Póvoa de Lanhoso (Portugal)

Apresentação da vila de Póvoa de Lanhoso e do seu concelho: caracterização sócio-económica, histórica, heráldica, património histórico, edificado e património natural.

Póvoa de Lanhoso é uma vila portuguesa e sede de concelho pertencente ao distrito de Braga localizada na região Norte e sub-região do Ave. Segundo os Censos de 2011, a vila de Póvoa de Lanhoso conta com 3739 pessoas e o município conta com uma área de 134,65 km² e tem uma população de 21.886 habitantes num total de 22 freguesias, a saber: União de Freguesias de Águas Santas e Moure, União de Freguesias de Calvos e Frades, União de Freguesias de Campos e Louredo, Covelas, União de Freguesias de Esperança e Brunhais, Ferreiros, União de Freguesias de Fonte Arcada e Oliveira, Galegos, Garfe, Geraz do Minho, Lanhoso, Monsul, Póvoa de Lanhoso, Rendufinho, Santo Emilião, São João de Rei, Serzedelo, Sobradelo da Goma, Taíde, Travassos, União de Freguesias de Verim, Friande e Ajude e Vilela. Faz fronteira com os concelhos de Amares, Vieira do Minho, Fafe, Guimarães e  Braga.

 

Vista sobre a Vila de Póvoa de Lanhoso

Vista sobre a Vila de Póvoa de Lanhoso

História da vila:

O território onde se situa actualmente a Póvoa de Lanhoso é habitado desde cerca de 3000 a.C. Aqui fica situado o maior monólito de granito da Península Ibérica e, no seu cimo encontra-se o Castelo de Lanhoso e um castro romanizado, que remonta à Idade do Cobre.

O primeiro documento que referencia o topónimo é de 1086 e a sua origem supõe-se ser Ibérica, e está directamente relacionado com as características geológicas do território que é marcado pela abundância de grande lages graníticas, principalmente aquela onde assenta o Castelo. O topónimo teve várias variantes. Evoluindo de Laginoso, para Lainoso, Lanyoso e finalmente Lanhoso. A referência a “Póvoa”, que antecede Lanhoso, surge na Carta de Foral, concedida por D. Dinis, em 1292, quando este se expressa no texto da seguinte forma: “”Dou et concedo vobis, populatoribus de mea popula de Lanyoso”. Parte da história das Terras de Lanhoso vai construir-se a partir do Castelo de Lanhoso que virá a ter um elevado valor histórico. Foi palco de vários acontecimentos durante o período do Condado Portucalense. Após, D. Teresa ter enviuvado do Conde D. Henrique, vai aqui encontrar refúgio. É aqui que D. Teresa, após cerco das tropa de D. Urraca, irá estabelecer o Tratado de Lanhoso e manter a salvo a chefia do seu condado.  Ainda no século XII, conhecerá um trágico episódio. D. Rodrigo Gonçalves Pereira, enciumado, ordena que se incendiasse a residência da fortaleza, provocando assim a morte da sua mulher, do amante desta e dos seus serviçais.

Com a perda da sua posição estratégica, o castelo entra em acentuado processo de abandono e ruína. No século XVII, uma outra catástrofe se abate sobre o castelo, quando um comerciante local decidiu querer construir uma réplica do santuário do Bom Jesus de Braga. Maior parte do castelo foi desmantelado e a pedra retirada serviu para edificar uma igreja, o escadório e capelas de peregrinação. Mesmo assim, o Castelo de Lanhoso, conserva ainda originalidade na construção. Destaca-se a torre de menagem situada no ponto mais elevado da muralha.

Também a esta construção ficaram associadas várias lendas, como por exemplo, a de que no castelo permaneceu presa D. Teresa, mãe de Afonso Henriques, depois da Batalha de S. Mamede. O foral às Terras de Lanhoso foi renovado pelo rei D. Manuel I em 1514. A Póvoa de Lanhoso ficará também marcada na história devido ao episódio da revolução da Maria da Fonte que aconteceu na primavera de 1846, pois foi destas terras que tudo começou. Este acontecimento surge devido à recusa da população em aceitar a nova lei de não enterrar os mortos dentro das igrejas. Esta revolta irá alastrar-se por todo o país mostrando o total descontentamento do povo, e conseguindo provocar a mudança do governo.

Castelo de Lanhoso e o Santuário

Castelo de Lanhoso e o Santuário

Património Natural e Edificado:

No que diz respeito ao património edificado, o concelho da Póvoa de Lanhoso é reconhecido pelo seu imponente Castelo de Lanhoso localizado no Monte do Pilar, onde ainda tem o Castro de Lanhoso e o Santuário de Nossa Senhora do Pilar. Além disto, ainda dispõe do Mosteiro de Fonte Arcada, do Museu de Ouro, Ponte de Mem Gutierres, os Pelourinhos de Lanhoso e Monsul, o Museu de Arte Sacra e a Igreja de São João Baptista de Rei. No que toca ao património natural, Póvoa de Lanhoso dispõe do Parque de Lazer do Pontão e o Parque do Pontido, sendo que actualmente tem um Parque de Aventuras Desportivas e de Natureza, chamado Diverlanhoso.

brasão povoa de lanhosoBrasão da Vila:

O Brasão da Vila de Póvoa de Lanhoso tem um Escudo de filigrana de ouro aberto de vermelho, uma cruz azul da fundação, carregada no seu cruzamento por um castelo de ouro aberto e iluminado de azul. Coroa mural de prata de quatro torres. Listel branco com a legenda em maiúsculas de negro : ” VILA DA PÓVOA DE LANHOSO “.

Acordos de Geminação e Cooperação:

A vila de Póvoa de Lanhoso  conta com 1 acordo de cooperação e geminação, a saber:

  • Neuves-Maisons é uma comuna do Nordeste de França, com pouco mais de 7.000 habitantes (desde 5 de Setembro de 1987)
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