O psicólogo escolar é aquele que atua dentro da própria comunidade escolar e cuja atuação pode ser individual ou coletiva, incluindo todos os intervenientes. No que concerne a todos os intervenientes, referimo-nos, não só aos alunos como também aos pais e aos professores.
Para poder olhar para a atuação do psicólogo escolar, é necessário faze-lo sob o ponto de vista prático e sob o ponto de vista do observador, ou seja, daquele que observa e avalia formas de atuação dentro da instituição escolar (Andrada, 2005).
Algumas das formas de este psicólogo atuar passam pela investigação, pelo diagnóstico, sobretudo mais do tipo preventivo ou para corrigir determinado comportamento de um indivíduo ou de um grupo, de modo que assim se possa promover o processo de ensino e aprendizagem (Andrada, 2005).
Na maioria dos casos Andrada (2005) defende que, quando um aluno é apresentado a um psicólogo escolar, o cenário acontece dentro daquilo que os intervenientes mais próximos interpretam como sendo portador de algum tio de falha, deficiência, dificuldade de adaptação, entre outros.
Tendo em conta estes cenários, muitas vezes é, segundo vários autores, imprescindível que os pais sejam inseridos nos programas de orientação e promoção de estratégias de aprendizagem mais adequadas para os seus filhos, alunos e educandos, não se limitando a encaminhar os mesmos devido a problemas e queixas escolares (Neves, Almeida, Chaperman, & Batista, s.d.).
Não são poucas as vezes em que o profissional, devido ao setting em que trabalha dentro da instituição escolar, se vê na necessidade de retirar o aluno do seu contexto de aula para intervir com o mesmo dentro do próprio Serviço de Psicologia e Orientação (SPO) disponível num gabinete próprio para o efeito (Andrada, 2005).
No entanto, devido à necessidade de observação e avaliação direta, existem autores que defendem a necessidade de o psicólogo escolar, não só elaborar, implementar e avaliar determinados projetos necessários à promoção do ensino e aprendizagem como, para que tal possa acontecer de forma realista e fiel, se faça interagindo dentro do espaço da sala de aula (Neves, Almeida, Chaperman, & Batista, s.d.).
Conclusão
Pode-se compreender que a atuação de um psicólogo escolar é vasta e complexa porque, além de intervir junto do aluno ou dos alunos, uma vez que a intervenção pode ser individual mas também pode ser grupal, deve intervir, também, junto de toda a comunidade escolar. Quando falamos na intervenção de todos falamos também dos pais, para além dos professores, uma vez que será necessária uma cooperação coletiva para que haja realmente resultados.
- Andrada, E.G.C. (2005). Novos Paradigmas na Prática do Psicólogo Escolar. Psicologia: Reflexão e Crítica, 2005, 18(2), pp. 196-199;
- Neves, M.M.B.J, Almeida, F.C, Chaperman, M.C.L, & Batista, B.P. (s.d.). PSICOLOGIA: Formação e atuação em psicologia escolar: análise das modalidades de comunicações nos congressos nacionais de psicologia escolar e educacional. PORTAL DA EDUCAÇÃO. Disponível em https://www.portaleducacao.com.br/conteudo/artigos/esporte/psicologia-escolar-artigo/5712.