Abrunheiro

Conceito de abrunheiro, a sua definição, as principais características desta árvore e as condições que necessita para sobreviver…

Abrunheiro – Conceito

Prunus_spinosa

Prunus_spinosa

Abrunheiro é a denominação atribuída a espécimes pertencentes ao género Prunus. A espécie mais associada a esta denominação é a espécie Prunus spinosa, também conhecida por abrunheiro-bravo, ameixieira-brava ou ainda espinheiro-negro.

Outras espécies do mesmo género podem também receber esse nome. Uma outra espécie que pode assumir esta denominação é a Prunus domestica também conhecida por ameixieira ou abrunheiro-manso.

Caracteristicas:

Prunus spinosa (Abrunheiro)
Reino Filo Classe Ordem Família Género Espécie
 Plantae Magnoliphyta Magnoliopsida Rosales Rosaceae Prunus Prunus spinosa
Distrib. Geográfica Estatuto Conserv. Habitat Necessidades Nutricionais
 Longevidade
 Zona temperada do Hemisfério Norte  não aplicado  orla de bosques  –
Características Físicas
Anatómicas Porte arbustivo ou arbóreo, tronco liso de cor acastanhada, flores brancas e frutos arroxeados
Tamanho  não atinge alturas superiores a 10 metros
 …

O abrunheiro é um individuo com porte arbustivo, pode também apresentar um porte arbóreo, mas de pequena dimensão, não ultrapassando os 10 metros. A maior parte das vezes os abrunheiros não possuem mais de seis metros de altura. O tronco é liso, possuindo cor castanho-escura brilhante. Os seus ramos surgem em grande quantidade, sempre com diversas ramificações que se cruzam entre si.

As suas folhas são caducas, isto é, esta árvore perde as folhas durante a estação menos favorável. A sua ramagem é normalmente densa nas estações favoráveis, estando os seus ramos cobertos por espinhos.

A floração do abrunheiro ocorre no início da primavera (Fevereiro-Abril), antes mesmo do surgimento das suas folhas. As suas flores são brancas, assemelhando-se a flocos de neve. Após a queda das flores começam a surgir as primeiras folhas, que possuem uma cor verde-escura, forma oblonga e margem serrada.

A maturação dos frutos ocorre a partir de Setembro. Os seus frutos possuem o nome de abrunhos (termo que pode ser usado para referir as ameixas, no entanto, não se trata de uma ameixa, mas antes um fruto distinto), são pequenas drupas carnudas, com forma redonda e cor azul-escura. Dentro da drupa existe apenas uma semente.

Distribuição e Utilizações:

Estes frutos não são comestíveis por serem muito ácidos, o que lhes atribui um sabor azedo. Após as primeiras geadas, os frutos podem ser consumidos, pois o seu sabor ácido fica diluído. Os abrunhos podem também ser usados na preparação de licores e aguardente.

O consumo excessivo de abrunho pode levar à morte do consumidor devido à presença de cianeto de hidrogénio, se for consumido em pouca quantidade pode ser benéfico para a saúde (estimula a respiração e a digestão).

Os indivíduos desta espécie necessitam de luz constante, no entanto, também sobrevivem em zonas de sombra. As suas raízes são horizontais e verticais favorecendo a sua sobrevivência à seca. Estes indivíduos são também tolerantes à proximidade marítima.

Os ramos destes arbustos podem servir de habitat para algumas espécies de aves (tentilhões, pardais), sendo comum encontrar os seus ninhos nestes ramos, por volta do mês de Março. Além de servirem de abrigo a aves, estas árvores são fonte de alimento para os insectos polinizadores (abelhas, lagartas e borboletas por exemplo).

Esta espécie é usada muitas vezes como ornamental, assim como para delimitar fronteiras de terrenos e caminhos. Os abrunheiros são também muito utilizados para diminuir os efeitos do vento e da erosão. A madeira produzida por estas árvores é usada para a produção de entalhes e para a criação de cabos para instrumentos agrícolas, devido à sua dureza.

Os abrunheiros encontram-se frequentemente na orla de bosques ou matagais onde se expandem de forma quase invasiva (devido ao seu rápido crescimento), ocupando varias áreas que se encontram abandonadas, se não forem controlados de forma adequada tornam-se espécies invasoras.

Estes indivíduos surgem espontaneamente na Península Ibérica, sendo considerada autóctone. Exemplares destes indivíduos podem também encontrados distribuído por quase toda a Europa, com excepção dos territórios a norte, assim como podem ser encontrados no norte de África e na Ásia.

 

 

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References:

Humohries, C. J.; Press, J. R.; Sutton, D. A. (1996). Árvores de Portugal e Europa. Guia Fapas. ISBN 972-95951-2-7

Abrunheiro. Águas do Douro e do Paiva. Grupo águas de Portugal. Consultado em: Setembro 30, 2015, em http://www.aguaonline.net/gca/?id=239

Abrunheiro-bravo, Prunus spinosa. Florestar.net Consultado em: Setembro 30, 2015, em http://www.florestar.net/abrunheiro-bravo/abrunheiro-bravo.html

 

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