O comportamento antissocial diz respeito a uma forma agressiva, opositora e desafiadora do indivíduo se exprimir perante os outros. Este tipo de comportamento traz prejuízos bastante graves para a socialização e o desenvolvimento do ser humano.
Para Pacheco, Alvarenga, Reppold, Piccinini e Hutz (2005) o comportamento antissocial pode ser definido com diferentes nomes tais como perturbação de conduta, hiperatividade, problema de externalização, entre outros.
Mais tarde, em estudos paralelos, verificou-se que o comportamento antissocial é constituído por um conjunto de respostas do indivíduo que levam o mesmo a procurar a satisfação imediata e a evitar ou neutralizar exigências externas que lhe são impostas pelo próprio ambiente (Pacheco, & Hutz, 2009).
De acordo com o DSM-IV – American Psychiatric Association, podemos verificar outras tantas definições como a referida perturbação de conduta, a perturbação de oposição, a perturbação de personalidade (Pacheco, Alvarenga, Reppold, Piccinini e Hutz, 2005).
No geral, podemos entender o comportamento antissocial como uma forma agressiva e desafiadora de o indivíduo se relacionar com os outros, o que lhe traz consequências bastante prejudiciais (Pacheco, Alvarenga, Reppold, Piccinini e Hutz, 2005).
Segundo Pacheco e Hutz (2009) este comportamento vai-se intensificando e agravando quando os próprios pais reforçam o mesmo à medida que a criança se vai expressando de forma inadequada.
Indivíduos diagnosticados com este tipo de comportamento são desobedientes, exaltados e têm bastante dificuldade em controlar os seus impulsos, roubos, fugas, e outros comportamentos socialmente reprováveis (Pacheco, Alvarenga, Reppold, Piccinini e Hutz, 2005).
Podemos observar que um padrão de comportamento antissocial é aprendido em crianças desde as primeiras interações com familiares e vão sendo moldados ao longo do desenvolvimento com as exigências ambientais do mesmo (Pacheco, & Hutz, 2009).
Conclusão
O comportamento antissocial pode ser observado desde a infância quando a criança tem atitudes agressivas, desafiadoras e opositoras, principalmente junto de familiares e das pessoas mais próximas. Na maioria das vezes verificamos que estes comportamentos vão sendo alimentados pelos próprios pais à medida que, gradualmente, o comportamento antissocial se intensifica em situações cuja busca pela satisfação imediata da criança, não é respondida.
References:
- Pacheco, J, Alvarenga, P, Reppold, C, Piccinini, C.A, & Hutz, C.S. (2005). Estabilidade do Comportamento Anti-social na Transição da Infância para a Adolescência: Uma Pespectiva Desenvolvimentista. Psicologia: Reflexão e Crítica, 2005, 18(1), pp.55-61;
- Pacheco, J.T.B, & Hutz, C.S. (2009). Variáveis Familiares Preditoras do Comportamento Anti-Social em Adolescentes Autores de Atos Infracionais. Psicologia: Teoria e Pesquisa. Ab-Jun 2009, Vol. 25 n. 2, pp. 213-219.