Buxaceae, Família

Descrição da família Buxaceae, as suas principais características, os locais onde pode ser encontrada, assim como alguns exemplos de utilizações…

Descrição da família Buxaceae

 

Buxo no Jardim Botânico do Porto

Buxo no Jardim Botânico do Porto

 

Buxaceae 
Reino Filo Classe Ordem Família Género Espécie
 Plantae Magnoliophyta Magnoliopsida Buxales Buxaceae

 

Distrib. Geográfica Estatuto Conserv. Habitat Necessidades Nutricionais
 Longevidade
 cosmopolita  cultivadas região tropical e região temperada  solos bem drenados e alcalinos perenes

 

Características Físicas
Anatómicas copa com forma piramidal, ou em coluna, folhas verdes e coreáceas, caule lenhoso, inflorescencias axiais ou terminais
Tamanho porte arbustivo, arbóreo ou herbáceo
 cultivadas geralmente para ornamental, nativa da Europa

 

Buxaceae é a designação atribuída à família dos Buxos. Esta é uma família relativamente pequena inserida na ordem Buxales, pertencente à classe Magnoliopsida. Estas pertencem ao filo / divisão Magnoliophyta. Esta família encontra-se frequentemente associada à família Euforbiaceae.

Esta família reúne espécies de angiospérmicas, isto é, espécies de plantas com flor, sendo a espécie mais conhecida a Buxus sempervirens. Nesta família estão incluídos cerca de 5 géneros que reúnem cerca de uma centenas de espécies diferentes. A distribuição dos membros desta família, pode sofrer algumas alterações consoante o taxonomista que a está a organizar, havendo géneros que podem ou não estar inseridas nela.

Principais características:

As espécies pertencentes a esta família apresentam normalmente um porte arbustivo, no entanto, também é possível encontrar espécimes com porte arbóreo ou herbáceo. A grande maioria das espécies, pertencentes à família Buxaceae, é perene. Se deixada crescer naturalmente, a copa destas espécies adquire uma forma piramidal, enquanto outras crescem em forma de coluna.

As folhas são coriáceas, simples, com uma cor esverdeada quase permanente e uma forma ovalada, elíptica ou lanceolada, com a presença de um pecíolo. Estas dispõem-se de forma alterna, por vezes oposta, cobrindo quase na totalidade o caule geralmente lenhoso.

As folhas, normalmente verdes, podem tornar-se amareladas ou castanhas devido a doenças ou durante o inverno, isso não ocorre em todas as espécies, sendo que em algumas a cor verde mantém-se permanentemente durante toda a vida.

As suas inflorescências (racemos) são axiais, isto é, surgem no local de ligação das folhas ao caule, podem também surgir na região terminal, geralmente associadas a brácteas. Estas plantas são unissexuais, apresentando apenas um sexo por flor. As suas flores são pequenas e não apresentam pétalas, as masculinas são geralmente pendentes, enquanto as flores femininas apresentam um ovário superor. A placentação é geralmente axial.

 A maioria destas espécies é dióica, isto é, cada espécime apresenta apenas um sexo. No entanto, existem algumas espécies monóicas, que produzem plantas com ambos os sexos no mesmo indivíduo, mas estas não são hermafroditas.

Os seus frutos são infrutescências, principalmente cápsulas secas ou semelhantes drupas, que podem conter uma ou duas sementes, consoante a espécie. As cápsulas são geralmente deiscentes, dividindo-se em três partes libertando as sementes brilhantes (azuis ou pretas), no entanto, algumas espécies são indeiscentes.

Os elementos pertencentes à família Buxaceae formam híbridos facilmente, o que contribuiu para a grande quantidade de cultivares existentes. A maior parte destes híbridos surgiu devido ao interesse em espécies mais verdes e mais resistentes a condições ambientais adversas.

Distribuição e utilizações:

A distribuição da maior parte dos membros desta família é cosmopolita, isto é, podem ser encontrados em quase todos os ambientes, desde regiões tropicais a zonas temperadas. As espécies desta família encontram-se particularmente na América do Norte, Europa, Ásia e Norte de África, sendo nativa da Europa.

As espécies desta família possuem um grande número de cultivares, por serem muito apreciadas como espécies de jardim. Os espécimes pertencentes à família Buxaceae são extremamente resistentes, tanto às condições ambientais, como à poda intensiva. No entanto, estas plantas são susceptíveis ao frio, geadas e a uma excessiva exposição solar, assim como a alguns patogénicos.

Algumas espécies preferem solos bem drenados, pois podem apodrecer quando em contacto com elevada humidade. A maioria das espécies cresce melhor em solos alcalinos, podendo sobreviver em qualquer tipo de solo. O seu crescimento necessita também de uma exposição solar adequada, isto é, exposição solar acompanhada por sombra parcial, assim como não devem estar expostas a vento intenso.

Estas espécies têm sido maioritariamente utilizadas como ornamentais em jardins por todo o mundo. Ao longo de séculos as espécies, pertencentes a esta família, eram utilizadas como limites de jardins, assim como para criar belas paisagens ornamentais, como por exemplo, os jardins do palácio de Versalhes.

Algumas espécies de Buxo (Buxo spp) são utilizadas como limites de jardins, particularmente nos jardins formais ingleses, devido à sua resistências às podas, o que permite moldar estes arbustos nas formas desejadas.

A madeira de algumas espécies era utilizada na criação de instrumentos musicais e outros utensílios, assim como na criação de entalhes para móveis, no entanto, esta utilização já não é muito comum.

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References:

Boxwood. (2016). Encyclopædia Britannica. Consultado em: Abril 30, 2016 em http://www.britannica.com/plant/boxwood-plant-family

Köhler, E. (2009). Neotropical Buxaceae. Milliken, W., Klitgård, B. & Baracat, A. (2009 onwards), Neotropikey – Interactive key and information resources for flowering plants of the Neotropics. Consultado em: Abril 30, 2016, em http://www.kew.org/science/tropamerica/neotropikey/families/Buxaceae.htm.

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