Célula Natural Killer

As células natural killer (NK) representam um subconjunto dos linfócitos. Comparando com os linfócitos T e B, as…

As células natural killer (NK) representam um subconjunto dos linfócitos. Comparando com os linfócitos T e B, as células NK pertencem à imunidade inata e constituem a primeira linha de defesa contra uma variedade de agentes patogénicos. Especificamente, elas fornecem a proteção contra infeções virais e bacteriológicas e ajudam na deteção e na limitação do desenvolvimento do cancro. As células NK foram primeiramente descritas como umas células que tinham a capacidade de matar células tumorais sem requererem uma ativação a priori (as células T citotóxicas necessitam que lhes apresentem o antigénio para atuarem) e a sua denominação está relacionada com a capacidade natural de matarem. Além disto, as células NK secretam citocinas, como por exemplo INF-γ (do inglês “interferon”) e TNF-α (do inglês “tumor necrosis fator”), que constituem um importante mecanismo de defesa durante a reação imunológica. Pode-se imaginar que células que dispõem uma capacidade natural para matar necessitem de uma regulação bastante restrita para proteger as células saudáveis do seu ataque. Assim, para além de poderem conter uma variedade de diferentes recetores, também expressam recetores inibitórios que reconhecem o complexo major de histocompatibilidade (MHC, do inglês “major histocompatibility complex”) de classe I (que se referem ao reconhecimento do que é do corpo). Este é um mecanismo bastante eficiente que controla praticamente todas as células normais que expressam o MHC de classe I e ficam, portanto, protegidas contra ataques indesejáveis. As células NK estão constantemente a contatar outras células. Durante estas interações efetua-se um balanço de sinais ativadores e inibitórios que determina se as células NK atacam ou não.

Existe um tipo raro de células T, que se chamam de células T NK invariante (iNKT), que expressam um recetor da célula T invariante αβ e algumas moléculas superficiais em comum com as células NK. Apesar de as células iNKT serem raras na constituição do sangue, compreendendo somente 0.01-1% das células mononucleares do sangue periférico (PBMCs, do inglês “peripheral blood mononuclear cells”), elas são importantes células reguladoras do sistema imunitário, uma vez que conseguem produzir grandes quantidades de citocinas que influenciam outras células ligadas à imundidade. Contrariamente às células T convencionais, que reconhecem principalmente péptidos antigénicos apresentados por moléculas do MHC, as células iNKT reconhecem antigénios glicolipídicos apresentados por uma molécula não polimórfica do MHC classe I, CD1d. As citocinas e as quimiocinas provenientes das células iNKT conseguem modular diferentes tipos de células, incluindo células NK, células T, macrófagos, neutrófilos e células B, bem como recrutar e ativar células dendríticas. As células iNKT têm sido relacionadas a diferentes doenças imunológicas. A sua resposta multifuncional mostrou incrementar a imunidade a micróbios e tumores, bem como suprimir as doenças autoimunes e promover a tolerância. No entanto, as células iNKT podem exacerbar outras doenças como a alergia.

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