Stephane Peterhansel é um piloto de ralis recordista de vitórias no Paris-Dakar com 12 conquistas no total, metade na vertente de motas e a outra metade na vertente de carros.
Nascido a 6 de Agosto de 1965, Stephane Peterhansel é um dos homens mais importantes no desporto automóvel com várias vitórias no Paris-Dakar e só não foram mais devido a alguns azares. Como outros desportistas, foi através do pai que se iniciou nas competições de motos mas antes disso foi campeão francês de skateboard chegando, inclusive, a participar em campeonatos europeus da especialidade. Deixou essa prova e apostou no motociclismo e deu os seus frutos já que em 1984 foi campeão francês de Enduro e assinou um contrato profissional com a equipa da Husqvarna. Muda de equipa em 1987 para a marca da Yamaha, onde começou a correr os ralis que se disputavam no continente africano, estreando-se no Paris-Dakar, em 1988, finalizando no 18º lugar da classificação geral e com a vitória numa etapa. Em 1989, Stephane Peterhansel triunfa em seis parciais e acaba às portas do pódio. No ano de 1990, depois de ganhar uma especial e torna-se líder da prova mas teve um mau dia de navegação dias mais tarde e acabou por abandonar a competição. Nos três anos seguintes, o francês não daria hipóteses aos adversários e ganhava esta vertente do Paris-Dakar, com oito classificativas conquistadas nestes três anos. Devido a alterações no regulamento da prova, acaba por não participar na edição de 1994 mas no ano seguinte, regressaria em força, com mais uma vitória final da prova e quatro etapas conquistadas. No ano de 1996, Peterhansel vê-se forçado a abandonar devido a um problema na sua mota resultante de uma falha na colocação do combustível durante a paragem para o abastecimento. Mas o francês estava destinado a ser histórico no Dakar e alcança os seis triunfos numa das provas mais importantes do desporto motorizado, ao ultrapassar o seu compatriota Cyril Neveu como homem com mais vitórias na vertente das motos. Em 1997 e 1998 ganha em duas edições com dez classificativas com o seu nome como vencedor. Peterhansel decide mudar de categoria daí em diante para ter menos consequências físicas de um rali muito duro para qualquer interveniente mas menos lesivo dentro de um carro do que nas motos. Tem como seu co-piloto Jean Paul Cottret e no seu primeiro ano, 1999, Peterhansel finaliza como sétimo classificado e no ano seguinte, o francês consegue o pódio, ao terminar no segundo posto e duas etapas conquistadas. Em 2001, participou na prova com um carro da categoria de produção, tendo ganho essa classificação específica mas terminado fora dos dez primeiros. Em 2002, Peterhansel é um dos eleitos pela equipa oficial na Nissan para fazer parte do Paris-Dakar, ganha uma classificativa mas acaba por abandonar a prova. Em 2003, depois de ganhar seis classificativas e quando se preparava para festejar a vitória no Paris-Dakar, tem um problema nos últimos quilómetros do Dakar que o põem fora da discussão e finaliza em terceiro lugar final. Mas em 2004 e 2005, a vitória final da prova não lhe fugiria começando a trilhar o mesmo caminho que já fizera nas motos. Em 2006, volta a sofrer um inesperado problema no carro que lhe volta a retirar mais uma conquista final para o francês que voltaria a vencer no ano seguinte, sendo o único triunfo à geral da prova sem ganhar qualquer das classificativas. Com o cancelamento da prova em 2008, regressou em 2009 para uma última edição com a Mitsubishi que iria abandonar os ralis e não correu bem, tendo abandonado nos primeiros dias de competição. Por isso mesmo, Peterhansel e Cottret foram forçados a procurar equipa e surgiram no projecto da BMW X-Raid para a edição de 2010 e de 2011 e as coisas não lhes correram bem, terminando ambas as edições no quarto posto. Não ganhou com o BMW, ganhou com a Mini em 2012 e 2013 e terminou 2014 como segundo melhor carro da prova. Poderia ter ganho esta última edição mas as ordens da equipa foram determinantes para manter as posições tal como se encontravam nas últimas etapas e o francês que tinha perdido algum tempo para Nani Roma e estava em recuperação, acatou as ordens e terminou na segunda posição. Sai da equipa e é contratado pela Peugeot para o seu projecto do Paris-Dakar, no qual participaria em 2015 com um resultado fora dos dez primeiros e neste ano, atingiu a sua sexta vitória pessoal na categoria de automóveis, depois de ganhar três classificativas.