A estabilidade emocional permite que o indivíduo mantenha o equilíbrio dos seus comportamentos em diferentes situações da sua vida.
Mostram-nos os estudos que a estabilidade emocional está relacionada com a capacidade de se auto controlar, sem se deixar levar pela impulsividade, que também é emocional, conseguindo estabelecer um ponto d equilíbrio. É, então, possível, interpretar a estabilidade emocional como uma forma de maturidade no campo das emoções (Ebralim, 2001).
O indivíduo emocionalmente estável tem o poder de tolerar situações que provocam a frustração em cenários considerados insatisfatórios, enfrentando os mesmos de forma realista, mantendo um comportamento equilibrado (Ebralim, 2001).
Nesse sentido, a estabilidade emocional está fortemente ligada à própria inteligência emocional, uma vez que o indivíduo emocionalmente estável consegue também gerir sentimentos e emoções, mas, para além disso, desenvolver a sua capacidade de crescer emocional e intelectualmente (Bueno, & Prini, 2003).
Normalmente, encontramos a estabilidade emocional em pessoas que têm um bom autoconceito, maturidade adequada à idade e também a capacidade do altruísmo (Ebralim, 2001).
Afeto, responsabilidade, autonomia, independência, reconhecimento entre certo e errado, são algumas das competências que um indivíduo emocionalmente estável, desenvolve de forma saudável, ou seja, equilibrada (Ebralim, 2001).
Não é difícil deduzir que estes indivíduos têm também uma boa noção de si mesmos, o que significa que se observam de forma positiva (Ebralim, 2001).
Conclusão
A estabilidade emocional diz respeito à autentica capacidade do autocontrolo do indivíduo em relação aos vários campos da sua vida. Permite que sentimentos, emoções, afetos, desafios, etc, sejam geridos de forma equilibrada para que nem o indivíduo nem os demais sejam prejudicados. Habitualmente, são as pessoas com autoconceito positivo, maturidade e sentido de responsabilidade que têm a estabilidade emocional associada aos mais altos scores.
- Bueno, J.M.H, & Prini, R. (2003). Inteligência Emocional: Um Estudo de Validade sobre a Capacidade de Perceber Emoções. Psicologia: Reflexão e Crítica, 2003, 16(2), pp. 279-291;
- Ebralim, S.G. (2001). Adoção Tardia: Altruísmo, Maturidade e Estabilidade Emocional. Psicologia: Reflexão e Crítica, 2001, 14(1), pp.73-80.