Combustível Fóssil

Conceito de Combustível Fóssil:

Os combustíveis fósseis resultam da deposição e transformação da matéria orgânica ao nível do subsolo. Através de processos naturais lentos que podem demorar milhões de anos, a matéria orgânica como folhas, ramos e troncos de matéria vegetal, vai-se alterando e transformando em material com potencial altamente combustível, capaz de ser utilizado pelo Homem na produção de energia. São exemplos de combustíveis fósseis o carvão, o petróleo e o gás natural.

Os combustíveis fósseis possuem elevada percentagem de carbono. Como são formados através de processos extremamente lentos são designados de recursos não renováveis já que suprem as necessidades energéticas das comunidades humanas que existem no momento presente e a produção de mais destes recursos não ocorrerá em tempo útil para ser utilizado pelo Homem. Este é um facto preocupante e, porque as reservas destes combustíveis estão a esgotar-se já que o seu consumo ocorre a uma taxa muito superior à da sua produção, tem crescido a investigação em fontes de energia alternativas que sejam renováveis.

A queima de combustíveis fósseis é uma das principais fontes de poluição do planeta, produzindo biliões de toneladas de dióxido de carbono (CO2) por ano. É sabido que o dióxido de carbono é um dos principais gases que aumenta o efeito de estufa (a radiação infravermelha do espectro solar – radiação térmica – fica retida na atmosfera terrestre devido à elevada densidade de gases que a aprisionam) e acelera o aquecimento global.

Os níveis de dióxido de carbono na atmosfera deveriam estar em equilíbrio através do balanço entre os processos que adicionam CO2 e os que o removem. Antes da revolução industrial a adição de CO2 na atmosfera resultava essencialmente da respiração dos organismos terrestres. Esta introdução de CO2 na atmosfera era, no entanto, equilibrada pela incorporação do carbono no material vegetal produzido. Através da queima de combustíveis fósseis, do desflorestamento e queima de florestas, são actualmente adicionadas quantidades astronómicas de CO2 na atmosfera.

O oceano é um dos principais sumidouros de dióxido de carbono, já que, o carbono em excesso é precipitado nos sedimentos marinhos como carbonato de cálcio. Porém, a capacidade de retenção de CO2 através dos oceanos é menos do que metade da quantidade que o Homem coloca na atmosfera.

As temperaturas mais elevadas causadas pelo efeito de estufa têm efeitos preocupantes. O aquecimento global tem intensificando a seca em ambientes áridos, e tem contribuído também para uma redução da produção agrícola e para a aceleração da conversão de pastagens e outras plantações sobreexploradas em terras inférteis. Outro impacto negativo da elevação da temperatura média do planeta tem sido o aumento das inundações nas comunidades costeiras. O nível médio do mar tem vindo a aumentar através do derretimento das calotas de gelo polar e da expansão da água doce aquecida contribuindo, assim, para os desastres ambientais frequentes que têm ocorrido ao nível da costa.

 

Referências Bibliográficas

Ricklefs, Robert. (2003). A Economia da Natureza. Guanabara Koogan, 5ª Edição.

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