Gases CFC – descrição
CFC (Clorofluorcarboneto) é a designação atribuída a um conjunto de gases com efeito de estufa, isto é, gases que interferem com a camada de ozono (destroem a sua espessura), impedindo a saída dos raios ultravioleta da atmosfera, contribuindo assim para o aquecimento global.
Os raios ultravioleta que entram na atmosfera auxiliam na decomposição dos CFCs libertando o cloro que se vai unir a oxigénio (O2) presente na camada do ozono destruindo as ligações do ozono (O3) atmosférico.
Os CFC’s são compostos químicos artificiais que têm por base o carbono, ao qual se acrescentaram cloro e fluor. Esta combinação é altamente estável, não sendo geralmente solúveis em água.
Onde se encontram:
Na década de 20 do século XX foi pedido aos cientistas que sintetizassem um novo composto para usar em refrigeração que não fosse inflamável, nem tóxico para o ambiente. O produto criado designado por Freon entre outros CFC’s passou a ser comercializado da década de 30 do mesmo século.
Durante a década de 60 do século XX os CFCs eram utilizados de diversas formas, entre elas: como refrigerantes em frigoríficos, em solventes orgânicos, assim como nos produtos inseridos nos extintores de incêndio.
Os aerossóis eram uma das principais fontes de gases CFCs, no entanto, tanto os aerossóis (contidos em sprays, desodorizantes e lacas) e os gases de refrigeração que eram compostos por estas substâncias tiveram o seu uso proibido. Os CFCs tiveram a sua produção proibida e esperava-se que o seu uso fosse completamente banido dos países industrializados até ao ano 2000.
CFC e o Ambiente
Os CFC são todos os compostos formados por carbonetos saturados em conjunto com átomos de cloro e/ ou átomos de fluor, numa tentativa de minimizar a utilização de metano, propano e etano. As várias concentrações de fluor e de cloro podem alterar a agressividade deste composto para com o ambiente.
O seu uso inicial pressuponha uma ausência de danos para o ambiente natural, algo que posteriormente se veio a verificar não ser completamento verdade. Estes compostos químicos reagem com o ambiente libertando substâncias poluentes, e destruindo particularmente a camada de Ozono, na região mais alta da atmosfera.
Uma das medidas tomadas para tentar eliminar estas substancia do planeta foi o acordo de Montreal, que visava particularmente a diminuição gradual da utilização dos CFCs e a substituição do seu uso por outras substâncias mais amigas do ambiente.
Segundo este acordo a eliminação total desta substancia estaria prevista para o ano de 2010, além de se eliminar a sua produção, os produtos que contiverem CFCs seriam recolhidos por empresas contratadas para tal, com o intuito da sua destruição.
CFC e a Camada de Ozono
A camada de Ozono é uma estrutura presente na atmosfera que tem como principais funções a proteção do planeta contra os raios ultravioleta (raios solares), assim como impedir o sobreaquecimento do planeta, ao mesmo tempo que também serve de filtro aos asteróides que invadem a atmosfera terrestre.
Os CFCs foram inicialmente sintetizados na década de 20 do século XX, com o objetivo de produzir um gás de refrigeração ótimo para o ambiente, pois este não era toxico para os seres humanos, tendo por isso sido produzido em massa a partir da década de 60 do mesmo seculo.
A sua ampla utilização veio provocar um aumento da destruição da camada de Ozono na região da Antártida, isto é, os CFCs ao chegarem à atmosfera reagem com os gases presentes na camada de Ozono (O3), fazendo com que esta diminua a sua espessura.
A diminuição da camada do ozono favorece a entrada de raios ultravioleta que provocam o efeito de estufa, ao mesmo tempo que aumentam os riscos de saúde Humana (aumento dos cancros de pele por exposição solar excessiva).
A investigação à utilização dos CFCs, assim como ao uso de outros gases com efeito de estuda demonstraram que estes afetavam o ambiente, tendo através do Protocolo de Montreal (1987) e do Protocolo de Quioto (1997) estabelecido normas com o objetivo de eliminar esses produtos da natureza.
Os países que integraram os protocolos procederam ao longo do tempo a uma substituição dos produtos com base no clorofluorcarboneto por outros que possuiriam propriedades semelhantes mas que não causariam danos na camada de Ozono.
A diminuição da utilização dos CFCs levou ao aumento do uso de hidrocarbonetos, entre outros produtos, em substituição.
A eliminação completa dos CFCs e de outros gases com efeito de estufa visam garantir a recuperação da camada de ozono a longo prazo sendo este um processo muito demorado e complexo.
References:
Carey, Francis A. (2013). chlorofluorocarbon (CFC). Encyclopædia Britannica, inc. Consultado em: setembro, 30, 2017, em https://www.britannica.com/science/chlorofluorocarbon
Tanimoto, Armando; Soares, Paulo (2000). Substâncias destruidoras da camada de Ozônio e sua legislação. Monografia Escola Politécnica. Departamento de Hidráulica e Saneamento. Brasil
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