Caracterização de Botaurus stellaris (Abetouro)
Botaurus stellaris (Abetouro) | ||||||
Reino | Filo | Classe | Ordem | Família | Género | Espécie |
Animalia | Chordata | Aves | Pelecaniformes | Ardeidae | Botaurus | B. stellaris |
Distrib. Geográfica | Estatuto Conserv. | Habitat | Dieta | Predação | Longevidade |
Europa e Ásia. Distribuição em mosaico na Europa, onde nidifica em locais isolados de habitats temperados. | Pouco preocupante. | Pântanos de água doce. | Anfíbios e peixes. | Principais ameaças: perda de habitat, alteração do uso do solo, subida do nível do mar, poluição e caça. | Cerca de 11 anos. |
Características Físicas |
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Anatómicas | Coroa preta e bigode. Parte superior do corpo castanha e preta malhada. Uropígio amarelo-acastanhado malhado. Cauda arredondada e curta, malhada e de tom amarelo-acastanhado. Garganta branca. Peito e abdómen castanho-amarelados e malhados. Bico fino e amarelo, tipo punhal. Patas amarelo-esverdeadas de comprimento médio. |
Dimorfismo Sexual | Macho ligeiramente maior e mais pesado do que a fêmea. |
Tamanho | 70-80 cm. |
Peso | 1,325 g. |
O Abetouro (Botaurus stellaris) é uma ave de grandes dimensões do tipo garça pertencente à ordem dos Pelecaniformes. Curiosamente, o nome comum deste animal advém do facto da sua vocalização se assemelhar ao mugir de um touro.
É uma espécie que coloniza habitats pantanosos de água doce. É difícil de observar, dado que, se confunde com os caniços envolventes. O facto de ser um animal solitário torna-o ainda mais difícil de observar. Normalmente, é mais fácil ser detectado através da sua vocalização característica que pode ser escutada a longas distâncias do que pela sua presença física.
Os tons de castanho e mel do seu corpo permitem-lhe camuflar-se eficazmente no meio ambiente em que se insere. Pode, ocasionalmente, ser avistado quando caminha em campo aberto. Voa com as asas encurvadas, a cabeça encolhida e as patas esticadas para trás.
Comportamento reprodutivo
O Abetouro constrói os seus ninhos em plataformas constituídas por caniços e ramos, ao nível do solo. Efectua uma postura por ano (às vezes chega a fazer duas posturas) durante os meses de Abril e Maio. Coloca 3 a 4 ovos de tonalidade esverdeada e completa o período de incubação em 21 dias. As crias nascem cobertas de penugem e indefesas, efectuando o seu primeiro voo às 6 semanas de vida.
References:
- Dmitrenok, M., Puglisi, L., Demongin, L., Gilbert, G., Polak, M., & Bretagnolle, V. (2007). Geographical variation, sex and age in Great Bittern Botaurus stellaris using coloration and morphometrics. Ibis, 149(1), 37-44.
- Gooders, John. (2003). Guia de campo das aves de Portugal e da Europa. Temas e debates, 4ª Edição.
- Bruun, Bertel. (1993). Aves de Portugal e Europa. FAPAS.
- on-line: BirdLife International. 2012. Botaurus stellaris. The IUCN Red List of Threatened Species 2012: e.T22697346A40250901. http://dx.doi.org/10.2305/IUCN.UK.2012-1.RLTS.T22697346A40250901.en. Downloaded on 14 January 2016.