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O Castelo da Lousã localiza-se a cerca de dois quilómetros da freguesia, vila e concelho de Lousã, no distrito de Coimbra. Este castelo, também referido como Castelo de Arouce, localiza-se na Serra da Lousã, na margem direita do rio Arouce. O Castelo da Lousã está classificado como Monumento Nacional desde 23 de junho de 1910.
História do Castelo de Lousã
Não é conhecido o momento em que a construção da fortificação foi iniciada. No entanto, a primeira referência à proteção da povoação de Arouce remonta a 943, num contrato entre Zuleima Abaiud, um moçárabe, e o abade Mestúlio do Mosteiro de Lorvão.
Estima-se que a edificação (ou reedificação) do Castelo de Arouce remonta à segunda metade do século XI, quando a povoação foi ocupada pelo conde Sesnando Davides, governador da circunscrição conimbricense. Conquistado pelos mouros na ofensiva de 1124, foi reocupado e reparado por D. Teresa de Leão. Após a independência de Portugal, passou a integrar a linha raiana do Mondego até 1147, quando as forças de D. Afonso Henriques conquistaram Santarém e Lisboa. Na carta de foral que o soberano concedeu a Miranda do Corvo é feita alusão ao Castelo de Arouce, que viria a receber o próprio foral em 1151.
No século XIV foi erguida a torre de menagem do castelo e sob o reinado de D. Manuel I a Lousã recebeu o foral novo, época a partir do qual o castelo passou a ser denominado por Castelo da Lousã.
Ao longo dos anos foram realizadas várias intervenções, nomeadamente em 1942, 1945, 1950, 1956, 1964, 1971 e 1985, que permitiram que o monumento esteja num bom estado de conservação, preservado numa paisagem florestal.
Características do castelo
O castelo de Lousã, apesar de pequenas dimensões, tem planta no formato hexagonal irregular nos estilos românico e gótico. As muralhas, em alvenaria de xisto, são reforçadas por três cubelos. A este abre-se uma praça de armas com cerca de 130 m². O topo das muralhas é percorrido por um adarve defendido por merlões chanfrados. No lado norte ergue-se a torre de menagem, com planta quadrangular ameada. Nela rasga-se uma porta em arco ogival ao nível do adarve, com seteiras pelo lado oposto e duas portas no pavimento superior, em cada uma das fachadas.