Descrição da Familia Amaranthaceae
Amaranthaceae (Amarantácea) | ||||||
Reino | Filo | Classe | Ordem | Família | Género | Espécie |
Plantae | Magnoliophyta | Magnoliopsida | Caryophyllales | Amaranthaceae | – | – |
Distrib. Geográfica | Estatuto Conserv. | Habitat | Necessidades Nutricionais |
Longevidade |
cosmopolita | não estudada | habitats xerófilos | não tem nenhuma necessidade especial | anuais, bianuais ou perenes |
Características Físicas |
|
Anatómicas | folhas simples e inteiras, inflorescências compactas com pequenas flores |
Tamanho | menor que 1 metro, geralmente não atingem alturas superiores a 0,5 metros |
podem ser suculentas, lianas, arbustos ou ervas; não tolerante a ambientes muito frios |
Amaranthaceae é a designação atribuída a uma famílias de angiospérmicas. Esta família está incluída na ordem Caryophyllales, da classe Magnoliopsida, incluída no filo Magnoliophyta. A designação comum associada a esta família é amarantácea.
As espécies associadas a esta família são plantas com flor que desenvolvem embriões com vários cotilédones. A família Amaranthaceae engloba um grande número de géneros e de espécies (contendo centenas de espécies e algumas dezenas de géneros), demonstrando a grande diversidade desta família.
A família Amaranthaceae foi formada recentemente, resultando da união de duas outras famílias pertencentes à ordem Caryophyllales, por essa razão, ainda existe alguma confusão, no meio científico, quando aos indivíduos que integram esta “nova” família.
Principais características:
Os indivíduos pertencentes a esta família surgem maioritariamente sob a forma de ervas, no entanto, também podem surgir sob a forma de arbustos, lianas ou mesmo suculentas. Estas espécies podem ser anuais, bianuais ou perenes. O seu porte é geralmente pequeno, raramente atingindo alturas superiores a 1 metro, normalmente ficando-se pelos 0,5 metros.
As suas folhas são geralmente simples, achatadas e inteiras, no entanto, a sua forma é bastante variada. Estas distribuem-se, normalmente, de forma alterna, existindo espécies em que essa distribuição é oposta, encontrando-se unidas a um caule que pode apresentar um crescimento secundário anormal. A folhagem de algumas espécies é colorida, assim como as suas inflorescências, sendo muitas vezes cultivadas por causas dessas cores.
Estes indivíduos produzem inflorescências compactas (normalmente racemosas ou cimosas), com um elevado número de flores pequenas e completas, geralmente protegidas por brácteas secas. Estas flores podem ser unissexuadas ou bissexuadas (hermafroditas) consoante a espécie.
O pólen é esférico e muitas vezes com inúmeros poros e os carpelos são fundidos. Os elementos desta família são normalmente polinizados pelo vento, geralmente apresentam um ovário superior, pluricarpelar.
O seu fruto é uma infrutescência designada por aquénio, normalmente apresentando um perianto permanente, em casos muito raros, os frutos produzidos por alguns elementos desta família são bagas, nozes ou ainda drupas, variando consoante as espécies.
Algumas plantas que fazem parte da família Amaranthaceae realizam fotossíntese denominada por fotossíntese C4. Essas plantas utilizam um mecanismo diferente de fixação de carbono em que o primeiro produto desta é uma molécula com 4 átomos de carbono, ao contrário da molécula com 3 átomos que se forma num mecanismo habitual de fotossíntese. Apesar de não ser um mecanismo raro, a família Amaranthaceae reúne o maior grupo de plantas C4 do reino vegetal.
Distribuição e utilização:
As espécies pertencentes a esta família encontram-se distribuídas por todo o mundo possuindo um carácter cosmopolita, no entanto, algumas espécies estão associadas a habitats xerófilos, estando associadas a uma boa tolerância à presença de sal. No entanto, não é possível encontram estas espécies em locais muito frios.
Diversas espécies pertencentes a esta família encontram-se perto de estradas e em locais considerados baldios, pois são boas colonizadoras, quando encontram condições adequadas, já outras espécies são cultivadas com o propósito de serem utilizadas para consumo ou para a realização de tratamentos medicinais.
Algumas amarantáceas são comestíveis, fazendo parte da alimentação do ser humano como vegetais (espinafres) ou pseudocereais (quinoa). Estes indivíduos podem ser consumidos em saladas (como é o caso dos espinafres e da quinoa), podem ser cozinhados ou transformados em farinhas ou sumos, podem também ser consumidas em infusões, consoante a espécie que for utilizada. Muitas outras espécies são utilizadas como ornamentais, devido ao aspecto da sua folhagem, assim como das suas inflorescências.
Algumas espécies são também utilizadas como plantas medicinais (certas espécies são utilizadas como antídoto para veneno de cobra ou escorpião), enquanto outras são consideradas ervas daninhas. Determinadas espécies, desta família, produzem uma grande quantidade de pólen, o que pode causar severas alergias.
Certas espécies provenientes da família Amaranthaceae estão tradicionalmente associadas ao tratamento de diversas doenças como ulceras, inflamações, abcessos, asma, dores de ouvidos, até mesmo cancro, entre outros problemas de saúde. Esta associação pode dever-se ao efeito laxante, depurativo e diurético apresentado por alguns indivíduos desta família.
References:
Rahman, A. H. M. Mahbubur; Gulshan, M. Iffat Ara (2014). “Taxonomy and Medicinal Uses on Amaranthaceae Family of Rajshahi, Bangladesh.” Applied Ecology and Environmental Sciences2: 54-59. Consultado em: Abril 3, 2016, em http://pubs.sciepub.com/aees/2/2/3/index.html
Amaranthaceae. (2016). Encyclopædia Britannica. Consultado em: Abril 3, 2016, em http://www.britannica.com/plant/Amaranthaceae