Colmo – Conceito
Colmo é um tipo de caule aéreo, típico das gramíneas, podendo ser herbáceos ou lenhosos consoante a espécie. Este caule caracteriza-se pela presença de nós e entrenós bastante visíveis, no entanto, o seu interior pode ou não ser oco, variando segundo a espécie.
Estas estruturas são bastante resistente sendo difícil quebra-las com os dedos, ao mesmo tempo, estes podem crescer bastante, no entanto, é mais comum que apresentem uma altura consideravel que não atingem valores superiores a um metros, apesar de puderem atingir até 40 metros.
O bambo possui geralmente um nó oco, enquanto que o nó das canas-do-açúcar encontra-se preenchido. Outros indivíduos que possuem caules do tipo do colmo são o arroz e o milho, no entanto, a sua espessura e o tamanho podem variar consideravelmente.
Tal como nos caules tipo espique, os colmos não costuma apresentar ramificações, sendo que as folhas possuem uma bainha que lhes permite a inserção na base dos nós, sendo essa a grande diferença entre estes tipos de caule.
As doenças sofridas por este tipo de caule devem-se geralmente a contaminações por fungos, estas infeções começam normalmente nas raízes e espalham-se pelo caule de entrenó para entrenó desde a porção inferior até ao topo, podendo causar problemas às culturas.
Diversos fungos estão relacionados com estas contaminações, que se podem desenvolve-se devido à presença de demasiada água (chuva ou rega excessiva), assim como por transmissão provocada por insectos que transferem os fungos.
Utilizações:
O colmo é um tipo de caule, isto é, uma estrutura que liga as raízes da planta às folhas e flores, favorecendo o transporte de nutrientes na planta , sendo por isso essencial ao desenvolvimento e crescimento das plantas que o possuem.
Apesar de o colmo não ser geralmente comestível, o resultado do seu desenvolvimento pode constituir uma importante fonte de alimentos (o arroz, o milho, a cana-do-açúcar) e por isso uma fonte económica muito importante para as populações produtoras destas culturas.
Estes caules podem ser secos e servir para várias utilizações. Uma das suas principais utilizações é na construção de telhados, particularmente nas zonas tropicais, apesar de ser possível encontra-los em várias construções em diversos continentes, são bastante tradicionais no Reino Unido. A criação de chapéus, assim como diversos tipos de mobiliário podem usar o colmo como matéria-prima.
Desvantagens:
Apesar das suas vantagens, o colmo é pouco utilizado em determinadas regiões pois pode pegar fogo muito facilmente, pois trata-se de um material seco muito semelhante a palha. Os países com climas muito húmidos não correm tanto risco de incêndio, no entanto, o colmo pode apodrecer facilmente obrigando a uma manutenção frequente destes telhados.
As estruturas criadas com o colmo atraem roedores que se alimentam destes caules, criando buracos nas estruturas, podendo mesmo dar origem a infestações de roedores muito pouco apreciadas pelos seres humanos, pois podem causar doenças bastante serias. Outros seres vivos (insetos, pássaros, musgos, líquenes…) também podem ser atraídos para estes telhados diminuindo a sua durabilidade.
O colmo quando se encontra nos campos pode sofrer de pragas (particularmente fungos), sendo a podridão do colmo comum, podendo esta afetar o desenvolvimento da espiga (particularmente do milho), o que afeta economicamente o rendimento desta produção.
Um dos principais sintomas da contaminação por fungos é a descoloração da parte mais basal e exterior do colmo, podem também surgir lesões ou manchas escuras ao longo deste caule, dependendo do tipo de fungo que o contaminar.
No interior do caule ocorre a destruição parcial ou total dos feixes vasculares e da medula do colmo (em casos extremos). A podridão do colmo é mais comum no verão do que noutras estações, no entanto, existem diversos cultivares que apresentam maior resistência a estas contaminações, sendo o seu cultivo favorecido.
References:
Marcondes, Marielle Martins (2012). Incidência de podridão de colmo e grãos ardidos em híbridos de milho sob diferentes densidades de plantas e épocas de colheita. Dissertação de Mestrado. Universidade Estadual do Centro-Oeste, Unicentro-PR. Guarapuava-PR
Costa,Rodrigo Veras da; Casela, Carlos Roberto; Cota, Luciano Viana. Podridões do Colmo e das Raízes. Agência Embrapa de Informação Tecnológica Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária – EMBRAPA Consultado em: Dezembro 30, 2017 em http://www.agencia.cnptia.embrapa.br/gestor/milho/arvore/CONTAG01_64_16820051120.html
(2017). Bamboo. Encyclopædia Britannica, inc. Consultado em: Dezembro 30, 2017, em https://www.britannica.com/plant/bamboo#ref789555