Sexualidade e preconceito dizem respeito à forte tendência que o ser humano tem para tratar de forma discriminatória, indivíduos com orientação sexual não tradicional.
Habitualmente, o tema da sexualidade e preconceito associa-se a questões marcadas, grande parte das vezes por questões de orientação sexual devido a conotação religiosa do preconceito (Pereira, Torres, Pereira, & Falcão, 2011).
Quando se fala de preconceito, normalmente, os grupos sexualmente diferentes são os que mais sofrem o mesmo na pele, sendo rejeitados em função da sua sexualidade e alvo de expressão de emoções negativas (Gato, Carneiro, & Fontaine, 2011).
Em algumas situações o preconceito é feito de uma forma flagrante, ou seja, a pessoa que o exprime rejeita e não permite mesmo proximidade, por exemplo, de pessoas homossexuais, ou então pode conhecer de forma mais subtil, quando o preconceituoso exprime de forma menos evidente, procurando justificativas relacionadas com a biologia e a psicologia (Pereira, Torres, Pereira, & Falcão, 2011).
São vários os estudos que demonstram a existência de atitudes preconceituosas contra pessoas cuja orientação sexual não é heterossexual, seja ela homossexual, bissexual ou homossexual, isto é, lésbicas, gays, bissexuais e transexuais/trangéneros (LGBT) (Gato, Carneiro, & Fontaine, 2011).
O que é importante reter quando falamos de sexualidade e preconceito é que, frequentemente, os indivíduos com orientação sexual não heterossexual, são vistos como pessoas portadoras de algum tipo de anomalia ou confusão que os leva a quebrar as regras tradicionais de sexualidade dita normal preconceito (Pereira, Torres, Pereira, & Falcão, 2011).
Não podemos também deixar de referir as crenças religiosas como fortes indicadores de preconceito sexual, uma vez que, são ainda bastante muitos, os indivíduos que procuram justificativas associadas à religião para exercer o seu preconceito (Pereira, Torres, Pereira, & Falcão, 2011).
Alguns dos comportamentos mais comuns, de preconceito, contra determinados indivíduos, com base na sua orientação sexual diferente são a antipatia, a expressão de emoções negativas, o pré julgamento de um grupo ou de um membro de um grupo, entre outros. Muitas vezes, o preconceito baseado em questões sexuais detém contornos de não aceitação da pessoa, tratando-a mesmo como um ser inferior (Gato, Carneiro, & Fontaine, 2011).
Conclusão
Sexualidade e preconceito são dois assuntos que vêm sempre de mãos dadas ao longo dos tempos, uma vez que, desde sempre, houve tendência para rejeitar, afastar e até mesmo diminuir determinados grupos de indivíduos com base na sua orientação sexual. Os estudos demonstram que encontramos vários comportamentos preconceituosos tais como a antipatia, a exclusão, o inferiorizar a pessoa, a expressão da emoções negativas, entre outros.
References:
- Gato, J, Carneiro, N.S, Fontaine, A.M. (2011). CONTRIBUTO PARA UMA REVISITAÇÃO HISTÓRICA E CRÍTICA DO PRECONCEITO CONTRA AS PESSOAS NÃO HETEROSSEXUAIS. Crítica e Sociedade: revista de cultura política. 1, n. 1, jan./jun.. 2011. 2237-0579
- Pereira, C.R, Torres, A.R.R, Pereira, A, & Falcão, L.C. (2011). Preconceito Contra Homossexuais e Representações Sociais e Homossexuais em Seminaristas Católicos e Evangélicos. Psicologia: Teoria e Pesquisa. Jan-Mar, 2011, Vol. 27, n. 1, pp.73-82