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A síndrome da criança espancada diz respeito aos maus tratos dos pais ou cuidadores contra a criança.
De acordo com Miziara, Serrano, Kok e Marques-Dias (1988) a síndrome da criança espancada diz respeito a um cenário clínico em que a criança manifesta, anda durante o período de aleitamento materno, lesões que manifestam maus tratos físicos e que originam sequelas no sistema nervoso central (SNC). Muitas vezes, a síndrome da criança espancada pode mesmo levar à morte da criança (Miziara, Serrano, Kok, & Marques-Dias, 1988).
Gomes (s.d.) faz referência a vários comportamentos que são possíveis de observar neste tipo de quadro clínico, no qual é possível começar a perceber sinais de medo, não sorri, não chora, age sempre à defesa, afasta-se, tem medo de ir para casa, entre outros, fruto do comportamento, habitualmente dos pais, agressivos e hostis em relação a ela.
Importa compreender em que tipo de ambiente acontece, uma vez que, na maioria dos casos, a síndrome acontece de forma direta, por agressões infringidas pelos próprios pais, no entanto, nem sempre é assim que acontece (Miziara, Serrano, Kok, & Marques-Dias, 1988). Ambientes onde encontramos dificuldades conjugais, isolamento social emocional, baixo amor próprio, incapacidade de satisfazer as próprias necessidades, são mais favoráveis a que ocorra a síndrome (Gomes, s.d.).
Por este motivo, podemos encontrar situações de síndrome da criança espancada de forma indireta, nas quais, a criança é deixada pelos pais aos cuidados de terceiros, pelos mais variados motivos (Miziara, Serrano, Kok, & Marques-Dias, 1988). Neste cenário, as agressões são provenientes da pessoa que fica responsável pela criança enquanto os pais não estão (Miziara, Serrano, Kok, & Marques-Dias, 1988).
Não podemos deixar de referir que, em algumas situações, pode acontecer a agressão de forma inconsciente, ou seja, há relatos de síndrome da criança espancada que ficou aos cuidados de menores de idade, baby-sitters mal preparadas ou indivíduos portadores de algum tipo de deficiência (Miziara, Serrano, Kok, & Marques-Dias, 1988).
O diagnóstico convém que seja o mais precoce possível, pois, devido aos contornos de uma síndrome da criança espancada, existem consequências que não podem ser ignoradas, tais como a perturbação grave de desenvolvimento quer físico quer emocional, quer intelectual quer social, da criança (Gomes, s.d.).
Conclusão
A síndrome da criança espancada diz respeito a um quadro clínico de mau trato físico, emocional, psicológico, intelectual e social, infringido contra a criança. Na maioria das vezes é feito pelos pais mas pode acontecer por terceiros aos cuidados dos quais a mesma fica. Trata-se de uma síndrome que pode deixar danos no desenvolvimento da criança que provocam graves consequências, pelo que o diagnóstico precoce é essencial.
References:
- Gomes, M.C.O. (s.d.). A síndrome da criança espancada. Recuperado em 6 de novembro de 2018 de https://www2.jornalcruzeiro.com.br/materia/736543/a-sindrome-da-crianca-espancada.
- Miziara, C.S.M, Serrano, V.G, Kok, F. & Marques-Dias, M.J. (1988). SÍNDROME DA CRIANÇA ESPANCADA. Arquivo de Neuro-Psiquiatria (São Paulo) 46 (4): 359-364, 1988.