Descrição do filo Psilophyta
Psilophyta (Psilófitas) | ||||||
Reino | Filo | Classe | Ordem | Família | Género | Espécie |
Plantae | Psilophyta | – | – | – | – | – |
Distrib. Geográfica | Estatuto Conserv. | Habitat | Necessidades Nutricionais |
Longevidade |
Zonas da Ásia (Japão) e da Oceania (Australia e Filipinas) | maioria das espécies estão extintas | Zonas tropicais | Solos ricos em minerais | – |
Características Físicas |
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Anatómicas | Seres pouco complexos, planta vascular muito primitiva |
Tamanho | Pequeno porte |
Adapta-se facilmente a climas amenos |
Psilophyta é a designação atribuída ao filo das Psilófitas. Este filo consiste em plantas vasculares muito primitivas, pois já apresentam um verdadeiro sistema vascular, no entanto, este é muito simples, tornando os elementos, deste filo, em seres muito pouco complexos.
Os indivíduos pertencentes a este filo poderão ser um passo importante para o surgimento das actuais plantas, uma vez que apresentam pela primeira vez características muito importantes para as plantas vasculares. Neste filo estão contidos dois géneros actuais, cuja distribuição é bastante restrita, assim como alguns géneros fosseis, cujas espécies já não existem.
Origem e distribuição:
Os indivíduos pertencentes a este filo puderam ter surgido na pré-história, particularmente no período Devónico, sendo que a grande maioria das espécies pertencentes ao filo Psilophyta encontram-se extintas, surgindo apenas em registo fóssil. No entanto, não foram encontrados um grande número de fosseis destas espécies.
Apesar de serem muitas vezes comparados com os fetos, os elementos deste filo não são verdadeiros fetos. Alguns investigadores acreditam que as espécies pertencentes a este filo terão derivado de fetos ancestrais, no entanto, ainda é necessária uma maior investigação, não sendo essa teoria completamente aceite.
Os espécimes que ainda existem, pertencentes a este filo, podem ser encontrados em ambientes quentes e húmidos, normalmente em regiões tropicais ou subtropicais. Estes indivíduos podem surgir em solos ricos ou como espécies epífitas.
Apesar das suas características, alguns espécimes podem surgir, como ervas, em estufas podendo posteriormente propagar-se para o exterior, desenvolvendo-se em áreas com clima mais ameno. Existem algumas espécies nativas de países como as ilhas das Filipinas ou a Austrália. Em alguns países asiáticos como o Japão, certas espécies possuem algum interesse como cultivares.
Aspectos morfológicos:
No filo Psilophyta encontram-se plantas muito simples com pequeno porte. Os seus caules são muito finos, cilíndricos e apresentam diversas ramificações, assim como um sistema vascular simples. O xilema e o floema estão organizados em protostela, isto é, o xilema encontra-se na parte central do vaso, enquanto os vasos de floema envolvem-no.
O seu aspecto físico é muito semelhante ao associado às primeiras plantas que colonizaram a superfície do planeta. A sua associação a espécies de fetos é muito comum, devido ao seus aspecto, no entanto, estes indivíduos não são fetos, apesar de também não produzirem sementes.
As espécies pertencentes a este filo não apresentam raízes nem folhas verdadeiras, no entanto, apresentam pequenas estruturas escamiformes sem vasos condutores, que se encontram ligadas ao caule. Estes indivíduos apresentam uma porção subterrânea, o rizoma, que se encontra coberto por rizóides, a esta estrutura estão normalmente associados fungos que auxiliam na fixação dos nutrientes necessários à planta.
O esporângio surge na extremidade dos ramos, inseridos em apêndices escamiformes. Os esporângios normalmente encontram-se ligados em números de três. Esta estrutura dá origem aos esporos, que se dispõem nas laterais de cada ramo. A germinação do esporo dá origem a um gametófito cilíndrico subterrâneo.
O gametófito é monóico e não possui clorofila, visto encontrar-se no subsolo, os estomas encontram-se organizados paralelamente na parte aérea da planta. Os nutrientes que necessita são obtidos através de uma relação de simbiose com um fungo. Os anterozoides são flagelados, necessitando da presença de água para que a fecundação ocorra. A fecundação da oosfera pelo anterozoide dá origem ao esporófito.
A fase de vida dominante é a esporófita, assemelhando-se às plantas vasculares, enquanto as plantas não vasculares apresentam a fase gametófita como fase dominante no seu ciclo de vida. O esporófito ao atingir a sua maturação pode apresentar cerca de 30 centímetros de comprimento, no entanto, em condições favoráveis podem atingir tamanhos superiores.
Por se tratar de uma divisão que engloba praticamente espécies extintas, tornou-se muito difícil o seu estudo, havendo ainda muito pouca informação sobre as suas principais características.
References:
Antunes, Teresa (2006). Botânica: A passagem à vida terrestre. Atlas e Texto. Fundação para a Ciência e a Tecnologia. Lidel, edições tecnicas Lda. Lisboa, Portugal
Paula, Édison José; Plastino, Estela Maria; Oliveira, Eurico Cabral; Berchez, Flávio; Chow, Fungyi; Oliveira, Mariana Cabral (2007). Introdução à Biologia das Criptógamas. Instituto de Biociências da Universidade de São Paulo, Departamento de Botânica. São Paulo. ISBN 978-85-85658-20-5
Diaz, Maria (1999). Fundamentals of Biology: Phylum Psilophyta of the Plant Kingdom. Consultado em: Março 15, 2016, em http://www.cdgreen.org/SDGI/Papers/Psilophyta.htm