Apiaceae, Família

Descrição da família Apiaceae, as suas principais características, locais onde podem ser encontrados os seus elementos e algumas das suas utilizações…

Descrição da Família Apiaceae

Apiaceae

 

 

Apiaceae
Reino Filo Classe Ordem Família Género Espécie
 Plantae Magnoliophyta Magnoliopsida Apiales Apiaceae

 

Distrib. Geográfica Estatuto Conserv. Habitat Necessidades Nutricionais
 Longevidade
 cosmopolita  não estudada  zonas temperadas  – anuais ou bianuais

 

Características Físicas
Anatómicas  porte herbáceo, arbustivo e arbóreo; caule oco
Tamanho  tamanho varia consoante a espécie
Sinónimo  Umbelçiferea

 

Apiaceae corresponde a uma das maiores famílias de angiospérmicas, encontrando-se inserida na ordem Apiales, que faz parte da classe Magnoliopsida. A classificação é aceite pelo sistema APG III.

Esta família era conhecida por Umbelliferea (nomenclatura tradicional), pois compreendia as umbelíferas, isto é, plantas cuja inflorescência assume a forma de umbela. Ambas as designações são aceites, devendo ser utilizada a que corresponde ao sistema adoptado.

A família Apiaceae é composta pela presença de cerca de 300 géneros, que reúnem mais de 3000 espécies diferentes, entre as quais podem ser mencionadas a salsa (Petroselinum crispum) e as cenouras (Daucus carota), assim como por exemplo o aipo (Apium graveolens) e os coentros (Coriandrum sativum).

Principais características:

As espécies pertencentes à família Apiaceae apresentam geralmente um porte herbáceo, podendo ser anuais, bianuais ou vivazes, sendo o seu caule oco. Apesar de serem raros é possível encontrar algumas espécies desta família com porte arbóreo e arbustivo.

As suas folhas são simples, geralmente bilobadas, assemelhando-se por vezes a penas. Estas folhas apresentam uma distribuição alterna em redor do caule, podendo em alguns casos ter uma textura coriácea ou rígida, mas em outros são bastante mais carnudas, tendo sempre estomas presentes. Em algumas espécies as folhas, quando quebradas ou esmagas, libertam um cheiro característico, visto tratarem-se de plantas aromáticas.

As suas flores são hermafroditas, por vezes unissexuais, encontrando-se organizadas em inflorescências apicais, que se assemelham a uma única flor. Estas flores são normalmente pequenas, com cor branca, amarela ou rosa, possuindo 5 sépalas (normalmente muito reduzidas), 5 pétalas e 5 estames livres.

O seu ovário é geralmente ínfero e bicarpelar. Apesar de possuírem elementos da ambos os sexos, a maior parte da fecundação é cruzada, sendo que muitas vez os órgãos sexuais encontram-se maturos em épocas diferentes dificultando a autofecundação.

Em algumas espécies as flores dispostas na umbela apresentam aspectos diferentes consoante a sua localização, sendo que as mais externas podem ser mais chamativas do que as internas, visto a sua principal função ser atrair os insectos polinizadores.

A polinização ocorre com o auxílio de polinizadores, como as moscas, as abelhas, os escaravelhos e diversos outros insectos. O fruto é esquizocarpo, possuindo uma constituição rígida, que se divide em duas parte aquando da sua maturação, libertando duas sementes endospérmicas, que geralmente são dispersas pelo vento.

Distribuição e utilizações:

Esta família encontra-se distribuída por todo o mundo, principalmente devido à sua utilização na cozinha, visto serem espécies utilizadas como temperos. Estes indivíduos podem viver em vários habitats, particularmente nas regiões temperadas do hemisfério norte. Não são facilmente encontradas em regiões áridas, como os desertos das regiões tropicais ou na Oceânia.

A maior parte das espécies pertencentes a esta família são utilizadas para a produção de refeições, seja por se tratar de plantas aromáticas, que podem ser utilizada como temperos nas refeições, seja por serem consumidas como alimento (aipo, cenouras).

As suas propriedades químicas permitiram que muitas espécies desta família possam ser utilizadas como medicamentos alternativos. No entanto, nem todas as espécies ou partes de determinadas espécies podem ser consumidas, pois podem produzir toxinas mortíferas, ou podem ser utilizadas na produção de venenos de que é exemplo a cicuta (veneno utilizado para matar Sócrates, filosofo grego).

Alguns elementos desta família são criados como espécies ornamentais, como por exemplo o azevinho do mar, outras espécies podem ser introduzidas para abrigarem espécies predadoras de pragas, favorecendo assim o controlo de pestes. Algumas espécies de insectos utilizam elementos desta família como alimento ou local para colocação de ovos.

Os avanços na investigação molecular levaram à criação de um sistema de classificação que tem por base as relações filogenéticas, por esse motivo muitas espécies têm vindo a ser deslocadas e localizadas em famílias diferentes das previamente designadas. Esta família encontra-se amplamente aceite, no entanto, algumas das suas espécies ainda estão a ser investigadas do ponto de vista molecular, podendo vir ainda a ser alterada a sua localização.

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References:

Apiaceae. (2016). Encyclopædia Britannica. Consultado em: Agosto 31, 2016, em https://www.britannica.com/plant/Apiaceae

‘Watson, L., and Dallwitz, M.J. 1992 onwards. The families of flowering plants: descriptions, illustrations, identification, and information retrieval. Consultado em: Agosto 31, 2016, em http://delta-intkey.com/angio/www/umbellif.htm

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