Cartaxo (Portugal)

Apresentação da cidade do Cartaxo e do seu concelho: caracterização sócio-económica, histórica, heráldica, património histórico, edificado e património natural.

O Cartaxo é uma cidade portuguesa e sede de concelho no Distrito de Santarém, integrando-se na região do Alentejo e na sub-região da Lezíria do Tejo. Segundo o Censos de 2011, o concelho do Cartaxo ocupa uma área de 160 km2 e tem 24 462 habitantes. Depois da reorganização administrativa, o concelho é constituído por seis freguesias: União de Freguesias do Cartaxo e Vale da Pinta, União de Freguesias de Ereira e Lapa, Pontével, Valada, Vale da Pedra e Vila Chã de Ourique. O concelho é limitado por Santarém, Almeirim, Salvaterra de Magos e Azambuja. A cidade do Cartaxo tem 11.256 habitantes, segundo o último Censos realizado.

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História da cidade:

Segundo reza a lenda e a tradição, o nome “cartaxo” foi atribuído pela Rainha Santa Isabel a este território pois numa viagem até ao Mosteiro de Almoster, terá ali parado para repousar e terá ficado surpreendida com o bonito chilreio de um pássaro até então desconhecido. Questionou a uns camponeses que se dirigiam para os campos que canto era aquele e os mesmos responderam-lhe que era produzido por um pássaro chamado “cartaxo” ou “cartaxinho”. A partir daí, o território passou a ser a designação de “Lugar do Cartaxo”. O território do Cartaxo, ao longo da história,  sempre foi um ponto importante de passagem para o interior do país, quer por via fluvial quer por via terrestre. Antes da ocupação romana, já outras civilizações tinham ocupado a região em castros situados em Vila Nova de São Pedro, Vale do Tejo e nas regiões de Muge. O Cartaxo, devido à sua proximidade com Santarém, foi uma das várias povoações a ser disputada entre os mouros e os cristãos hispano-godos, chegando a ficar após as lutas da Reconquista bastante arruinado. Na sequência disso, D. Sancho II, achou que seria necessário repovoar a localidade, visto que a mesma possuía uma localização privilegiada e terrenos bastante fertéis. Concedeu este território a Pedro Pacheco, ficando o mesmo encarregue de construir ali uma albergaria para os pobres. Contudo, nunca foi construída nem por Pedro Pacheco nem pelos seus descendentes. O Foral, outorgado em Leiria pelo rei D. Dinis foi concedido em 1312. Outros acontecimentos marcaram a história do concelho, como por exemplo, a Batalha de Ourique, que está provavelmente ligada a Vila Chã de Ourique (1139), a concessão de forais a Pontével pelo rei D. Sancho I (1194) e ainda a existência de Paços Reais em Valada (1361-1365). O Cartaxo recebe honras de vila em 1656. No século XIX, o Cartaxo torna-se o centro de produção vitivinícola mais característico do Vale do Tejo. O Cartaxo é elevado a cidade em 1995.

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Património Edificado e Natural da Cidade e Concelho:

Sendo o Cartaxo denominada a Capital do Vinho, a primeira referência do Património Edificado da cidade é para o Museu Rural e do Vinho, onde se fazem visitas guiadas a documentos e utensílios utilizados na Agricultura e a provas e vendas de vinho. Referências, também, para a Igreja Matriz de São João Baptista e à Capela do Senhor dos Passos. No restante concelho, existem outros pontos de elevado interesse patrimonial, como a Igreja de Nossa Senhora da Purificação de Pontével, a Aldeia de Palhota, em Valada, o Palácio dos Chavões, em Vila Chã de Ourique, o Poço de São Bartolomeu, em Vale da Pinta.  No que respeita ao Património Natural, Cartaxo é rico em Quintas de carácter vinícola e tauromáquico como as Quintas do Gaio de Baixo e a do Gaio de Cima, Quinta das Malhadas, Quinta da Broeira e Quinta da Marchanta.

Brasão da Cidade:

Brasão

Brasão

Cartaxo conta no seu Brasão com Escudo de ouro, com uma rosa vermelha ao centro, acompanhada por duas quinas de Portugal antigo, passando entre a rosa e as quinas duas hastes de videira em negro. Os esmaltes dos quatro cachos de uvas são de prata e de púrpura e são representativos da riqueza local. A rosa no centro simboliza a existência e a acção da Rainha Santa Isabel, enquanto as quinas antigas referem-se ao Rei D. Dinis, o Lavrador. O esmalte vermelho da rosa significa em heráldica vitória, energia, força e vida. O negro das hastes da videira simboliza a terra e significa firmeza e honestidade. O verde do folhado significa esperança e fé. A prata dos cachos significa humildade e riqueza, enquanto a púrpura dos outros dois cachos significa opulência e abundância.

Acordos de Geminação e Cooperação:

  • Bento Gonçalves, município brasileiro do Estado do Rio Grande do Sul com cerca de 114.000 habitantes (desde 30 de Agosto de 2012)
  • Brava, concelho de Cabo Verde na Ilha com o mesmo nome e quase com 6000 pessoas  (desde 23 de Julho de 1994)
  • Penglai, cidade vinícola da China com cerca de 447.000 habitantes (desde 21 de Setembro de 2010)
  • Pucioasa, cidade romena com 15.628 habitantes localizada no distrito de Dambovita (desde 9 de Maio de 1998)
  • Slupsk, cidade polaca da região da Pomerânia com quase 100.000 pessoas (desde 25 de Setembro de 2007)
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