Carlos Queiroz é o actual seleccionador do Irão e ex-seleccionador de Portugal, tendo ganho dois Mundiais de sub-20, em 89 e 91, com a Geração de Ouro.
Carlos Manuel Brito Leal Queiroz(1953) |
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Queiroz comandou a Selecção sub-20 a um título inédito em Riade |
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Perfil biográfico de Carlos Queiroz
Carlos Queiroz sempre deu valor aos estudos e à parte académica, tendo completado toda a educação em Moçambique, onde nasceu, e chegou a estudar para Engenharia Mecânica. O seu amor pelo futebol revelou-se desde muito novo, onde foi Guarda-Redes do Ferroviário de Nampula entre 1968 e 1973. Depois da Revolução do 25 de Abril, Carlos Queiroz vem para Portugal e licencia-se em Educação Física, na Faculdade de Motricidade Humana e trabalha como Professor de Educação Física no Ensino Secundário. Tira Mestrado em Metodologia do Treino Desportivo. Foi feito Comendador da Ordem do Infante Dom Henrique, depois da conquista do primeiro mundial sub-20 conquistado em 1989. Foi percursor de um projecto de desenvolvimento de jogadores para as equipas da Liga Norte-Americana.
Carreira de Treinador de Carlos Queiroz
O Professor Carlos Queiroz começou o seu trajecto como treinador nas camadas jovens da equipa do SL Olivais, em 1981/1982 e na época seguinte no Belenenses. Começou a época de 1983/1984 nas camadas jovens do Belenenses mas aceitou o repto de Mário Wilson e foi seu adjunto no Estoril-Praia. Depois desta experiência entra num ciclo de 8 anos na estrutura da Federação Portuguesa de Futebol, entrando como adjunto nas camadas jovens das selecções nacionais entre 1985 e 1987. Entre 1988 e 1990, Carlos Queiroz é treinador principal das selecções de sub-16 e sub-18 e entre 1989 e 1991 acumula com a selecção nacional de sub-20. E foi nesta selecção que alcançou os seus maiores feitos com os dois títulos mundiais de sub-20, em 1989 e 1991, pelos pés da Geração de Ouro, com nomes como Luís Figo, João Vieira Pinto, Rui Costa, Vítor Baía ou Paulo Sousa. Além destes títulos, também conquistou o Euro sub-16, em 1989. O seu trabalho na selecção e as mudanças na estrutura federativa, nos métodos de treino e na captação e desenvolvimento de talentos foram, ainda, mais importantes nos anos vindouros. Com tanto sucesso nas camadas jovens, foi dada a oportunidade a Carlos Queiroz para comandar a equipa A da selecção nacional entre 1991 e 1993. O trabalho a Carlos Queiroz não correu de feição durante este período, falhando os apuramentos directos para o Euro-92 e Mundial-94. Desde a sua saída até 2018, a selecção nacional só falhou uma competição internacional de selecções (Mundial-98). Isso diz muito do trabalho de base que foi deixado por Carlos Queiroz na Federação.
Saiu da Federação e abraçou outro projecto no Sporting Clube de Portugal como treinador principal para ganhar o campeonato nacional. Nas três épocas que esteve no clube, conquistou 1 Taça de Portugal e 1 Supertaça. Cansado de Portugal, Carlos Queiroz parte para destinos exóticos do futebol. A seguir ao Sporting, parte para os Estados Unidos e fica como treinador do New York Metrostars, em 1996, tendo ido para o Nagoya do Japão, em 1997. Voltou a ser seleccionador nacional, comandando os Emirados Árabes Unidos entre 1998 e 1999 e depois torna-se seleccionador nacional da África do Sul, onde consegue o feito do Apuramento para o Mundial de 2002. Ainda assim, não vai com a selecção ao Mundial por incompatibilidade com a Federação e aceita o convite de Alex Ferguson para ser seu treinador adjunto em 2002/2003, no Manchester United. Em 2003/2004, Carlos Queiroz torna-se treinador do Real Madrid para suceder a Vicente del Bosque, um dos treinadores históricos do Real Madrid. Não conseguiu gerir os egos do plantel e a pressão associada a um clube da dimensão do Real Madrid, ainda que tenha vencido a Supertaça de Espanha, logo no seu primeiro jogo oficial mas sem o tão ambicionado título nacional ou europeu. Voltou a Manchester United para desempenhar as funções de treinador-adjunto de Alex Ferguson até à época de 2007/2008. Voltou a ser seleccionador de Portugal entre 2008 e 2010, numa altura em que a estrutura federativa estava mais experiente e as pressões externas eram menores mas a selecção nacional precisava de renovação sob a liderança de Cristiano Ronaldo. Conseguiu o apuramento para o Mundial de 2010 mas foi um percurso de altos e baixos e com alguns casos de desentendimento com jogadores. Depois de sair de Portugal, tornou-se seleccionador do Irão, onde ainda se encontra neste momento, com apuramentos alcançados para o Mundial de 2014 e de 2018.
Cronologia da Carreira de Carlos Queiroz
1981/1982 – SL Olivais (Camadas Jovens) – Treinador Principal
1982/1983 – Belenenses (Camadas Jovens) – Treinador Principal
1983/1984 – Estoril-Praia – Treinador Adjunto
1985/1987 – Portugal (Sub-18) – Treinador Adjunto
1988/1990 – Portugal (Sub-16 e Sub-18) – Treinador Principal
1989/1991 – Portugal (Sub-20) – Treinador Principal
1991/1993 – Portugal (Selecção “AA”) – Treinador Principal
1993/1996 – Sporting – Treinador Principal
1996 – New York MetroStars – Treinador Principal
1997 – Nagoya Grampus – Treinador Principal
1999 – Emirados Árabes Unidos – Treinador Principal
2000/2002 – África do Sul – Treinador Principal
2002/2003 – Manchester United – Treinador Adjunto
2003/2004 – Real Madrid – Treinador Principal
2004/2008 – Manchester United – Treinador Adjunto
2008/2010 – Portugal (Selecção “AA”) – Treinador Principal
2011/2018 – Irão – Treinador Principal