Nome | Vitor Manuel Martins Baía |
Nascimento | 15 de Outubro de 1969, Vila Nova de Gaia São Pedro da Arrufada |
Posição | Guarda Redes |
Clubes | FC Porto, Barcelona |
Internacionalizações | 80 jogos . 0 Golos |
Fases Finais | Europeu de 1996, Europeu 2000, Mundial 2002 |
Altura | 1,85 m |
Pé Preferencial | Direito |
Vitor Manuel Martins Baía refere-se a um Guarda Redes Português, nascido a 15 de Outubro de 1969. Possivelmente um dos melhores guarda redes portugueses de sempre e o Guarda redes preferencial da geração de ouro. Além disso, é também um dos futebolistas mais titulados da história do desporto rei.
Natural de Vila Nova de Gaia, cedo começou a defender a baliza do Académico de Leça, após o que aos 13 anos foi parar ao maior clube da Região o Futebol Clube do Porto. Apesar de sempre ter sido um guarda redes que fazia parte das contas internacionais não venceu o Campeonato do Mundo de juniores em 1989 em Riade com Carlos Queiróz e restantes membros daquela que viria a ser chamada de geração de ouro. Isto porque aquando do torneio já era o Guarda redes titular do Futebol Clube do Porto, posto que agarrou aos 19 anos de idade, em Setembro de 1989, tendo sido lançado pelo então treinador do Futebol Clube do Porto Quinito. Pouco tempo depois, estreou-se nas competições europeias pelas mãos de Artur Jorge numa vitória por duas bolas a zero no Estádio das Antas contra o Flacara Moreni, equipa romena, na primeira de duas mãos da primeira eliminatória da Taça Uefa.
Seria cerca de um ano depois, a 19 de Dezembro de 1990 que se estrearia a defender as redes da Seleção Nacional, a primeira de 80 vezes em que jogou pela equipa das quinas. Num jogo contra os Estados Unidos agarra um posto que apenas deixaria de ser seu mais de um década depois. Vitor Baía criaria uma sombra que diminuiria qualquer guarda redes português contemporâneo. Em 2004, ano em que venceu a Liga dos Campeões com a camisola do Futebol Clube do Porto sob o comando de José Mourinho escandalizaria a opinião pública a sua não convocatória para o Euro do mesmo ano que foi realizado em Portugal. Luís Felipe Scolari foi muito criticado por não convocar aquele que tinha sido o mehor guarda redes europeu naquele ano. Nessa altura tinha 34 anos, e estaria na plenitude das suas funções.
Retornando às épocas de 90, Baía foi o guarda redes incontestado do Futebol Clube do Porto durante sete épocas consecutivas, onde venceu cinco campeonatos e duas Taças de Portugal. Após o Europeu de 1996, onde foi naturalmente titular foi transferido para o gigante Barcelona, a pedido do seu ex-treinador Bobby Robson. Nessa altura a sua transferência foi a mais cara de sempre para um guarda redes. Logo na primeira época ao serviço do FC Barcelona Vitor Baía junto com os compatriotas Fernando Couto e Luís Figo, além de outros cracks tais como Ronaldo, Stoichcov, Nadal, Luís Enrique venceram a Taça das Taças e espalharam magia pela Europa e por Espanha. Vítor Baía era quase sempre o guarda redes escolhido para iniciar os jogos, conseguindo apagar a sombra deixada por Andoni Zubizarreta, que tinha abandonado o clube e relegando para o banco guarda redes nacionais como Carlos Busquets e Julen Lopetegui. Contudo, uma grave lesão em Agosto de 1997, associada com a chegada de Louis Van Gaal e uma armada holandesa fizeram Vitor Baía entrar num calvário. Visto que não mais conseguiu roubar o lugar ao holandês Ruud Hesp, Vitor Baía preferiu, em Janeiro de 1999 retornar ao Futebol Clube do Porto para relançar a sua carreira. Tinha nesta altura 29 anos, o auge para um guarda redes. Escolheu voltar ao clube de sempre e em boa hora o fez, porque novamente voltaria à ribalta. Em 2000, integrava a equipa nacional que com Humberto Coelho chegou às meias finais do Campeonato da Europa, sendo Vitor Baía o guarda redes incontestado, nos quartos de final inclusive defendeu uma grande penalidade contra a Turquia, que selou o acesso às meias finais, onde haveria de ser eliminado no prolongamento também com um golo de penalty, desta vez marcado por Zinedine Zidane.
No ano seguinte, porém, uma grave lesão voltou a atirá-lo para o estaleiro onde permaneceu por muitos meses. Recuperou em cima da convocatória para o Mundial 2002, e foi o escolhido por António Oliveira para defender a equipa das quinas nos três jogos, lançando alguma polémica em Portugal, por terem relegado para o banco o então guarda redes do Boavista, Ricardo Pereira, que tinha sido campeão pelo Boavista e que estava em altas. Dois anos depois, as críticas vieram em sentido contrário quando Vitor Baía nem convocado foi. Em 2002, Vitor Baía foi o responsável por manter vivas as aspirações de Portugal por fazer uma exibição fabulosa contra um dos organizadores, a Coreia do Sul.
Apesar destes problemas na Seleção, Vitor Baía sempre manteve a titularidade no Futebol Clube do Porto, sendo o guarda redes que foi escolhido por José Mourinho (com quem teve um desentendimento breve) para defender a equipa nas fabulosas caminhadas que resultaram nas vitórias da Taça Uefa em 2003, em Sevilha contra o Celtic de Glasgow, e em 2004 em Gelsenkirchen contra o Mónaco, por três bolas a zero.
Após essas duas épocas de grande valor, com a chegada de Co Adriaanse, Vitor Baía haveria de perder o posto de titular, para Helton. No final dessa época abandonaria o futebol. Em 11 de Novembro desse ano, lançaria uma autobiografia. Encerrou a carreira com 10 campeonatos nacionais conquistados, além de inúmeras Taças Nacionais e Europeias. Apesar de ter sido durante largos anos o número 1, quando retornou ao Porto escolheu o número 99 que não mais largaria até o final da sua carreira. Depois viria a formar uma Fundação com o nome Vitor Baía 99.
ÉPOCA | EQUIPA | JOGOS | GOLOS | ||
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2006/07 | 2 | 0 | |||
2005/06 | 32 | 0 | |||
2004/05 | 40 | 0 | |||
2003/04 | 46 | 0 | |||
2002/03 | 39 | 0 | |||
2001/02 | 22 | 0 | |||
2000/01 | 0 | – | |||
1999/00 | 28 | 0 | |||
1998/99 | 16 | 0 | |||
1998/99 | 0 | – | |||
1997/98 | 3 | 0 | |||
1996/97 | 51 | 0 | |||
1995/96 | 34 | 0 | |||
1994/95 | 48 | 0 | |||
1993/94 | 51 | 0 | |||
1992/93 | 49 | 0 | |||
1991/92 | 47 | 0 | |||
1990/91 | 53 | 0 | |||
1989/90 | 43 | 0 | |||
1988/89 | 16 | 0 | |||
1987/88 | 0 | – |
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