Identidade sexual

A identidade sexual configura a atração sexual e física do indivíduo em relação ao outro, seja ele do mesmo sexo ou do sexo oposto.

Identidade sexual

A identidade sexual configura a atração sexual e física do indivíduo em relação ao outro, seja ele do mesmo sexo ou do sexo oposto.

De acordo com Pereira e Leal (2005) entende-se como identidade tudo aquilo que envolve a forma como o indivíduo se classifica, aplicando-se um rótulo. Tendo em conta esta definição, a identidade sexual diz respeito à configuração entre a sexualidade do indivíduo e a compreensão que o mesmo tem dela (Pereira, & Leal, 2005).

Melo (2009) começa por observar que, na maioria dos casos, quando alguém assume uma identidade sexual, espera-se que a mesma seja de caris heterossexual, ou seja, uma orientação de atração sexual pelo sexo oposto.

Contudo, em muitas situações, a orientação assume outros contornos, por exemplo, quando o indivíduo assume uma identidade sexual que o leva a sentir atração sexual por alguém do mesmo sexo (Melo, 2009).

Deste modo, tendo em conta o que se espera, entende-se que a identidade sexual é formada, entre outras vertentes, pela vertente cultural associada à sexualidade, o que faz com que a mesma assuma diferentes contornos de cultura para cultura e através do tempo (Melo, 2009).

Nesse sentido não podemos deixar de referir a influência familiar, no que concerne ainda ao assumir da identidade sexual, já que se verifica, nos estudos de Pereira e Leal (2005) uma diferença significativa entre indivíduos provenientes de famílias tradicionais, de indivíduos provenientes de famílias não tradicionais.

Em termos de desenvolvimento psicossexual, no caso da identidade heterossexual, ela começa por se expressar, na primeira infância, mediante uma indiferença ao sexo oposto e uma preferência pelo convívio com o mesmo sexo, a qual, se altera no início da puberdade que é onde começam as primeiras atrações (Melo, 2009).

Nesta fase dá-se um misto de desejo e valores sociais que levam o jovem a procurar elementos fora do seio familiar nos quais depositar o seu amor (Melo, 2009).

Em termos gerais a identidade sexual associa-se, primordialmente aos sentimentos de excitação e sexualidade por outro elemento seja ele de um sexo ou do outro (Melo, 2009).

De acordo com os trabalhos de Melo (2009) quanto à identidade sexual não heterossexual, algumas teorias apontam para uma origem genética que se verifica através de experiências cm gémeos. Nestas foi possível compreender diferenças de identidade sexual entre gémeos monozigóticos e gémeos dizigóticos, sendo que os primeiros têm duas a cinco vezes maiores probabilidades de serem homossexuais do que os segundos.

Contudo, não se sabe em que medida é que os genes influenciam a identidade sexual, além de haver ainda outras teorias que encontram uma associação do desenvolvimento hormonal pré-natal, em relação a esta questão (Melo, 2009).

Neste sentido, é devido aos níveis de testosterona que se encontra a identificação homossexual (Melo, 2009).

Para Pereira e Leal (2005) a identidade sexual homossexual, parte do princípio que existe uma confusão identitária no indivíduo que lhe cria consequências de vários tipos como sentir-se diferente, privatização da identidade, aspetos culturais, entre outros.

Esta confusão, aumenta exponencialmente, quando os jovens, sendo provenientes de famílias mais tradicionais, sentem uma opressão maior em adaptar-se psicologicamente à sua natureza, devido ao heterossexismo que impera nestas família e que os leva a interpreta-lo como um obstáculo à procura de apoio e aceitação junto dos seus familiares (Pereira, & Leal, 2005). Nestas situações, não é invulgar que, uma vez assumida a identidade sexual, o jovem sofra com violência física e verbal e chegue mesmo a apresentar maior probabilidade de cometer o suicídio (Pereira, & Leal, 2005).

É ainda de referir que existem questões de ordem andrógena associadas à identidade sexual pelo que, aquando do desenvolvimento uterino, dependendo do nível de desenvolvimento das hormonas, o feto é mais menos influenciado de forma andrógena (Melo, 2009).

Do ponto de vista clínico, existem várias dimensões a ter em conta quando se define uma identidade sexual, tanto no que concerne à saúde física como à psicológica, pelo que, no caso especifico da identidade homossexual, as dimensões mais focadas, são, habitualmente, a autoestima, a ansiedade e o sexo desprotegido (Pereira, & Leal, 2005).

Conclusão

De acordo com a revisão da literatura, a identidade sexual diz respeito à configuração entre a genética, a cultura, o ambiente e o desenvolvimento do indivíduo. Aqui encontramos a lei da atração física pelo indivíduo do sexo oposto ou do mesmo sexo, a partir da qual se define identidade heterossexual, homossexual ou outra.

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