O “Golo de Ouro”, também conhecido como “morte subida” foi uma das formas utilizadas para desempatar um jogo de futebol. Segundo as leis, a regra aplicava-se durante o período do prolongamento, que se divide em duas partes de quinze minutos cada, e que definia que a equipa que marcasse primeiro venceria automaticamente o jogo.
A expressão “Golo de Ouro” foi adoptada pela FIFA em 1993, substituindo a “Morte Súbita”, devido às conotações negativas associadas a este termo, e foi aplicada pela primeira vez em competições internacionais de futebol no Campeonato da Europa de 1996. A Alemanha viria a vencer o torneio justamente através do “Golo de Ouro” saído dos pés de Oliver Bierhoff, aos 5 minutos do prolongamento. O avançado alemão desferiu um remate que ressaltou num defesa checo e acabou por entrar na baliza de Petr Kouba, com algumas culpas para o guarda-redes, pondo um ponto final no jogo e nos sonhos da equipa revelação da prova. O primeiro Campeonato do Mundo no qual foi implementado este método foi o Mundial de 1998.
A selecção portuguesa também sofreu uma eliminação polémica com “Golo de Ouro”, no prolongamento das meias-finais do Euro 2000, na sequência de uma grande penalidade convertida pelo francês Zinedine Zidane, a castigar uma falta de Abel Xavier, que terá desviado a bola com a mão, impedindo-a de entrar na baliza. Portugal foi eliminado a três minutos do final do prolongamento.
Em 2004, o Internacional Board, organismo que regula as leis do futebol, decidiu abolir tanto o “Golo de Ouro” como o “Golo de Prata” de todas as competições oficiais da FIFA, regressando ao modo clássico de prolongamento, em que se jogam os trinta minutos completos para encontrar um vencedor, em caso de empate no período regulamentar de noventa minutos.