Classificação dos seres vivos

De forma a facilitar o estudo da enorme variedade de formas de vida existentes, o Homem sentiu, desde muito cedo, a necessidade de classificar os seres vivos, distribuindo-os por grupos. Ao longo dos tempos foram surgindo diferentes sistemas de classificação, baseados em diferentes características. Os próprios sistemas de classificação podem ser organizados em diversos tipos e podem eles próprios ser divididos em grupos, de acordo com a forma como são realizados:

– sistemas de classificação artificiais: elaborados com base num número reduzido de características;

– sistemas de classificação naturais: feitos com base no maior número de características possível;

– sistemas de classificação horizontais: não levam em consideração a evolução dos organismos;

– sistemas de classificação verticais: consideram o processo evolutivo.

Sistemas de classificação práticos

Foram dos primeiros a surgir e são baseados no interesse e/ou utilidade dos seres vivos para o Homem. Os seres vivos são classificados, por exemplo, em venenosos e não venenosos, comestíveis ou não comestíveis. São sistemas artificiais.

Sistemas de classificação racionais

Estes sistemas têm como base características observáveis nos organismos. Aristóteles e Lineu são exemplos de estudiosos que criaram sistemas de classificação deste tipo, segundo os quais os seres vivos são agrupados de acordo com características como a oviparidade e a viviparidade ou número de cavidades do coração. Muitos destes sistemas consideram um número reduzido de características, pelo que existiam poucos grupos e muitas espécies diferentes ficavam inseridas no mesmo grupo (sistemas de classificação artificiais). Podem ser horizontais ou verticais.

Sistemas de classificação filogenéticos

Com o desenvolvimento de teorias evolucionistas e o avanço do conhecimento nesta área, começaram a surgir sistemas de classificação que, além de características exibidas pelos organismos, consideram também a sua evolução e as relações filogenéticas entre diferentes grupos de seres vivos. São sistemas de classificação naturais e verticais.

Critérios

São numerosos os critérios que podem ser aplicados à classificação dos seres vivos, a partir dos quais de podem considerar diversas características. São exemplos os seguintes:

– organização celular (tipo de célula presente no organismo; unicelularidade ou pluricelularidade);

– características morfológicas (como a simetria corporal);

– modo de nutrição (autotrofia, heterotrofia, digestão ou absorção, etc.);

– dados paleontológicos (podem ajudar a estabelecer relações evolutivas/filogenéticas entre diferentes grupos);

– embriologia (estudo comparativo das características dos seres vivos ao longo do seu desenvolvimento embrionário).

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References:

Mudando para a filogenética. Disponível http://www.ib.usp.br/evosite/evo101/IID1Switchtophylo.shtml. Acedido 03-02-2015

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