. No caso de ativação, a doença surge sobre outra forma, normalmente designada por zona.

335 Visualizações 1 Total

References:

Ratola, A.; Almeida, A.; Quaresma, L.; Flores, M.; Nordeste, A. (2014). Internamentos por varicela em pediatria – casuística de um Hospital Nível 2. Centro Hospitalar do Porto. Nascer e Crescer; 23(4): 185-189 Consultado em: Março 31, 2019, em http://repositorio.chporto.pt/handle/10400.16/1786

Maia, Catarina; Fonseca, Jacinta; Carvalho, Isabel; Santos, Helena; Moreira, Diana (2015). Estudo Clínico-Epidemiológico da Infeção Complicada por Vírus Varicela-Zoster na Idade Pediátrica. Acta Med Port;28(6):741-748. Consultado em: Março 31, 2019, em www.actamedicaportuguesa.com

Pereirinha, Tânia (2017). Varicela aos 45? Quando as doenças infantis chegam aos adultos. Revista Sábado online. Consultado em: Março 31, 2019, em https://www.sabado.pt/ciencia—saude/detalhe/varicela-aos-45-quando-as-doencas-infantis-chegam-aos-adultos

Varicella. World Health Organization. Consultado em: Março 31, 2019, em https://www.who.int/ith/diseases/varicella/en/

Pergam, S. A.; Limaye, A. P.; AST Infectious Diseases Community of Practice (2009). Varicella zoster virus (VZV) in solid organ transplant recipients. American journal of transplantation : official journal of the American Society of Transplantation and the American Society of Transplant Surgeons, 9 Suppl 4(Suppl 4), S108–S115. Consultado em: Março 31, 2019, em https://www.ncbi.nlm.nih.gov/pmc/articles/PMC2919834/

Gershon, A. A.; Gershon, M. D. (2013). Pathogenesis and current approaches to control of varicella-zoster virus infections. Clinical microbiology reviews, 26(4), 728–743. Consultado em: Março 31, 2019, em https://www.ncbi.nlm.nih.gov/pmc/articles/PMC3811230/

335 Visualizações

A Knoow é uma enciclopédia colaborativa e em permamente adaptação e melhoria. Se detetou alguma falha em algum dos nossos verbetes, pedimos que nos informe para o mail geral@knoow.net para que possamos verificar. Ajude-nos a melhorar.