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Apresentação do Pequinês (Raça de Cão)
Pequinês | ||||||
País de origem | Classificação FCI | Função inicial | ||||
China | Grupo 9 – Cães de companhia
Secção 8 – Spaniel Japonês e Pequinês Padrão nº207 – 26/03/2009 |
Cão de companhia |
Características Gerais |
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Tamanho | 14 – 25 cm |
Peso | 4 – 5,4 kg |
Cores | Todas as cores e manchas são admitidas com exceção do albino e do castanho fígado |
Esperança de vida | 13 – 15 anos |
Personalidade | Altivo, inteligente, teimoso, valente e fiel |
Origem
As origens do Pequinês (Raça de Cão), também chamado Épagneul pequinês ou Pequinois, remontam à China antiga, o que faz desta raça, uma das mais antigas do mundo. De fato, estudos genéticos recentes mostraram que é uma das raças de cães mais próximas do seu ancestral, o lobo.
Historiadores encontraram indícios da existência de cães com “focinho chato” na China, há mais de 2000 anos atrás. Pensa-se que vários cruzamentos criteriosamente efetuados ao longo de vários séculos deram origem ao Pequinês. Acredita-se também que o seu aspeto semelhante ao de um leão (figura sagrada do budismo) seja fruto de uma seleção propositada que coincide com a introdução do budismo na China.
Existem várias lendas sobre a origem dessa raça, sendo a mais conhecida, a de um majestoso leão que, há muitos séculos atrás, se apaixonou por uma pequena macaca. Perdidamente apaixonado pela sua amada, o leão quis casar com ela, mas essa seria uma união proibida. O leão foi então pedir ajuda ao mago Hai-Ho que aceitou ajudá-lo com uma condição: o leão teria de renunciar à sua estatura e à sua força. O leão aceitou e pode casar com a pequena macaca, e dessa união nasceu o cão Pequinês, um pequeno cão-leão que herdou a coragem, a dignidade e a juba do pai, e a inteligência e a ternura da mãe.
Ao longo de vários séculos, os cães de raça Pequinês foram tratados como animais sagrados que só os membros da realeza podiam possuir. Viviam protegidos dentro das muralhas da Cidade Proibida (Palácio Imperial da China) e tinham os seus serventes pessoais. Tal como com qualquer outro membro da família imperial, fazia-se-lhes uma vénia e quem matasse ou roubasse um Pequinês era condenado à morte.
Aquando da tomada de Pequim (agora Beijing) em 1860, a Cidade Proibida foi invadida pelas tropas franco-britânicas. Cinco cães Pequineses foram encontrados pelos oficiais britânicos (a maioria tinha sido sacrificada pelos chineses de forma a não caírem nas mãos dos invasores) e levados para Inglaterra, um dos quais foi oferecido à Rainha Vitória que lhe deu o nome de Looty (em inglês, “loot” significa “saque”). Dois outros exemplares foram oferecidos à Duquesa de Richmond que está na base do desenvolvimento e aperfeiçoamento da raça no ocidente.
Aspeto físico
Os cães de raça Pequinês são pequenos mas robustos. Possuem um peito largo e membros curtos com patas largas e chatas mas não arredondadas.
A cabeça é mais larga do que alta e o crânio largo e chato entre as orelhas. Um stop acentuado faz com que apresentem um perfil achatado. O focinho é curto e enrugado, o nariz largo e os olhos são sombrios, grandes e redondos.
As orelhas, inseridas no topo do crânio, apresentam uma forma de coração com franjas longas e abundantes.
A cauda possui uma inserção alta, com longas franjas e uma ligeira curvatura sobre o dorso.
A pelagem é abundante com pêlo longo e reto. Apresentam a típica juba de leão que forma uma espécie de gola ao redor do pescoço. Possuem um subpêlo muito espesso que os protege do frio.
Personalidade
O Pequinês é um cão inteligente, altivo, independente e teimoso. É muito apegado ao seu dono e muito distante com estranhos. Não se dá muito bem com crianças por não ser paciente no que toca a brincadeiras e não costuma tolerar outros animais domésticos a não ser que tenham crescido juntos. No entanto, dá-se bem com outros Pequineses.
É um cão destemido que não tem problemas em enfrentar um cão de maior porte e um excelente cão de guarda, pois ladra ao mínimo ruído desconhecido.
Devido ao seu forte caráter, a educação deve ser firme mas com delicadeza.
Cuidados especiais
Pode viver em apartamento mas necessita de alguma atividade física diária (passeios curtos).
De forma a evitar infeções, deve-se vigiar o estado dos seus olhos e as dobras na face.
O seu pêlo deve ser escovado diariamente.
References:
- Cheang, S. (2006). Women, Pets, and Imperialism: The British Pekingese Dog and Nostalgia for Old China. The Journal of British Studies, 45(02), pp.359-387.
- Fédération Cynologique Internationale. (2009). Pékinois. [online] Available at: http://www.fci.be/Nomenclature/Standards/207g09-fr.pdf [Accessed 15 Mar. 2017].
- Royal Canin, (2001). Enciclopédia do cão. 1st ed. Paris: Editeurs Aniwa Pub.
- Thepekingeseclubofamerica.net. (2017). Pekingese Club of America. [online] Available at: http://thepekingeseclubofamerica.net/ [Accessed 15 Mar. 2017].