Linfócitos T

Os linfócitos T, também denominados de células T, são um tipo de células sanguíneas que circulam no corpo humano e que procuram infeções e anormalidades celulares. Os linfócitos T são essenciais na imunidade humana.

Os linfócitos T, também denominados de células T, são um tipo de células sanguíneas que circulam no corpo humano e que procuram infeções e anormalidades celulares. Os linfócitos T são essenciais na imunidade humana. O efeito devastador de um número baixo de só um tipo de células T está bem representado em indivíduos portadores do vírus da imunodeficiência humana (VIH). Existem vários tipos de células T que podem ser divididos em duas classes, as células T killer e as células T helper. As células T killer têm a capacidade de observar o interior das células a partir da análise da superfície da célula-alvo. Este mecanismo permite a estas células killer perseguir e destruir as células que estão infetadas por algum ser/composto estranho ou que poderão ficar cancerígenas. A outra classe de linfócitos T, que são denominadas de células T helper, orquestram a reposta imunológica e têm um papel fulcral nas formas de combate do sistema imunitário do corpo humano.

Praticamente todos os aspetos da resposta imunológica adaptativa são controlados, de alguma forma, pelas células T. Esta célula multifuncional tem a capacidade de:

  • Analisar o ambiente intracelular dos agentes estranhos;
  • Matar as células que estão infetadas por uma forma viral ou bacteriológica;
  • Erradicar de uma forma natural as células cancerígenas;
  • Ativar e ajudar outras células da resposta imunológica que ingerem os germes ou que produzem outras moléculas anti-infeciosas, mais conhecidas por anticorpos;
  • Relembrar um agente estranho que encontraram há décadas atrás.

Os linfócitos T também são responsáveis para resposta imunológica que leva à:

  • Rejeição de um transplante de órgão e tecido;
  • Existência de praticamente todas as doenças autoimunes (diabetes, esclerose múltipla, artrite reumatoide etc.);
  • Existência de algumas reações alérgicas (intolerância ao glúten etc.).

Reconhecimento dos linfócitos T

Em quase todas as respostas protagonizadas pelas células T existe a interação entre o recetor das células T (TCR, do inglês “T cell receptor”) e o péptido do complexo major de histocompatibilidade (pMHC, do inglês “peptide-major histocompatibility”), expresso na superfície da maioria das células, que cria um interface entre a célula T e a célula-alvo. Este interface é estabilizado por outras interações TCR/pMHC e também por outros recetores e moléculas. Desta forma, é criada uma ligação polivalente entre a célula T e a célula-alvo que permite diversos eventos sinalizadores, levando à resposta imunológica apropriada.

Especificidade dos linfócitos T

Um aspeto chave da resposta imunológica das células T reside no rearranjo somático dos genes dos recetores antigénios expressos na superfície das células T. Este processo produz uma infinidade de diferentes configurações específicas a partir de um número finito de genes. Este processo ocorre durante a maturação das células T no timo. As células T que se ligam de uma forma excessiva ou sem a intensidade necessária a moléculas do próprio corpo são eliminadas no timo, através de eventos denominados de seleção positiva ou negativa. Desta forma, a seleção no timo fornece uma população de células T que possui um TCR que consegue descriminar elementos do corpo humano dos compostos antigénios e assim induzir uma resposta imunológica contra as células infetadas.

Ativação dos linfócitos T

Como um elemento essencial do sistema imunológico adaptativo, as células T conseguem analisar o ambiente intracelular de outras células com o objetivo de marcar e destruir as células infetadas. Pequenos fragmentos péptidos, representando todo o conteúdo celular, são transportados para a superfície celular como pMHCs, permitindo a superfície da célula T expressar o TCR específico para o antigénio, com o objetivo de analisar sinais estranhos. As células T interagem com um largo número de diferentes células e reconhecem uma diversidade de agentes patogénicos. Esta diversidade leva a diversas vias de reconhecimento destes corpos estranhos, gerando assim a resposta apropriada. A ativação da célula T pode levar a diversas respostas imunológicas como a produção de anticorpos, ativação dos fagócitos e a morte direta da célula. Desta forma, consegue-se implementar a resposta imunológica apropriada para cada doença.

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